8 de junho de 2019
É somente mais um dia fantástico
É somente mais um dia fantástico
Apaguei o abajur
a cama ainda está quente.
O sol surgiu ao leste
e o sorriso nos teus lábios.
Tudo que dizem sobre o amor
não é nada, nem um pouco, exagero.
Fiz um peixe assado...
aquele, esperto.
Coloquei as velas acesas na mesa
abri um ótimo vinho
e adivinha:
achei frescura, mas tá valendo.
Tem sido poesia que invade
e em alarde e envaidecido
sigo saciado na tua maestria.
Tragam vozes e resmas
tragam versos e temas
porque meu amor
pela praia passeia.
Na orelha uma açucena
emoção é plena
o coração tá sereno
e o olhar tá sereia.
hasteei nossa bandeira
com os escritos bem claros
arranjos nada raros
de um amor que vale a pena.
André Anlub
7 de junho de 2019
Das Loucuras (1994, Copa, 1 da matina – arrebatamento)
Das Loucuras (1994, Copa, 1 da matina – arrebatamento)
A quietação da sagrada inspiração
E o surreal e o real do imaginário
São sombras no caminhar solitário...
Mas que também pode ser que não.
Olho de soslaio um ser estranho vindo na outra calçada
A visão é alçada às ideias de sair da situação.
Franzo a testa e o que resta é descontração...
Pois ali fui criado, conheço as flores e os buracos
E esse saber está longe de ser nada.
A solução do problema pode estar
Ao deixar de tentar pegar
Uma das visíveis e infinitas estrelas no céu,
E se contentar em pegar
Uma rara estrela do mar.
Pronto, o pensamento se perdeu na musa...
E no seu olhar há luz além dos calvários,
Vê-se onde o sossego descansa,
Vê no preconceito a repulsa.
Lido, ledo engano – felicidade...
É madrugada na minha cidade;
Alma drogada, não quer saber de nada – nunca quis...
Contorno de álcool, coturno, casaco e algo...
Tudo misturado com parafernálias vis.
Há algo que se possa fazer,
Mas é dar continuidade ao nada.
Quiçá exista a paz no que apraz – sacou a sacada?
Mas nunca ficou em pé – de guarda em seu posto,
Vigiando para os outros não saírem dos armários;
A ganância por detrás da máscara em seu rosto,
É problematizar problemas – inventar inventários.
Vem musa, me salvar desse “ouroboros”
Vem sorrir, expor o profícuo do que pra mim é finito,
Pois sou herói em meu sonho – e na real um tolo.
Nem leite nem bolo – só veneno – senão eu vomito.
E ela realmente veio...
Permanecendo ainda uma herança – sua sina...
De ter na alma o solidário – fazer bonito,
Estendendo as mãos aos que estão na latrina.
No coração há o transbordo do amor...
E as correntes ela abandona à dor.
Não há confisco, tampouco atrito,
Enfim, amores aprumando-se nas esquinas,
Do ser livre, do livre arbítrio.
André Anlub®
(7/6/19)
6 de junho de 2019
A você
#tbt
A você dedico meu tempo
Termino meu verso
Estampo meu cansaço no corpo e na alma
Desperdiço meu sangue, que já é pouco
Choro muitas vezes por um sorriso
Outras por nada
Abaixo a cabeça
Me calo
Me inclino, reverencio
Aceito
André Anlub
Excelente quinta aos nobres amigos
Ao deixar de tentar pegar
Uma das visíveis e infinitas estrelas no céu,
E se contentar em pegar
Uma rara estrela do mar.
André Anlub
4 de junho de 2019
Roda de Samba e Alegria - 14/6 - Lapa/RJ
"Galera, dia 14/06 tá chegando. Precisamos apoiar nosso irmão Alexandre Duarte, com esse projeto lindo de ensinar que a música é uma ferramenta transformadora de vida, principalmente para as crianças. A HORA É ESSA..."
3 de junho de 2019
Copo de plástico
Copo de plástico
E vai o ar mais quente do verão,
Pelos espaços em brancos, pelas alamedas vazias,
Nas narinas dos santos e dos pecadores.
Vai um filete de água descendo o canto da calçada,
Leva um copo de plástico; talvez leve um vulto sagrado.
No velho casebre o homem esculpe uma cálida imagem,
Que logo, em breve – quem sabe, esboçará uma crença.
No campo azul lá em cima, há gritos de prosperidade...
No palco azul piscina, no alto, no voo e no espaço.
Ninguém mais chega ao ponto, na resposta da longa pergunta...
Numa desconexa permuta de línguas encafifadas rescendentes.
No lago verde, verdinho, com vitórias-régias, peixes gordos e belos...
Alarga a reflexão, vem junto em coroação, um pedinte pé de chinelo.
E vai o ar mais frio de inverno,
Alavancando sua marcha pelo horizonte mais gélido;
Dentro de um copo de plástico, dentro da velha cachaça,
Do pedinte pé de chinelo.
André Anlub®
Bonifrate
Blues Generation Sant Andreu Jazz Band & Joe Magnaelli & Fredrik Norén - 2017
Bonifrate
Nem imagino por onde é o começo
quiçá pela dor que corrói em saudade
nessa idade que se iniciou o apreço
que migrou para incontrolável vontade.
Decompondo o corpo de bonifrate (brinquedo)
trazendo a pior das tramas do enredo.
O coração tornou-se ferro e ferrugem
carecendo do óleo quente da amargura
talvez o erro de almejar o impossível
senão a demência de só ver a negrura.
Não tenho mais rotatividade na alma
velho, meu coração anda torto
e o porto que há muito tempo vazio
expõe os corais de um amor absorto.
André Anlub®
Bonifrate
Nem imagino por onde é o começo
quiçá pela dor que corrói em saudade
nessa idade que se iniciou o apreço
que migrou para incontrolável vontade.
Decompondo o corpo de bonifrate (brinquedo)
trazendo a pior das tramas do enredo.
O coração tornou-se ferro e ferrugem
carecendo do óleo quente da amargura
talvez o erro de almejar o impossível
senão a demência de só ver a negrura.
Não tenho mais rotatividade na alma
velho, meu coração anda torto
e o porto que há muito tempo vazio
expõe os corais de um amor absorto.
André Anlub®
Excelente semana
As pegadas são honestas,
Prolixas, mas reais.
Nas folias que me aceitei de palhaço,
No meu coração ficaram dois traços...
Um xis de açúcar e sal.
Já foi, é ou será cedo
Assumindo tal culpa,
Nesse sol nascendo.
Admito: estou envergonhado e avermelhado
Com a sua tamanha beleza.
Às vezes queremos tanto pertencer a tal coisa,
Estar dentro de certo universo,
Que não percebemos que a porta abre para fora
E teimamos em empurrá-la...
Quando bastava apenas recuar um pouco,
E com paciência dar espaço em si mesmo,
Para a porta se abrir facilmente.
André Anlub®
2 de junho de 2019
Talento Poético 2019
Das Loucuras (entrar em ação pode ser entrar pelo cano)
Ele é tatu e está tudo errado nessa dedução.
Pé no chão, pata no chão, barriga no chão.
Ele é rato ou pode ser cobra,
Vamos cobrar essa resposta.
E agora se faz o que?
Mostrar o crachá,
Pegar o acarajé e caprichar no dendê.
A temperatura caiu...
Um mar Báltico,
Mas o corpo nunca esteve tão quente
E cáustico
Como nesse instante.
E amanhã como vai ser?
A lâmina da faca entre os dentes
Estará ainda mais gélida, afiada e lancinante.
Ele quer guarida,
Se reencarnasse iria querer novamente guarida...
Sonhos, projetos, orações são tudo em vão.
Tem a noção de que precisa de segurança externa,
Não anda com as próprias pernas,
Mas bebe e comete seus pecados
Com cuidado e as próprias mãos.
Quer disfarce para usufruir da distração;
Não consegue,
Então chegam suas nuvens pesadas.
Guarda-chuvas na mão
E a estrada de barro inundada...
Se proteger da chuva não é nada,
E novamente ele se deixa na mão.
Foi montado o funeral,
Ele já pode aparecer.
Cava seus buracos, busca suas saídas,
Trabalha seus ensaios e divulga suas rotinas...
Se expondo, se impondo, se cobrando
De uma forma que ninguém imagina.
A vida de dia lhe sorri – timidamente,
A noite ela se vinga, o faz de vítima.
Mas enfim:
Dizem que nem tudo acaba em pizza,
Talvez não seja somente lá e aqui...
Nem tudo é água ou daiquiri.
André Anlub®
(17/10/18)
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Das Loucuras (Le Quatorze Juillet – francês e chiclete)
Das Loucuras (Le Quatorze Juillet – musas, francês e chiclete)
Pessoa erra, pessoa muda;
Pessoa berra, pessoa muda.
Aonde foi que li isso antes?
“Está tudo como dantes no quartel d'Abrantes”.
Dito-cujo que surge e soa na destoante de mim
Pois ontem sonhei com um colorido laço,
No lago, casa no mato, queijo Brie, Larson
E jazz, e uisquinho, e vinho tinto e afim.
Um Sol no arrebol se fazendo de machão girassol
E uma Lua – do nada – se fazendo de viada.
E na vida:
O que não era assim tão bom,
Continua assim não tão ruim;
Há algo ótimo para ser emoldurado,
Mas não gostei da moldura...
Achei quadrada.
Por não ter tido um passado Negro,
Talvez a vida tenha passado em Branco.
Sonha com a escuridão da salinidade no pélago
E inveja a utopia de um mundo franco.
Jogou a toalha,
Riu da toada,
Exigiu arrego...
Recebeu sua herança,
Goza de boa saúde,
Largou seu emprego...
Às 6 horas na praça,
Dando milho aos pombos,
Abraçando sua graça.
Enquanto a queda da Bastilha ferve
Em outro lugar alguns unem as mãos em namastê.
Se apurar a inspiração, alimentando a verve,
Viaja-se no tempo e chega-se ao cine privê.
Tudo junto e misturado, sobe e desce elevador...
A mente aperta o treze; aperta o seis; aperta o térreo,
A superstição abre mão do preconceito etéreo
Da loucura em andamento – sem furor de causar dor...
A imaginação enterra tudo e vai direto a Gal Gadot.
André Anlub®
(2/6/19)
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Biografia quase completa
Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)
Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas
Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)
• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)
Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha
Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas
Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)
Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte
André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.
Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.
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Mesmo assim Agora mesmo a alegria passou por uma rua, Ela estava nua, estava fula, estava atormentada e vadia. Olhou em todas as portas, p...
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Sylvia Plath Via: Revista Prosa Verso e Arte Canção da manhã O amor faz você funcionar como redondo relógio de ouro. A parteira bateu ...
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- Que fatalidade: ao fechar seu zíper, Zappa perdeu seu Zippo; ficou com o fumo, mas sem consumo, sem fogo, sem fósforos; ficou famélico e...