29 de dezembro de 2021

 


Quem caça um poema?


Já nem sei por onde anda

No gole, na gola, na manga

Nem sei de onde veio

Do ventre, da saia, do seio.


Sei que em bares é citado

amado e temido.

Sei que fica exposto aos olhos

e dos olhos sorve o pranto.


Das mãos às vezes é santo.

Dizem que é dissabor e contentamento

No seu corpo tem amor

no coração, lamento


Dizem a má e a boa língua

Que é terra, mar e vento.


André Anlub®

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PAPEL EM BRANCO


Ela sempre com seu jeito me comove

Eu, aflito... 

O coração explode na calma

Emoção do amor ao extremo

Repito e sinto...

Chicotadas nas nádegas da alma.


Universo de intensa reflexão

Penso nela dia a dia, pernoites

Falando sozinho, rolando no chão

Uma loucura que me rasga o corpo

Um vazio nessa grande obsessão.


Fixo olhar no telefone que é mudo

Variando com meu relógio, inimigo

Só queria seu suor, ser amigo

Despedaço minha razão de viver.


A nobreza que há tempos me deixou

Irrelevante é saúde e paz

Amor próprio não considero existente

A tristeza sou eu mesmo quem faz.


Às vezes não sei porque me engano

Essa pessoa não existe pra mim

Se me flagelo é só em pensamentos

Se me desgraço só na mente me arranho.


Vou lhe dizer porque isso ocorre

Quem me socorria já está no seu fim

Inspiração, quem foi que disse que não morre

Já está sucumbida e enterrada no jardim.


André Anlub

25 de dezembro de 2021

Despedida VIII




Despedida VIII

Sábado de sol,
De sola de sapato sendo gasta
Pelos amigos que passam e se vão
Ao longo da rua.

Sábado de poesia, de escrita;
Acordei escrevendo, depois li um pouco...
Agora escrevo novamente.

Voltando algumas horas no tempo:

Essa noite fez um frio de inverno,
Acordei na madrugada em posição fetal
E com uma estalactite no nariz.
“Eta ferro”, me meti no frio da Serra;
Frio que me serra os ossos,
E quase, mas quase, gela meu sangue...
Foi por um triz.

Voltando ao tempo atual:

Almoço pronto,
Deixo meu “boa tarde”
Ao moço que passa
(mais solas sendo gastas).
Barulho de maquita cortando algo,
Complementa o som que ouço aqui...
Qual música?
Hoje deixarei à imaginação de quem lê.

Indo adiante no tempo:

Em casa com os cães,
Meu peixe pronto,
O mesmo som de agora,
Sol queimando a cachola,
Ao tédio meu afronto.

Preciso só imaginar e já sinto o cheiro de café,
Aquele fresco – novo – aquele meu;
Misturando-se ao perfume L’occitan que estou usando.
Vejo o céu limpo, ouço os cães distantes
E os cães aqui também latem.
Preciso só imaginar e já sinto o beijo...

Ah,
O som é Joni Mitchell,
Do disco Blue.

Despedida XII
(corpo e café – torrados e moídos)

Hoje me sinto dentro da melodia
“Rio quarenta graus”;
Mas quarenta... só se for na sombra.

A aura parece que quer deixar a carcaça
E se perder na atmosfera.
O sossego berra, a quietude é onipresente...
Mas “péra”...
Ouço o tilintar dos dentes,
Como se fossem lâminas de aço.
Saboreio a pera,
E o sumo resseca meus lábios.

Meu lema para sair da lama
É sorvete de lima-limão
E um chá verde gelado.
Estão bebendo cafés quando esfriam,
Vi gente saindo pela rua, pelado.

Agora a aura quer ficar no corpo,
Um bom banho gelado.
Ao alto as audaciosas asas de Ícaro,
Há tempos derretidas...
Agora aparecem em nuvens, desenhadas.

Vejo o futuro, não vejo sempre muito boa coisa;
Há decepção, sempre há;
Há ressurreição, tem que haver.
Há de aparecer alguma ligeira solução,
Nas poesias sinceras despontadas.

Sai da melodia, penetrei no sigilo
Já são bem mais de meio dia;
Entrei entre as almofadas
E sorri para a nostalgia.

André Anlub








 

No colo quente de Ísis

 



No colo quente de Ísis


A aurora dourada que brilha,

Enorme força que guia

Canalizando energia

Da bondade íntegra e constante.

Sem quaisquer variantes

E opiniões infligir:

Vestindo o pingente de um santo,

Com fé encorpando o gigante,

Com a pontaria de David.


Falha quem pensa que o bem

É frágil – pequeno – inseguro;

Que teme o invisível e obscuro.

Falácias de um João ninguém.


O mal é poder anacrônico,

Foi comício de um ser risível;

É improvável em almas capazes,

Insustentável e inadmissível.


Aspiramos ao poder intocável,

Colosso, incorruptível - no osso, na mente, na pele,

É aço que a ferrugem não atinge.


Vive ainda mais além que a verdade,

Liberdade que constrói o arco-íris.

É a hora de olhar no olho de Horus

E deitar no colo quente de Ísis.


André Anlub



22 de dezembro de 2021

Copo de plástico








Copo de plástico


E vai o ar mais quente do verão,

Pelos espaços em brancos, pelas alamedas vazias,

Nas narinas dos santos e dos pecadores.


Vai um filete de água descendo o canto da calçada,

Leva um copo de plástico; talvez leve um vulto sagrado.

No velho casebre o homem esculpe uma cálida imagem,

Que logo, em breve – quem sabe, esboçará uma crença.


No campo azul lá em cima, há gritos de prosperidade...

No palco azul piscina, no alto, no voo e no espaço.


Ninguém mais chega ao ponto, na resposta da longa pergunta...

Numa desconexa permuta de línguas encafifadas rescendentes.


No lago verde, verdinho, com vitórias-régias, peixes gordos e belos...

Alarga a reflexão, vem junto em coroação, um pedinte pé de chinelo.


E vai o ar mais frio de inverno,

Alavancando sua marcha pelo horizonte mais gélido;

Dentro de um copo de plástico, dentro da velha cachaça,

Do pedinte pé de chinelo.


André Anlub



18 de dezembro de 2021

À francesa

 



À francesa


Assim se diz paixão: ardente e única

Na pluma que cai no silêncio, e aos ouvidos insiste...

Na fleuma fina que com nada se parte

Aparte à parte da razão que inexiste.


Assim se diz mistério: ela e amanhã

Na ação e ressurreição dos sentimentos subtraídos

Atraídos ao sim – ao não, ao tanto – ao pouco

Louco varrido, desgarrado e desvalido – sã.


Assim nada feito: saída singela à francesa

Comida à mesa, sem fome – olhos atentos à cegueira

Sem eira nem beira, novamente entregue ao caminho...

Sem afã, à procura, abraços ao vento – lento redemoinho.


André Anlub 

16 de dezembro de 2021

Das Loucuras (Pelo princípio mais lógico)

 



Das Loucuras (Pelo princípio mais lógico)


O cheio e o vazio dentro do pensamento

O bem moldando os desvios, à procura.

Vai e vem de frente-frias, temperatura boa para o plantio...

No tudo a cabeça é seu guia, mas um GPS ajuda.


A fiel escudeira – sua consciência – dava os pitacos e pitocos;

Querendo abraçar e beijar como um cio.

Marmelada com quiche de queijo, déjà vu de já veio,

Manejo da arma, maneiro do tempo, mineiro e seu ouro.


Maré propícia a novos ensinamentos,

Fogueiras ardem, mertiolate arde, luzes cintilam.

Sem endereço fixo fixa-se no voo continuo,

A prece ao que parece, seja um só ouvido...


Daqui a pouco já tem um ano de sua velha novidade,

Indo de cidade a cidade com a idade avançando...

Segue passando pano para sua ida de verdade,

Nas trincheiras trincadas dos dentes trincados, sem abandono.


As filosofias das ruas e a de Zizek, ensinam...

Pestes extintas, a onda ‘segurada’, tintas fartas, e mais tudo que preste.

As psicologias do “vivido” e a junguiana, anima e animam.


Detalhes são minudências dentro da sobrevivência,

E tudo estará nas folhas que surgirão e floresçam.

De modo evidente, doente, sadio, sútil;

De modo verdadeiro, falso, salso, doce, brocha, viril.


André Anlub®



22 de novembro de 2021

Excelente semana aos nobres amigos












Assim começa a história:

Tatuou todo o corpo, sem treta,

e para não fazer desfeita,

deixou que tatuasse toda a sua memória.


Cantar do futuro


Na trilha do som e do cheiro,

entre outros planejes,

já havia o longo tempo de um asilo,

e saiu, enfrentou,

nisso e naquilo,

foi certeiro.


Conhecia um pouco de tudo,

e de todos a prudência do cantarolar,

mas de cor, tão-somente, do sábio sabiá.


O verde vivente evidente,

fez nuance nos raios dourados do sol,

que surgiam e sumiam

ao bailar de folhas,

no cair de sementes,

da jabuticabeira.


E a comunhão com a quietude,

ao chegar o negrume,

o que estaria por vir?


E os motores aos ouvidos em dores;

os odores do carbono a calhar;

o cruzar de mil pernas;

as janelas com visão limitada;

e a empreitada de ser e estar.


André Anlub®

17 de novembro de 2021

Das Loucuras (zeitgeist)


 










Das Loucuras (zeitgeist)


E a lava corre quente, venenosa e ligeira

Pelas veias e artérias do mundo

Uma leva nada leve segue esse fluxo vagabundo

Achando todas as críticas, besteiras.


O chá preto e a mente em branco

O banco lhe cobrando taxas

As tachas perfurando o cano

O que se passa com as uvas-passas?


Aquele olhar meio de lado

Pelado, o meio-ambiente agoniza

Pois ninguém quer sofrer calado

Feito a natureza que o homem aterroriza.


Ao enforcar o outro grita que a paz é o intento

Mesmo com a lupa nunca vê a saída

É preconceito nascendo em qualquer vento...

Na venta o cheiro de pólvora da bala perdida.


O chá branco e a mente é preta

Penteando macaco e o tal cabelo em ovo

O que há de novo, que nesse fronte há treta

O que há de velho, que é nas costas do povo.


E a lava resfriou novamente

Transformou-se em estrada para um novo pouso

Alguém lá em cima vai salvar o planeta,

Já estava na hora de no fazer contente.


André Anlub®




13 de novembro de 2021

Líquido sagrado de Baco














Sinto muito quando meu coração aperta

E nesse aperto ele grita, se expõe e seca.

Compreendo pouco quando fingem indiferenças

E nesse embuste são vítimas de seus próprios estratagemas

São guerras internas

São cegueiras eternas.


Por que fui tão rude com ela?

Pensei como seria o presente 

se no passado agisse diferente 

Ponderei as decisões que tomei

Algumas sensatas, muitas egoístas

Algumas erradas mas otimistas

Mas muitas, mas muitas mesmo

foram precipitadas e a esmo.


Ando com ideias antigas

de modernizar meus conceitos.

No fundo, são adágios superados...

Há tempos que tenho a teimosia saudosista

de querer ser atualizado.


Coloco nosso “amor” ente aspas

Para que em cada dia que nasça

Possa ter uma definição diferente. 


Derramo-me ao extremo no chão, no choro, no corpo e no copo...  Mas só por você.


Líquido sagrado de Baco


Rigoroso esse tempo bom na tela do céu azul,

Enorme pingo quente dourado, 

Mas amargurado ele caminha sem norte (também sem sul).


Só esperou o cair da noite e foi-se frenético abraçar a boemia:

Nas mesas bambas dos piores bares sentiu-se bem, satisfeito,

Era aquilo ali (Alá, a luz, além) que ele queria.


Com as paredes descascadas e encardidas, 

Banheiros de intolerável cheiro ruim;

A meia luz...

A farra no garrafão de vinho barato que esvazia:

Todo feio se faz tolerável;

O detestável é a alegoria da vida.


Com três palitos de dente se faz um xadrez psicológico,

De deixar Freud confuso e Confúcio fã de Pink Floyd.


O que eu faria em uma atmosfera assim? 

Além do porre corriqueiro:

De janeiro e meu aniversário;

De ver estranhos saindo do armário;

De tudo que é falso tornar-se verdadeiro.

O que eu faria?


Largaria o último copo e voltaria ao primeiro,

Desde onde a mente vai demudando,

O tom de voz aumenta, palavrão atroz vira salmo,

E enterra-se qualquer tormenta.


O que eu faria?

Vou voando – bem calmo ao terreno estrangeiro.

A insanidade das horas perdidas no líquido sagrado de Baco:

Com uma mão vai afundando o barco

E com a outra fornece o salva-vidas.


André Anlub®




11 de novembro de 2021

excelente quinta












Esvazie-me – preencha-me

conheça o verso e o avesso,

rima após rima,

sabe que deixo!

E depois,

ao acordar sozinha,

vá viver se estou na esquina.


Limpeza (um quê de Bovarismo)

A realidade concorre com minhas vertentes,

e elas, céleres e insanas, saem na frente.

Ouvi dizer que sempre vale a pena.

Faço roleta russa com o imaginário,

e nesse voar de um total inventário

castram-se cobiças e integra-se a pena.

Vozes tendem o som do trovão

apocalíptico pisar no vil tédio.

Letras brotam num mata-borrão,

curam, inebriam, quão doce remédio.

Estouram paixões sempre aludidas,

cantam canções, danças nas chuvas.

No certo e no cerco um céu de saídas,

arte que inspira expurgando áureas e auras turvas.


Ser brioso

Demasiada compostura

Poeta afetuoso

Sem um pingo de agrura

Escreve torto em linhas nuas

Inspiração ao natural

É um vira-lata puro

O ostracismo de sombra

Assombra o vento que bate

Deixa as portas abertas

Entra o vento de tumba

Do personagem morto

De um Shakespeare atual.



9 de novembro de 2021

Das Loucuras (o voo e o pouso da coruja de Atena)

 










Das Loucuras (o voo e o pouso da coruja de Atena)


E a inspiração mergulha profundamente num cio...

A infalibilidade da coruja ao perceber sua essência,

Na metáfora proposital da “inteligência vazia”,

Deixa todos como num sonho – invídia –, a ver navios.


Segue sua vida na humildade da experiência,

Hoje se vai, ao contrário de um passado “dia do fico”...

Assimilando a lógica e logicamente, assim, mirando

E calando modestamente o bico.


O voo pela vida não é alto, pelo contrário,

É extremamente profundo.

Entra num túnel confuso, arbitrário,

Flerta com o mundo, o submundo e o sobre mundo do tudo. 


A coruja é faceira de infinitas faces,

E fazes que fizeram, fazem e farão feitos infindos.

Abre as asas e defeca nos trastes,

Agarra com suas garras e beija os bem-vindos.


Ao som de Charlie Parker passeia no parque,

Delicia-se com a delicia de ser quem é – à vontade!

Tudo que ensinarem está de bom tamanho – é de praxe...

É receptiva ao aprendizado; é devoradora de detalhes.


O pouso bem suave numa jam session é seu lema,

Seus ouvidos agradecem todo esse afago.

Por hoje basta de sacanagem, capricho ou moralidade...

Amanhã lubrificará as engrenagens para o Sistema.


André Anlub®



31 de outubro de 2021

Das Loucuras (vivendo ainda em construção)



 Das Loucuras (vivendo ainda em construção)


Feições alegres em refeições fartas,

Farpas furando pés, ao pé da letra. 

O prego enferrujado na sola do sapato,

O emprego da palavra certa

 É o incerto do desempregado.


Dois dedos de pinga

E pingam suor e sangue adoidado,

Nesse corre e corre,

Nesse corte sem cura

De revanchismos baratos.


Segura essa:

Assegura alguém que essa história termina bem,

Sem abismos...

Contudo, mesmo com tudo e todos, 

Há os pessimismos.


O chefe Apache faz o de praxe:

Incendeia a rima...

A tribo só confirma, é o disfarce.

Ninguém aproveita a sombra

Do coqueiro solitário na ilha...

E nós aqui, vendo os meus lábios tatuados

Na sua virilha.


Na boca do lixo o grito do absurdo,

A prensa que é a pressa que faz a prima...

Mas no nosso caminho há silêncios,

E indícios de areia movediça...


Às vezes o tiro é à queima roupa,

E sempre isso pouco importa...

Agora está você roubando a maresia

Que antes refrescava as minhas hortas. 


Saudosismo que nocauteia as memórias,

Inventando absolutos do submundo...

Estou eu, doentiamente organizado

Na bagunça de vitórias e derrotas.


A jiripoca pia; a pele arrepia,

E tudo sempre esteve escrito...

Foi para ser assim – foi para ser infinito...

Mas é tão obvio, pois não pode ter fim

Onde jamais houve começo.


Na morte não sabemos

Se a escuridão nos abraçará...

Mesmo assim me olho no espelho

E com esmero

Penso em mim, em Roma, em Nero

E o que for que seja, será...

Eu mereço.


André Anlub®




29 de outubro de 2021

Excelente sexta a todos



Das Loucuras (último escrito de 2018)


Sem rabiscos, pois não tenho mais 18;

Sem pernoite, sem biscoitos, tudo há tempos.

Livre dessa loucura que acabou me fazendo banhar na cura...

Vejo-me sem agrura dos maus ventos,

Mas não ainda do jeito que se procura.


O lá lá lá de Milton, de pano de fundo,

Um olhar vagabundo, de fim de tarde.

Já foi tarde o pensamento absoluto

De ouvir a certeza sem ter certeza de não ser surdo.


Sem abismos e que haja fomentos oportunos...

Sou cacique, sou xerife, fecho o tempo da maldade.

No pensar desse ano, fez-se engano nas pretensões de liberdade,

Dentro dos planos malfeitos, mal acabados ou nascituros.


É tudo ou nada? 

Né nada, borra nenhuma...

Folha de taioba, tapioca e inhame em inhaúma.

Veio a chuva me trazendo segredos antigos,

Pelo comodismo estavam esquecidos,

Agora, pela destreza,

São lembrados com delicadeza.


Apuro em apelo – é puro – é verdade...

Mas isso seria voltar ao começo – não vem ao caso.

É a maravilhosa mão da vida

Deixando-nos a esmo (livre arbítrio)...

Sem árbitro, sem desprezo, sem brio sem ermo,

Vindo ao encontro do outro, de você, de mim mesmo.


Continua em 2019...


André Anlub

23 de outubro de 2021

A candura do aplauso

 



A candura do aplauso


É, joguei a toalha - acho que já escrevi isso antes

No meu inferno de Dante, a vida sempre me malha.

Larguei novamente a navalha, deixei-me ir no amor

O sol vai sorrir ao se por; a lua desfaz tal fim triste.


De tempo em tempo a mente não mente, e molda, e muda...

Como uma mola que estica e torna-se um espeto de aço.

Tirei meu colete à prova de balas e delineei meu espaço

Derreti meus nervos de aço nessa equação absurda.


Há sempre notas musicais que adornam o dia

Aliviando os tímpanos, desopilando o fígado.

Compete aos comprimidos cumprirem sua sina

Todas as bodas de Fígaro têm certo tom de ironia.


Salve, salve, pois a maré sempre estará para peixe

Por isso deixo essa deixa; por essa haverá quem se queixe.

Uma Quimera, uma Górgona, uma goela, uma garrafa 

E a nau sem vela nem leme, o lance é lançar a tarrafa. 


Suprimindo qualquer coerência, homens seguem otimistas

Nessa vida de artista, a arte foi quem pintou o seu sete.

No deserto doído da alma, colocaram certas cores intimistas 

Desdenhando de peça e de palco; desenhando o aplauso à vedete.


André Anlub


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Das Loucuras (na hora que o barco afunda, jacaré vira tronco)


Parte I – a descoberta


Nuvens cinzas passaram a mil nesse celeste céu

E o sol afinal mostrou toda sua sexy nudez.

Contornos calorosos que incitam à criação

Fez as mãos darem mais um passo rumo ao pincel.


Fina camada de um lilás bem forte no residir de sua alma

Felina, selvagem, certeira;

Faz em mim lambança, lembrança, loucura.

Águas que molham a timidez dos desertos

E inventam de tudo para purificar o que já é pura. 


As mentiras estão lá,

Em letras embaçadas fora de contexto;

Mesmo sóbrio ninguém nunca será mais o mesmo

Nessa narrativa bem-vinda totalmente no eixo.


Toalhas voam e mãos balançam em desespero

É o enterro do ermo que já se encontra a sete palmos.

Saltos ornamentais para se viver apenas mais um dia

Quem diria, qualquer um pode contar um falso segredo.


Nuvens cinzas estacionaram sobre o ninho...

E num deus nos acuda, o diabo quer que o mundo obedeça.

Rápido, bem rápido, a força se esvai com a falência.

Tentando alcançar a cura que voa num vazio. 


Olhos tremulam numa convulsão astronômica

Abundância de liquido limpo que inunda as artérias

Um ensaio perfeito num antidepressivo harmônico 

Na intensidade absurda enterra-se o roteiro de tragédias


As informações estão ai,

Em letras garrafais dentro da garrafa;

Alucinando o inconsciente

Numa ciência cômoda e bem-vinda.


Nessa lida divina, 

Perfeita trilha,

Na conjuntura “ente safras”,

Definitivamente mergulhado no tempo;

Nessa altura da vida,

Respirando a contento...

Paro e piro,

Pois tudo conspira para que eu me safa.


Saio safo de um crime perfeito,

Num dia preciso e num sonho embriagado...

Dormindo num domingo qualquer,

Numa alameda largado.


André Anlub

15 de outubro de 2021

Terra do sempre
















Terra do sempre

Fiz meu pomar florido, vendo e prevendo seu rosto risonho;
Olha-me com carinho e ironia, e a cada novo dia renovo a compaixão.
Pinto e canto o desejo em bons e breves lampejos de sonho...
Jogo mil sementes distintas; vario vadio nas músicas e guaches;
Há de se tornar verdadeiro; há de me diferenciar dos fantoches...
É terra do sempre, terra do nunca; é terra do seu céu e do meu chão.

Verdadeira falácia

Se o portão for aberto – é certo – não mais se verá a paisagem;
Foi-se essa esfera, o limbo é o que sobra – à vontade! 
Libertinagens, concupiscências, castas e cartas marcadas;
Tudo em vão, falsa mão, o blefe era um flerte com as mágoas...
Sobrou a esperança nos olhos castanhos da criança desarmada;
Faltou a empatia, noite e dia, na vida abrupta do adulto de verdade.

Sonhos de sempre

Sonhos de madeira, de ouro ou de aço,
Arco-íris envergado como um bambu.
Enigmas de nuvens – aves no vasto azul,
São momentos que se atrelam em compasso.

Sonhos de tempos precisos e elusivos...
Loucos, parcos, vastos, vistos e incisivos.
Fazendo curvas no reto, na aresta do espaço,
Vou voando feliz sobre o vil penhasco.

No mar bem calmo e bem claro – canto;
Em um barco a vela e ao vento – amo.
Fujo ao meu modo do medo – passado;
Abraço o coração de um ser raro – encanto.

Corro salvo e solto na frenética inércia,
Me meto em uma selva sem mato fechado;
Sinto a saliva da chuva no corpo molhado,
Chãos de grama, de vácuo, de tapete Persa.

Pensando dormindo, sorrindo acordado,
Desenho sonhos verdadeiros e irreais;
Ponho de cor a cor no presente e no passado
E realço o sol no futuro de equidade e paz.

André Anlub
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Caso à parte

Sou um curso à parte,
Não sou do tipo que faz faculdade (só a da existência)
E não curte interior de cidade.
Se caso ouvirem o contrário
E comprovarem me vendo na cidade,
É porque mais uma vez
Quis mergulhar em alguma pérfida verdade (minha essência).

Sou um ocaso à parte
O crepúsculo já dormindo no espocado escuro,
Mal explicado, bem humorado, mal e bem desmascarado,
Que prega na conquista pessoal absurda
O que se pisa e prega na sola do pé desnudo.

Sou uma casa à parte
Que abriga a mim mesmo de um jeito farto;
Que dá vivacidade ao meu mundo pesado.
Nos abismos por ande transito devagar,
Fazendo da vida meu doce fardo,
Vou-me levando os planetas nas costas
E em breve estaremos todos de volta ao lar.

Sou um cara à parte
Que parte em busca de sonhos e pesadelos,
Sabendo que a vida também é um mar de rosas:
Violetas, Lírios, Iris, Orquídeas...
Que por fim no alto mar de céu azul e tempestades
Os tubarões famintos da ganancia as devoram.

André Anlub
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No tempo certeiro

Hoje meu céu amanheceu encarquilhado
Com tons bucólicos e forma cactácea;
Dentro de um escarcéu de folguedo afundado
Circo pegando fogo; chama em círculo de encruzilhada. 

A breve paixão derreteu ao calor da ideia
Escorreu pelo meio-fio; se escondeu na própria sujeira.
De asneira em asneira minha juventude torna-se velha;
De vela em vela rezo a oração de uma vida inteira.

Posso e passo, verso e frente, sou veemente crente;
Logo veio-me um pensamento peremptório:
Eu, engravatado e indiferente, esgaravatava o dente...
Tudo diante e dentro da minha breve memória.

Já fui esnobe, indiferente sem nunca pisar em ovos,
Sacudindo pouco minha alma diante dos belos corpos.
Certa noite caiu mais doce, e meu coração foi usurpado...
Sem culpa ou culpado, sou no amor paciente e derrotado. 

André Anlub
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Néctar eterno

Vem à vista um conjunto de bons absurdos
Da conjuntura que compõe o mundo;
No salutar suga e cospe da seiva 
Há o próprio/impróprio que permeia.

Vem também docemente o claro/escuro bem-vindo,
Surgindo para os que arriscam e petiscam essa luta.
Nuvens nuas e magras; pássaro e porco num garbo dia gordo.
Absorto, o corpo nada abstruso; advinda, interioridade florindo.

Absoluta absolvição; entrega total e insana – abalo estratégico;
À cama a chama, ao chão o ser são e ao céu o que é seu e é só.
À morte, alérgico – à vida, estratégico – à alma, lisérgico;
Há fome e sede de continuar nesse fluxo – do pó ao pó.

Vai toda a aluvião alusiva das línguas vis indispostas,
Antes postas em pedestais; antes replicadoras bestiais.
Ficam as línguas festivas, vestidas de salivas amorosas,
Esputando poesias e rosas, volvendo deleites imortais.

André Anlub

12 de outubro de 2021

Das Loucuras (sexo, drogas e jazz)












Das Loucuras (sexo, drogas e jazz)


“- Menage? 

- Não, obrigado...

De duas pessoas desapontadas comigo já bastam os meus pais”


Passei pano para uma menina que me desapontou

Hoje eu já iria preferir passar um café...

Talvez, quem sabe, por obséquio, chamar para um rolé

Mostrar quem fui e, agora, quem sou.


Sabia que a vida fluía, e o fluído descia à vontade

Sabotando vontades; quiçá um guisado de poesias ralas.  

O sonho alimentava a ansiedade, vontade de azul, mar, liberdade...

Expus meu espirito ao lado de outro e preparei minhas falas.


Quanto vale o meu orgulho empanado?

O amor quebra as barreiras, faz sua sombra e anda ao lado.

Os cabelos brancos chegaram, mas nem sinal de apatia

Foi tia, amiga; é avó, amiga... e quem diria...

Nem pensa naquele lance de “do pó ao pó”.


Mas a mim voltamos,

Minguado, às vezes; feliz, quase sempre

Algum leite derramado, bem lá do passado

Que não quero passar nos próximos anos.


Cercado por natureza e sempre com dúvidas e certezas

Sem escrever à toa; sem bagunçar a esmo

Em variantes variadas – mas bem-vindas 

Cheguei às alturas nunca antes vistas...

Não fazendo mais vista grossa para mim mesmo.


Em tradições e contradições

Empreguei minhas forças e arregacei as mangas

Subi num pé de manga e fiz orações


As loucuras e sacanagens guardei num canto da garagem

Está lá, dando bobeira...

Em uma caixa escrito “me esqueça”...

E como sei que obedeço à beça

Sempre vou lá para tirar a poeira.


André Anlub®



3 de outubro de 2021

Pássaros que vem e que passam também são pássaros que ficam

 



Pássaros que vem e que passam também são pássaros que ficam


Indo bem mais profundo no nosso universo,

Habita o ponto cego da felicidade.

Ela vive numa espécie de vilarejo antigo, 

De casebres de pedra,

E dias tranquilos de sol dócil,

Ar sempre puro e vida que se vive.


Às vezes cai leve garoa,

Pois há a tal da nostalgia.

Nada combina mais com melancolia,

Do que uma garoa,

Acompanhada de um pouco de vinho e frio.


Para explicar melhor...

Fica na triangulação da apatia, a razão e o amor.

Alguns poetas sabem exatamente onde fica,

E alguns filósofos escondem.

Mas existe,

E algo me diz que é por lá, numa casa,

Que terminarei os meus dias.


Tem inúmeros pássaros que passam os dias rondando a região,

Mesmo sabendo que há comida suficiente por lá.

Já me vejo numa velha poltrona de couro,

Alguns tragos e um bom queijo,

Mas me contentaria com castanhas.


Vejo alguns vasos caros, com belas flores.

Mas poderiam ser de argila - comuns.

Ao surgir da lua cheia,

A expectativa da inspiração.


Sentaria na pequena varanda,

Na velha cadeira de balanço,

Com meu novo cão companheiro.


Pegaria minhas folhas e lápis,

E debaixo da mesma lua de anos,

Escreveria algo realmente interessante,

Depois, num gesto de saudação...

Soltaria ao vento.


André Anlub®


29 de setembro de 2021

Das Loucuras (Tarde de sábado)

 














Das Loucuras (Tarde de sábado)


O estreito furo do observador

A galinha ciscando no quintal

Tal de etc. de afago e dor

Enquanto a enfermeira prepara o mingau.


O que há dentro de nós?

Uma guerra sem fim;

Uma festa uníssona...

Aquele algo além do passível, enfim:

Tudo que se faz combustível.


É como se os verões quisessem sair,

Alavancando novos rumos,

Flertando com o ir e o vir,

Um futuro além de seus túmulos.


Então, enquanto o incenso invade a casa

Falsificando o cheiro puro do jasmim.

Para recomeços sempre será tarde criar asas

Se a cicatriz não se torna tatuagem assim.


Inícios, recomeços, medos, a rocha frágil, veeiros...

A roupa rasgada lavada; o pássaro preso ao viveiro.

De dia aquele clarão que põe à prova a coragem,

De noite a engrenagem que se quebra na cegueira do covarde.


Pés pisando em pequenos cascalhos,

A maresia, a adrenalina, a música e a sacanagem.

O pensar vago enquanto vagueia nas imagens

Numa bela praia do acaso;

Numa pintura de tarde de sábado.


André Anlub®




Excelente quarta feira!

 A OUTRA BELEZA DE DILMA  

Por respeito à dignidade humana, quase todos os órgãos jornalísticos se negam a divulgar as imagens que restaram dos jovens guerrilheiros mortos pela Ditadura Militar do Brasil. 

Quem suporta vê-las no Memorial da Resistência, em São Paulo, encara corpos de moças e rapazes deformados por pancadaria massacrante, queimaduras de pontas de cigarros, afogamentos e choques elétricos. 

Pois, muitos deles não foram simplesmente eliminados como ocorre em qualquer guerra, em combates. Mas depois de submetidos a perversidades, quando já estavam desarmados e presos.  

  Por esta razão, houve grande emoção entre os pesquisadores, em 2011, ao ser descoberta, no Arquivo Público de São Paulo, a foto de uma jovem guerrilheira, que sobrevivera a 22 dias de tortura. 

Dilma Rousseff, aos 23 anos de idade, aparece nela sentada no banco dos réus da Auditoria Militar do Rio de Janeiro, à espera da sentença que a condenou a três anos de prisão. 

Com olhar sério, mas sereno, ela acompanha a farsa do seu julgamento, clamorosamente desmascarada, na própria foto, por dois juízes militares que escondem os rostos com as mãos. Enquanto Dilma mantém a cabeça erguida e o nariz empinado.

A foto havia sido publicada 41 anos antes, no Última Hora, com assinatura de Adir Mera. 

Sobre ela escreveu a jornalista Karina Peixoto: 

“É extraordinária sob muitos aspectos. E um deles é a sua expressividade como História, como fato histórico. Uma jovem altiva mira os interrogadores e dois dos delinquentes que participavam da barbárie esconderam o rosto para o fotógrafo”.

Trata-se, de fato, de documento icônico de tal densidade que só, aos poucos, vai sendo melhor entendido. Reforçando, a cada passo que se dá nesta direção, seu significado simbólico de homenagem à força moral dos jovens imolados no enfrentamento da Ditadura.

Um destes passos foi conquistado quando a imprensa, no fim do período de censura da Polícia Federal, pôde ter informações sobre aqueles 22 dias de tortura a Dilma. 

- A Dilma levou choque até com fiação de carro. Fora cadeira de dragão, pau-de-arara e choque p´ra todo lado, revelou uma de suas companheiras de prisão, Maria Luíza Belloque, a Luiz Maklouf, da Revista Piauí, em abril de 2009. 

    Antes, em dezembro de 2005, a própria Dilma havia contado para Luiz Cláudio Cunha, da Isto É: 

- Levei muita palmatória, me botaram no pau-de-arara, me deram choque, muito choque. Um dia, tive uma hemorragia muito grande, hemorragia mesmo, como menstruação. Tiveram que me levar para o Hospital Central do Exército”. 

Finalmente, em 2014, novo avanço. Através de outra foto, tornou-se possível saber como era a aparência de Dilma antes de sua prisão. 

A imagem, até então desconhecida, mostra Dilma com surpreendentes semelhanças físicas com uma lenda da música popular brasileira, a bela Maysa Matarazzo. 













(Ilustração: A foto de Dilma, estudante universitária de Belo Horizonte, anterior à sua prisão)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.