14 de setembro de 2018

Perdido no espaço


Perdido no espaço

Viajo por entre galáxias, centelhas,
Centenas de estrelas cadentes, extremos,
E buracos negros, na velocidade da luz.

Espelho-me em vastas veredas, grandezas,
Aonde verdadeiros olhares se vão:
No infinito, no elo, no bonito,
No fim de infindas certezas
Inclusas no tempo e na imaginação.

Contudo em disfarce me acho,
Me perco, desfaço, perdido no espaço,
Sem pé nem cabeça e com muita incerteza
De um ser que retorna de volta ao chão.

Vejo-me inseguro, sem ano, sem hora,
Agouro e agora, tonto em perigo,
Meu próprio inimigo, meu mar de amar
Em poeira estelar.

E em um eco obscuro, anéis de Saturno,
Construo um abrigo em um planeta vazio...
Sumo, choro, amo, chamo... 
De meu lar.

André Anlub

13 de setembro de 2018

Aquele outro Eu


Aquele outro Eu

Olho de soslaio o tempo perdido,
Abrasado e abraçado ao tempo achado
Que tenta fazê-lo de lacaio... 
Mas é em vão.

Olho o respeito dizendo ao “dito e feito” 
O que deverá ser feito e refeito, 
E futuramente refazê-lo, se preciso for...
Tendo em vista que é de antemão.

Pego o timão do barco e desbanco a maré vazia,
Enquanto no mar vazio esvazio um tonel de rum...
Arruinando o meu remoto céu azul que agora é somente ruim.

Mas sempre faço vista grossa à contramão.

Ganho plena confiança na mudança nebulosa,
Junto o Eu à suntuosa espada forjada em ouro branco
(meio metida à besta, confesso, mas bela e bem desenhada)
Com imagens bárbaras, baldias, poemas e frases sagradas.

A jornada é cenário – visual – a sentinela – visual –, nada anormal;
O verde ligeiramente me sorri com seus divinos dentes brancos, 
Solta seus cabelos crespos e sua abastada voz rouca;
Solta seu jeito afetuoso que faz pouca qualquer incoerência... 

Sorrateiramente encontro nesse ermo
O Eu mais bem escondido e verdadeiro.

E o verde...
Dá-me “bom dia”...
E agora posso quieto e atinado voltar ao ermo breu.

André Anlub
(1/4/15)



12 de setembro de 2018

Das Loucuras (o ego é de dois, mas não vale meio)


Das Loucuras (o ego é de dois, mas não vale meio)

Pôs a nu as suas mentiras...

As quais já eram conhecidas pelas meninas,
Da falsa força de alienação à poesia,
Magra e diurética; mago da imagética.

A diferenciação entre inspiração consciente
E inspiração sintética.

Vamos cuidar dos detalhes, aqueles pequenos;
Apague a lareira, já esquentou o suficiente.
Calce seu tênis Adidas, diga adeus,
Prepare-se para a corrida que será concorrida.

Todos disponíveis para largar bem depois de você;
Vou ver se a pista está clara e limpa...
O percurso iluminado por lamparinas,
E os pirilampos assistindo, cadê?

Vou distribuir um mundo de sache de saquê;
Sacou a manha? Amanhã vão ver só...
Vai ter gente caindo feito dominó de domingo;
Vai ter um vencedor com deboche e sem dó.

Ensaie os autoelogios, abuse dos adjetivos;
O aditivo é o umbigo pintado de ouro.
Bermuda carbono ultra; camisa polo Lacoste.
Encoste-se ao poste de luz e nem dê ouvidos.

Vestiu suas verdades e as revestiu com armadura...

A mentira foi-se com o eco alusivo,
Vestida com calçado barato e capa desencapada de camurça... 
Agora mais do que viva
Pôde beber da fonte de água pura.

André Anlub®
(12/9/18)

Assumo (ou não) o assanho


Assumo (ou não) o assanho

Rasga-me neste tempo mesmo,
Este tempo teu;
Mostre tua alegria de ter-me todo.
Não, não é carência...
É desenvoltura – é ser escravo da tua cultura –, por querer ser feliz e ama(n)do.

Pegue teu chicote;
Minhas nádegas esperam para queimar, pois o coração já queima.
Abra minhas asas que há tempos escondo, encolho e ficaram no encalho... 

Faça-me voar só para ti, ao teu encalço, ao teu malho.

Assanho, assumo e ascendo e nada mais pode faz-me mal;
Assino embaixo para o assassino
Que me assente e encare a morte de frente.

Quero me ver envelhecer em frente a um grande e azul – Mar de sal;
Não vou mais envenenar-me em frente ao grande e turvo Mar de gente.

Sim, sim é solidão – muito além do “solidinho” – até mesmo do sólido.
Há muito material aqui:
Fiz armadura, fiz escudo, fiz espada,
Fiz garfos e facas, pontes e estradas
E ainda sobrou para um imaginável e cômodo futuro.

Sim, sim é amor;
E até algo além mais, além-nuvem e céu,
Além eu e além-vida... 
É algo além-morte.

Interrupção para expor meu sonho da noite passada: 
Algo estranhamente atípico: eu fazia parte de um grupo de amigos íntimos, pessoas que na vida “aqui fora” jamais vi. Éramos belos, mas mal arrumados, íamos descalços por ruas de pedras, estreitas, rindo alto e lendo manuscritos escritos com letras em diversas cores que decoravam as mãos. As outras pessoas que passavam em volta, olhavam, acenavam e riam com um olhar de “até logo”. Havia uma mulata, em particular, magra, com um lindo sorriso muito branco, traços simpáticos e andava sempre ao meu lado e de seios à mostra; aquilo era natural, não incomodava a ninguém. No sonho eu sempre prestava mais atenção nela e a distinguia das outras pessoas por ser minha amiga preferida, confidente e extremamente íntima.

De volta à realidade:
Penso agora nas palavras de alguns amigos:
Certa mutação, vamos mudar, devemos mudar! 
A meu ver tal alteração em determinada sociedade
Deve-se que principiar unicamente nos próprios umbigos;
Caso contrário é plantar limão e esperar laranja.

Rasga-me novamente, desta vez sem fim;
Enfim, a fim de querer-me sempre como estou e sou para o mundo:
Como capim que nasce em todos os cantos e se adapta ao terreno.

Largue teu chicote, não irá mais precisar dele. 
Quero entregar-me por inteiro
Como metade fictícia,
Como cura da ferida e da tolice que é possível ser sozinho.

Não mais assanho,
Não assumo, tampouco ascendo;
Sou só eu mesmo que já estou satisfeito
De chegar aonde cheguei! 

Mas continuo com nada podendo faz-me mal.

André Anlub
(23/4/15)

Insanidades


Insanidades

Teria que ter sido pelo menos companheira
Mesmo não cobrando o amor que ela devia
Não importa cargas d’água tenha denegado
Diz que viu duendes, vacas voando, unicórnio alado.

Teria que ter sido pelo menos afeição
Mesmo se nada cobrassem, nem um beijo perspicaz
Nem se o desejo vem ao acaso ter sido esnobado
Meu corpo era seu leito, do seu jeito ao seu agrado.

Teria que ter sido pelo menos sincera
Calada no nosso leito, fechando-se e indo ao sono
Trancada a sete chaves, deixando-me em abandono
Parte da realidade pintada como quimera.

Teria que ter sido pelo menos uma verdade
Sendo personagem da imaginação mais fértil
Viva no papel, nas idéias, um lindo sonho
Que me deixa cancro exposto, frágil e medonho.

André Anlub

Aqueço as ideias


Aqueço as ideias

Pensei que fossem taxar de domínio
Pois com o meu cheiro, marquei o terreno
Mostrei os caninos ao cruel inimigo
Dediquei-me na íntegra a ser feliz ao extremo.

Acho que via cores falsas, mas o real é agora
Daltonismo emotivo mesclado aos tons pérfidos
Seria um gato o que tirei da cartola?
Ano a ano me arrasto por esse quente deserto.

Na psicologia existe o ser ansioso
Mas deveras generoso para um merecedor
Exagero de crenças não evita que salde as contas
A distância é tênue entre o errado e o certo.

Os pés estão frios, a mente inteira
Dispenso a meia, aqueço as ideia.

André Anlub

11 de setembro de 2018

Na violência do fluxo e da força



Na violência do fluxo e da força
(Inspirado no livro 'violência' de Slavoj Žižek)

Nunca mais tive amor por ninguém, 
Mas falo de amor mesmo – aquela paixão de amor, 
Mão suada, pensamento obsessivo, 
Viver sonhador em voos corriqueiros... 
Quase um pesadelo bom, bom horror;

Por diversas pessoas tenho afeições inquietantes e derradeiras,
Tenho apegos, mil admirações, contemplações, tesões e besteiras...
Mas não é amor;

Não quero que pareça justificativa,
Querer ficar bem na fita, 
Mostrar-me sempre feliz...

Mas de que adianta fugir? 
Pois até a não justificativa existe, 
Mas não condiz.

Amor mesmo, de verdade, só tive um;
Foi soberbo e sombrio, 
Maltrapilho e massacrante...
Amor de decepção abissal e humilhante:
Cadafalso – emudecendo-me os lábios – calafrio...

Tal qual aquele filho desgarrado,
Que passa a infância e a juventude contemplado,
Vendo ao espelho do mundo e do quarto
Traços parecidos com seus pais: 

Aquele jeito de olhar da sua mãe, 
Os olhos, sorriso, o mudo,
Aquela pequena aptidão por tudo. 

E no pai vê aquele rigor com o vocábulo, 
Aquela covinha proeminente no mento, 
Orelhas quase coladas no couro pelado, 
A altura, a forma do corpo, as sobrancelhas...

E mais tarde, mais adulto, 
Ao cair de uma tarde qualquer
Descobre ser um filho adotado.

André Anlub
(4/1/16)

Ótimo final de tarde aos amigos



Talvez não seja minha flor que aflora
mas nem por isso não é fina flor.
Sei por que nunca mais o amor apavora
e por hora só tem transbordado em calor.

Se aquela serpente em gente,
travestida de gigante alquimista,
fingindo ditar as regras,
levando o montante às cegas.

Com voz doentia e intimista
tenta incendiar uma dor de outrora.
Mas, por Nossa Senhora,
meus ouvidos já conhecem a mentira.

Protejo-me no ápice da conquista,
pois a flor de látex também tem espinho.

Abrigo-me com humildade num ninho,
aprendo a voar como águia,
correr como água
e seguir o meu guia.

Talvez não sejamos culpados,
de amar e abraçar a esperança
em busca do céu azulado
que está a nossa frente, pintado
e se mostra aos olhos da vida.

André Anlub®
(24/9/13)

A cena da sina em cinco tempos


A cena da sina em cinco tempos

Parte I

Deixei um abraço pro lago Paranoá,
Fim de tarde dos mais belos,
E o sol batendo o ponto pra descansar.

Parte II

Se não fosse a paixão, simples,
Teria outro nome:
- Fez-se atração ao limite do suportável.
Mais uma vez grito! E o grito sai assim:
- Meio confuso, meio dominado.
É a saudade, é o deslumbre;
É o lume da liberdade...
São pontos, luzes da minha cidade;
Vejo o mar com imponência e atitude.

Olho pela janela do avião e concluo:
- Será uma enorme coincidência de também meu corpo físico estar nas nuvens?

Não há tempestade que me atinja;
Não há cor ou mancha alguma que me tinja.
Hoje - agora - amanhã...
Sou camaleão!

Parte III

Olhos cheios d’água,
É noite e as luzes refletem na minha íris.
Vejo minha terra, minha mãe
Desse filho adotivo, birrento,
Que amamentou em seu seio,
(ama de leite)
Banhou-se no seu mar
E no seu sol aqueceu-se
De um acaloro que vem de dentro
Expressivo – decisivo – poetar.

Parte IV

Agora é êxtase de lisonjeio e satisfação;
Pus a mão na arte, na autoridade de uma academia;
Animo de energia – passo a frente – mira ativa.

Fiquei maravilhado aos pés de Iguaba...
E não me gabo desse flerte;
Como diria Caê:
“Adoro ver-te...”.

Parte V

No retorno, e torno a teclar nessa tecla;
Abraço deuses, mestres e magos.
Ponho-me à mercê da alegria,
E a vida me fecha em afagos.
Novamente sobre outros lagos
E largo sorriso ecoando.
Saudade da casa e entornos,
Contornos de tempos mais calmos.

Saudade dos bons e maus que com o sol fazem a lua;
Saudade da música sua, e a língua dançante dos cães.
Quero a água gelada, as bocas recitando versos,
Novos escritos discretos e poças com estrelas nuas.

A nuvem negra se foi no horizonte,
Tempo que a fez merecer.
Meio termo, temor inteiro,
Do dilúvio que não irá acontecer.

Da sombra se faz um poeta
Da seta de mão/contramão.
Do sonho no rabo do cometa
Se meta, poeta hei de ser.

André Anlub®
(18/3/14)

Das Loucuras (totó, Toto, totolec, totonho, torneiro mecânico)


Das Loucuras (totó, Toto, totolec, totonho, torneiro mecânico)

Acorrentou-se ao mastro,
Engoliu a chave e tocou fogo no circo; 
É equilibrista, palhaço, mágico,
Atirador de facas, homem barbado – trágico.

Com sua renite, não se irrita,
Vê a autocracia, se autocritica,
Não come pistache nem dá pitaco...
O piano de cauda abana o rabo.

Há o fato, factoide ou não,
De ser leão domado pelo seu pessimismo.
Assim fica assaz perturbado – de antemão...
Brabo sem seu cafuné no domingo.

O tempo passa, não existe mais nem o canguru perneta...
Mas – pelo menos – nossa memória seletiva fica.
Maremotos, Mar del Plata e náufragos neurônios,
Brutos, brumas, plumas, brochas gametas.


Há princípios incrustados em nossa criação
Guardamos as coisas sem princípios em gavetas...
Terras tremem, “delirium tremes”,
A trama da peneira a cada dia mais fina nas mãos.

Hoje é terça-feira,
Guarde a saia e a saideira para a quinta.
A festa sempre continua,
Nua, a nossa luta nem tenta, nem tanto, nem pinta...

Desce leite transbordando da leiteira;
Sobe sangue aguado pelas veias.
O gato passeia desarrumando as telhas...
As aranhas arruinadas por não tecerem suas teias.

André Anlub
(11/09/18)

Declame para Drummond 2018


""O projeto de circulação de poesia autoral mais democrático e criativo do país, o Declame para Drummond, vai ganhar as ruas do Brasil e sua timeline em 2018. A novidade desta edição é o mapeamento dos poemas selecionados no aplicativo PoemApp - Mapa da Poesia do Brasil indicando às pessoas onde “caçar” poemas em suas cidades.

Olha o projeto no Declame para Drummond no Facebook https://www.facebook.com/events/1374034526060127/

Para participar do Declame para Drummond 2018 basta enviar até o dia 30 de setembro o seu poema autoral para o e-mail declameparadrummond@gmail.com com seu nome, sua cidade natal e o link para sua página na internet, caso queira divulgar. 

Lembrando aos poetas que os poemas não deverão passar de 20 linhas, o tema do poema é livre, porém não serão aceitos textos com incitação ao racismo, homofobia, discriminação racial ou religiosa, dentre outras violências verbais que serão banidas imediatamente do nosso uni-verso poético. Os poetas participantes receberão por e-mail um arquivo em .pdf para impressão com todos os poemas da edição, inclusive o seu. Os poetas se comprometerão a imprimir e distribuir os poemas em sua cidade, seja em um sarau, na rua, deixando na caixinha do correio de seu prédio, fazendo um varal poético em sua escola... ou seja, do seu jeito e com a cara de Drummond!

Iniciado em 2010 no Rio de Janeiro sob a coordenação amorosa e ativista da poeta Marina Mara, o projeto já conta com a participação de centenas de poetas de todo o país que tiveram seus poemas encontrados no meio do caminho das ruas do Brasil. Segundo Marina Mara, idealizadora do projeto, “O Declame para Drummond é uma boa oportunidade para os poetas serem lidos também fora de sua cidade, promovendo assim um lúdico intercâmbio de poesia autoral em homenagem ao nosso poeta maior, Carlos Drummond de Andrade.”

Para encontrar os poemas no PoemaApp – O Mapa da Poesia do Brasil baixe gratuitamente o aplicativo para Android no Google Play ou acesse www.poemapp.com.br. Ao abrir o site digite na busca por ponto de poesia #declame2018, o aplicativo te apresentará os poemas mais próximos de você deixados pelos poetas participantes, seus saraus, eventos literários, etc.

Por um país mais poético e uma cena literária mais democrática – participe do Declame para Drummond 2018!""

10 de setembro de 2018

O trem, a vida, outrem


O trem, a vida, outrem

Vi os trens de Norfolk; mas foi num sonho.
Vi um céu igual o dos Simpsons, só que real.

(abre aspas)
Nunca duvidei de minhas capacidades,
Elas que ocasionalmente duvidavam de mim.
Hoje a “dúvida” é minha fiel engrenagem
Minha âncora, minha pólvora, meu estopim.

Hoje há nevasca só quando faço um desenho,
Mas meu empenho é sempre em traçar o amar.
O amanhã sempre em odes que eu mesmo resenho,
Estará lá, porém, também, para o insano em hesitar.

Quimeras de ocasião, canções que devemos aprender,
Seguindo as rodovias que trafegam os segredos,
Eu, você e as artérias e veias que levam nosso viver...
Nunca fomos de brinquedo.
(fecha aspas)

A vida ensina tudo a todos,
Mas a morte é egoísta, 
Não ensina nada a ninguém.
Nem ela, - nem eu, 
Sabemos o que um poeta quer dizer,
Mas a poesia sempre deixa algo no ar...
Ninguém sabe se é real.
Nem o poeta, nem a morte...
Só a vida sabe.

André Anlub®

9 de setembro de 2018

Caixa preta


Caixa preta

Saboreio cada gesto como se fosse o último,
tento adivinhar o manifesto do seu pensamento,
como se fosse o primeiro, como se fosse justo.
Nada é em vão.

A sua corrente quente me ajuda a nadar,
fico mais confortável e feliz.
Aquela força resistente me diz:
Atravesse o oceano e me beija.

Pelejas amigas, cantigas antigas,
caem bem, são bem recebidas.
Paixões passadas, cicatrizes fechadas,
caem bem, na caixa preta trancada.

Pela manhã molho o rosto e constato minha sorte,
perdi há tempos a necessidade de encenar.
A barba branca, o cabelo ralo
e da vivência o faro aguçado
- o voo mais acertado.

Limpo a poeira a caixa,
às vezes passo um verniz,
mas não abro.

O nosso presente já é tudo que me chega,
me cega e me cerca, fazendo coerente o amor.
Já não acolho vozes externas, demagogias,
orgias de picuinhas, não mais.

Enfim você chegou,
está ardendo àquela prometida fogueira,
com panos - papéis inúteis,
quilos de baboseiras...
E a velha caixa queimou.

André Anlub®
(9/9/13)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.