6 de junho de 2020

Das Loucuras (teclas quentes, novos escritos)



Das Loucuras (teclas quentes, novos escritos)

Nas folhagens ainda úmidas
Que revestiam aquela montanha
A visão de uma dor, filha única
Que o remetia novamente à prisão.

Tempos de holocaustos abafados pelo passado
Carga nas costas difícil de abandonar.
Passos atrasados por bobeiras emolduradas
Desconexo do seu tempo que não tarda em acabar.

Ventos frios escrevem textos
Olhos úmidos os colorem.
A fixação do medo sem pretextos
Ida e vinda de um lugar que não se escolhe.

A poesia no piano; a mente aberta, mas no talvez
A descrença no engano – a timidez.
Chuva de desculpas; vulcão de distrações...
Os pensamentos, um a um, vão sendo canções.

Ele se retira, nos supérfluos dos retiros
Abrindo novos e velhos caminhos
Com a disposição de um passarinho
Que busca um novo lugar para o seu ninho.

Mas, não poderia finalizar o dia sem seu devaneio
Um herói sonhador que curou seu cotovelo.
Voando por entre árvores imensas
Rios extensos, grama bem verde e ervas intensas...

Ri alto aos deuses; ri baixo de si mesmo
Castelos são construídos – nunca a esmo.
Vê-se na insensatez outra vez em sua sombra...
É o mundo.
Samba,
Sorrisos,
Amigos, 
Aqui e ali – é isso que lhe sobra...
E já é muito! 

André Anlub®
(6/6/20)

2 de junho de 2020

Das Loucuras (Inhotep)



Das Loucuras (Inhotep) Não faz pouco pois ele é um louco; Um corvo que vive incluso na informalidade de um jogo Em puro ouroboros, catando tesouros, Em armadilhas há mais de quatro décadas... Sua vida é um subir e descer caminhos fantasiosos Faz seu ninho na beirada da sacada da emoção Doce ilusão de poder desenhar seu futuro, Num louco e profano absurdo de inspiração. Um karma ser fantasma e carrasco de sua biografia; Duas falhas: sonhar a esmo; não sair em busca de si Os pecados camuflados e misturados com os atos afáveis Os erros antigos são retocados a mão nessa revanche. Já, vagarosamente refaz o começo No traço que crio; na cria que obedeço. A luz que sai por detrás das nuvens Traz o abraço dos Deuses. Vindo com o som do trovão mais absurdo O corpo um pouco enferrujado, mas a alma incólume; Recebe a benção da nova fase rumo ao futuro Afrouxando as porcas de um sistema porco e duro Que faz não sermos nós mesmo enquanto nos engole. Mas somos absolutos e no fim derrubamos os muros, Pintando de preto o clarão que cega, e de branco o lado mais obscuro. Vem o som, a luz, o renegado... Vai o intruso e entre suas pernas o seu rabo. Sorrisos plantam árvores em montanhas distantes Ao som de trompetes e as celestiais trombetas. Novo elo; nova era. Foi jogada a pá de cal no mal que já era... Ao vivermos dentro desse papel surreal e absorto que se inventa. André Anlub® (22/2/20)

31 de maio de 2020

Sorriso Inato




















  • Sorriso Inato

  • Maga amarga e nada calma
  • fica-se na sentinela
  • esperando a mão que afaga
  • que traga a luz de longas velas
  • tão pálida e cálida alma.

  • Frágil no chão da lamela
  • que quebra ao fino toque
  • mostrando o colorido enfoque
  • quente ao centro da terra.

  • Mas aprecio tal dor
  • com longo sorriso inato
  • se o feio é odor no olfato
  • importante é não ter tal rancor.

  • Sozinho e sempre pendente
  • fraco coração valente
  • insiste na batida constante
  • regado com sangue e calor
  • é o belo expoente do amor.

  • André Anlub



Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.