6 de setembro de 2021

Das Loucuras (os Sumérios, os sumidos)




Das Loucuras (os Sumérios, os sumidos)


Vivendo no ostracismo,

O seu trabalho é dar a si trabalho

E sempre foi muito bom nisso.

Espera por soluções com otimismo,

Mas também corre atrás do prejuízo.


A vida lhe dá coices

Mas permite que se monte nela.

Mesmo com chuva, sol, balas perdidas,

Deve-se sempre arriscar abrir as janelas.


O excesso ou a falta de dinheiro,

Costuma enlouquecer as pessoas...

E ele já viu essa cena centenas de vezes.

Seu coração pode ser de pedra, de pó ou amigo,

É só ter compaixão, empatia, zelo.


Mudando de pau para cavaco:

A vida a todo o momento se repete

E as coisas vão bem para seu cavalo...

Nesse instante está curtindo Andrea Motis no trompete

E anda com motivos de querer ficar apaixonado.


Amores vão; amores vêm; amores ficam...

São como sonhos bons

Que acabam e te fazem querer bis.


A vida dói e afaga,

A faca amolada corta, fere,

Mas também prepara delirantes pratos – é o que se diz.


André Anlub®

--------------------





Das Loucuras (Nossa Holanda)


Fazer o bem sem se gabar a cem,

O bilhete diz absolutamente o que mereço.

Diz tudo e muito mais um pouco...

Está explicito ali, para olhos que veem.


Infiltrando-se por dentro do corpo oco

E por fora mantendo o brilho extenso.

A capilaridade social impede o fundo do poço,

Ainda que possam empurrar o sol para dentro.


Há as mais puras inércias...

Nos países baixos.

Há a maior mentira discreta...

Pra não fica por baixo.


Mais um adendo: 

O corpo não se sustenta

Não há omelete sem ovo

Nem borda sem centro...

Mas há quem inexista e aguente.  


Nossa Holanda arquitetada

Também tem ciclovia que brilha

Em artes de Van Gogh inspirada

Numa folia de vaga-lumes em trilha.


Vejo-a naquela pantomima...

Todos vão com tudo na encenação eloquente.

Se não há fé, vá sem fé mesmo...

Pega-se um ônibus, dobra-se uma esquina,

Mas com um pouquito de crença

A vida, com ou sem desavença,

Fica mais a contento.


Vejo-a bela e sorridente,

Dentro de nossa antípoda.

Não é preciso falar ao meu ouvido,

Eu já nasci entendendo.


Sussurre ao abismo,

Sem eco, sem ego, sem medo.


Século de nada, de sangue, de ouro,

Rasga-se o couro...

O mestre dos sonhos e seus tesouros.

Tudo para se gabar com os louros.


Nuvens cinza se dispersam com o vento,

E nesse lamento as lágrimas secam.

De um lado da bifurcação o mar e a lua que refrescam;

O que fica para trás é só o fim do começo.


Bem visíveis às pegadas

Na areia fria da necrópole,

E a semântica dessa semana

É branda e já está sanada.


Estacionada na nossa Holanda,

Nossa enrolação nos enrole

Com moinhos de vento,

Ventania inventada,

Eu e você, de mãos dadas,

Constituindo nova prole.


André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.