14 de outubro de 2017
Das Loucuras (Estruturar, reestruturar, bagunçar a quebrada)
Das Loucuras (Estruturar, reestruturar, bagunçar a quebrada)
Olhos soltos, gordos, castanhos, desenhados a lápis...
Sonhados, admirados e relembrados à exaustão.
Os dois se abraçaram um dia – como irmãos...
Amadurecer é estar a par que as esperas não são achaques.
Eles preferem o clima de frio seco à umidade,
Escutam àquele jazz sem comparação – talvez não;
Valem o preço de suas inexigibilidades,
Não dão valor algum para a in(ad)equação.
Estruturar, tropeçar, cair, sentir a ressaca guerra;
Reestruturar, bagunçar novamente a quebrada...
Ir de encontro à pedra... Viver (é o que se espera)...
Não precisar escrever ou dizer mais nada.
Olhos fechados em transe após a “transa” arteira;
Corpos suados focalizados num banho de cachoeira.
O vinho obscurece o caos – coisa sem nexo;
A lua imaginária ilumina a cama – casal em sexo.
Dentro dessa janela não há choro nem vela ou breve momento;
Não há escasso espaço, pouco amaço, achismo ou açoite...
Vale o fragmento de vento que acaricia ele/ela nessa noite;
Estão felizes na queima da paixão que estava perdida no tempo.
André Anlub
(14/10/17)
13 de outubro de 2017
Só nos nossos sonhos
Meu maior pesadelo é não poder mais sonhar, é ficar vazia a mente, sem sonhos bons ou pesadelos.
Só nos nossos sonhos
Só nos melhores sonhos
Flutuamos por sobre os rios
Podemos ver pela purificação da água
O verde fluorescente dos limos
Peixes que brincam
E o bailar das algas.
Só nos mais extensos sonhos
Engravidamos e os gêmeos nascem
São criados com demasiado carinho
Crescem e seguem seus rumos.
Só nos mais avivados sonhos
Pintamos imensos afrescos com as mãos
Transmutam para um belo arco-íris
Atravessando todo o céu
Multicolor, surreal e hipnotizante.
Só em sonhos, os mais reais
Corremos e não saímos do lugar
Perco-me e você se perde
Não nos reconhecemos
Papeis e sentimentos voam com o vento
Tentamos compreender o tempo
Déjà vu de caminhos...
Vou acordar desse amor.
10 de outubro de 2017
E vamos nessa...
Dai a césar o que é de césar
Experimentar o néctar da vida
Poder sentir a pureza...
Com toque de plumas e sons harmoniosos.
Uma vida é um desabrochar, sabor doce do mel
um “amargurecer” de todo amar...
Deflagra na emoção do sentir.
A autopiedade é companheira íntima do flagelo
e nesse doce, nesse marmelo, não entra a calda do reprimir.
Acrescento no arco-íris, ao lado do amarelo...
um azul petróleo que faz exprimir.
Denota o lado escuro de uma bela cor
No trajeto... O inicio e o fim.
Em outras palavras...
Que em toda beleza pode existir algo ruim
(e versa-vice)
Tudo é valido do ponto que se vê.
Aproveite o sol que resseca uma folha
Aproveite a lua que inspira você.
9 de outubro de 2017
Gaveta de Cima
Já está disponível no site da Editora Darda
https://www.dardalivraria.com.br/7865224-Gaveta-de-Cima-Versos-Selets#.Wdu08s2OtWI.facebook
Arte
A arte é muito além do coerente,
É avesso e infinito,
É forma ou desforma;
A arte não se envolve com opiniões
Sempre existirá de qualquer forma.
Saturado de arte - no bom sentido; saco nada de Marte - no vão 'sentigo'
Amar é uma arte, mas o correto é tender mais para a poesia do que para o teatro.
Arte nos olhos
Arte que brinca com a bola naquela velha praça
Bermudas rasgadas, pés sujos e mente limpa
Vento que sopra quente na respiração ofegante
No belo guache que brilha.
Arte que vai a fundo à aventura
Velho barco em velhas águas inóspitas
Meio tombado, marrom e pôr do sol
No óleo sobre tela banal.
Arte que imita um deus
Imagem inebriante de dimensões erradas
Casas pequenas, homens gigantes
Na arte Naif com acrílica.
Arte que joga os dados
Corriqueira, que dá o ar e o tira
Que sustenta um corpo pagão
Pastel seco ou carvão
Na aquarela da vida.
8 de outubro de 2017
Morrem as abobrinhas
Morrem as abobrinhas
Venha, chegue mais perto,
Quero sentir seu hálito delicado e forte. Sopro de amor.
Agora chegue ainda mais perto e cole seu nariz no meu.
Quero entrar nos seus olhos, no mar infinito
E no universo negro e mágico onde tento ver o meu rosto.
Digo em alto e bom som como é bom.
Quero sempre fazer parte dessa história. É salutar.
Mas periga ser um vício.
É no início, na essência, onde bulo e reviro a memória.
Vejo que nessa guerra vale a pena lutar.
Ninguém vai nos dizer o que devemos fazer,
Nunca mais - não, não!
Com o certo ou o errado deles. Dos ralos, dos reles...
Limpamos o chão.
Acabaram-se as abobrinhas nas nossas mentes.
Nem se falarem hipoteticamente
Só verei as bocas mexendo. Sem som.
Agora há o costume de seguir o próprio caminho,
Escolher as pontes e portas.
Ficar frente a frente com o vendaval,
Sem o aval alheio, sem olheiro,
Sem frase feita e sorriso banal.
Doentes e sadios
Doentes ou sadios... Somos sábios ao saber lidar com isso e aquilo.
(Tarde de 8 de junho de 2015)
A enfermidade estava sarada, sem a necessidade de remédios caros, atendimento especial ou até mesmo palavras de baixo calão. Pegou o balão e foi ao céu, meditou alguns minutos e voltou sã. Hoje objetiva, distribui compreensão; hoje é menos submissa, na verdade é nada submissa, e aprendeu a lidar com o “não”. Curandeiros foram ouvidos, religiosos, pais de santo, mães de casa, aprendizes, filósofos, numerólogos e até charlatões; ouviram bocas de Matilde, a mãe Joana (dona da casa), o Wally e o Waly... (o sumido e o Salomão); ouviram o cantar de aves raras e a galinha do João; houve também médico de plantão, pó mágico, forca, gilete, gás do botijão, elixir raro, sopa de tartaruga e de barbatana de tubarão... ninho de pássaro raro que a Glória Maria bebe e até o aquele apetitoso medalhão de salmão... Nada disso foi preciso, a enferma estava boa. A doença se foi como tempestade passada em sonho; a doença não deixou destroços, não deixou confusão. Foi-se o tempo ruim, pegou o trem errado para o lado oposto, agora caminhamos na estrada com a calmaria de sempre, com céu aberto à frente e poesia embriagante... Vamos adiante – pois atrás vem gente –, se triste ou contente não é da nossa conta. Já perdemos tal conta, não somos matemáticos para analisar fatos, sensatos e friamente. Se enxergarmos fome, damos um jeito; se esbarrarmos com festejos, damos um nome; avistando outono, damos vassoura; se bater-de-frente com lavoura, damos semente; vindo e vendo verão, cuidado com a dengue; se expusermos demência, voltamos ao começo do texto. Nada muda, é uma corrente, tudo conforme o combinado e o indiferente. Somos frutos das pequenas coisas que fazemos, pois nas grandes, geralmente, não temos controle. Professamos cada passo, cada olhar, cada rasteira, cada intenção de nos enquadrarmos no melhor sentir possível. Não há o que fazer senão o melhor possível... Assim seguimos. Saímos de um canto e montamos acampamento em outro. O tempo estava bom – então aproveitamos – e fomos ser felizes. Quando vier novamente a tempestade, fecharemos as portas, janelas, os olhos e vamos sonhar com dias melhores.
André Anlub
Uma das tatuagens que fiz no Cariri #DiaDoNordestino
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Biografia quase completa
Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)
Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas
Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)
• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)
Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha
Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas
Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)
Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte
André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.
Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.
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- Que fatalidade: ao fechar seu zíper, Zappa perdeu seu Zippo; ficou com o fumo, mas sem consumo, sem fogo, sem fósforos; ficou famélico e...
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Mesmo assim Agora mesmo a alegria passou por uma rua, Ela estava nua, estava fula, estava atormentada e vadia. Olhou em todas as portas, p...
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𝗙𝗼𝗶 𝗲𝗺 𝟭𝟵𝟱𝟲 𝗾𝘂𝗲 𝗼 𝗳𝗶𝗹𝗼́𝘀𝗼𝗳𝗼 𝗷𝘂𝗱𝗲𝘂 𝗮𝗹𝗲𝗺𝗮̃𝗼 𝗚𝘂̈𝗻𝘁𝗵𝗲𝗿 𝗔𝗻𝗱𝗲𝗿𝘀 𝗲𝘀𝗰𝗿𝗲𝘃𝗲𝘂 𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗿𝗲...