4 de agosto de 2012

FERIDA ABERTA - (FLASH BACK)

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Sigo ferida, mas sem estar sangrando.
Pela região extensa de minha pena.
Denunciando essa minha dor em pranto.
Em rimas deslizando neste meu poema.

Então toco em meu coração ferido,
ali sei das agonias e dores que disparam!
Estanco, em uma lembrança, - um suspiro.
Onde as lágrimas de meu pranto brotaram.

Me recordarás, seja em algum momento.
Pois não te esqueci, em nenhum instante.
Tento te arrancar, bem daqui de dentro.

Tento, tento,... Mas te amo tanto, tanto,...!
Que por ti sentir assim, de mim, tão distante.
Dói essa ferida, mas em compensação eu não sangro!
 

Mônica Pamplona.
21/09/2010
Quem caça um poema?

Já nem sei por onde anda
No gole, na gola, na manga
Nem sei de onde veio
Do ventre, da saia, do seio.

Sei que em bares é citado
amado e temido.

Sei que fica exposto aos olhos
e dos olhos sorve o pranto
Das mãos às vezes é santo.

Dizem que é dissabor e contentamento...

No seu corpo tem amor
no coração, lamento
Dizem a má e a boa língua
Que é terra, mar e vento.

André Anlub

3 de agosto de 2012

Céu sereno...





Tão cedo desperto e encaro a porta no escuro quarto, o vento frio entra sem pedir licença e beija-me num gelado bom dia, meu corpo que outrora quente das cobertas aquece ao inverno de uma manhã de agosto, das primeiras do longo período ao perfume das flores. Ando contra a ventania que se instala no corredor de saída dos meus aposentos e encosto entre úmidas paredes para contemplar o branco céu, sem raios, sem manchas... Os pulmões se enchem do perfume de terra molhada, chuva fina que banha o ar e tece em mim presságios de silêncio, emudeço diante da paisagem quieta, calma, serena...  Sussurro os mais suaves sons de uma canção antiga e que apascenta a paz, o encanto, o gozo, a solidão...
...o Céu sereno.

2 de agosto de 2012

EM CIMA DO SALTO

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Com graça sofisticada
Aos teus pés te reverencio
Destaco,
realço
e calço
O teu bom gosto em que confio

Acompanho delicados passos
Daquela que me quer
Invisto,
insisto,
nessa ousadia
Em que se destaca uma mulher

Apurado prazer que,
liberta com maestria
 Na autenticidade que revela
A segurança de um salto
 Faz com que desafie uma passarela

No equilíbrio que me consentes
Reluzo nessa malícia
Audaciosa,
fugas,

...Sabendo-se da magia
que envolve cada mulher
Onde não poderia ser o contrário
Ressaltando a evidência da elegância
Quando tira um salto alto do seu armário!
 
 
 Mônica Pamplona.
20/10/2011

OLHOS E MÃOS - ANDRÉ ANLUB & MÔNICA PAMPLONA


FOTO PESSOAL.

Olhos que fitam o azul celeste
Pensando em um dia desvenda-lo
Olhos que veem vultos por detrás de ideias
Sabem da capacidade do poder imaginário.

Olhos que desvendam a escuridão.
Que buscam verdades na luz encontrar.
Desconhecem o afago que envolve,
os mistérios que delata cada olhar


Ousadia das mãos...
Plantam e criam
Remetendo os seres ao mais adiante mundo
Ser que fica desnudo
Ser que fica vestido
Todo e qualquer atributo.

Se na ousadia das mãos
que tentam expressar o que dizem.
Seguem adiante e falam.
No mudo silêncio permitido.
Acanham-se no tempo e se calam.

Olhos que mergulham em longínquas profundezas
Tirando o corpo físico do lugar comum
Olhos que trafegam no vão e vêm de letras
Na mão e contramão de amores e lendas.

Olhos que vaidosos pela visão
Trafegam apenas pelo que enxergam
Não conhecem as entrelinhas
Do sentir, contido, em cada verso.

Mãos de um ser...
Rápidas, elas desvendam segredos
Revelam medos da mais delicada forma
Transmitem o que dos olhos já foram vistos...
Ou até mesmo o que gostariam de ver.

Obscenas mãos que deslizam,
em aguçada revelação dos sentidos.
Na busca minuciosa em delação,
na qual transmite, em sintonia
de um reconhecimento, sem precisar da visão.


André Anlub & Mônica Pamplona.
02/08/2012

Laço em pingo d’água

Um amor quase impossível
Dividido e abstrato
irremediável, irreversível
Sem visão, sem olfato
Sem audição, paladar e tato.

Buscando sair do ostracismo
Além do mais querer
Além de tudo que é vivo
Além do mero prazer.

Se revirando em mil
Conquista a ser feita diariamente
Um enlouquecido jovem senil
Mil e uma faces, disfarces, vertentes.

No âmago do coração
Infinitamente se chamava de amor
Tão longe do alcance das mãos
Tão perto do alcance da dor.

Princípio ativo do fim
Primórdios de uma paixão ainda crua
Ilimitadamente para dizer sim
Mas o “não” ainda perpetua.

Busca consolo em quem te quer
Pena não existir tal figura
Roubando o coração de um qualquer
Castrando a paz e implantando amargura.

André Anlub

1 de agosto de 2012

Dia 31 de julho de 2012, marcou o centenário do nascimento do grande economista americano Milton Friedman.

Se você entregar o Deserto do Sahara para o governo administrar, em cinco anos haverá falta de areia”.

Milton Friedman (1912 - 2006)
A(cama)da Mulher!

O gramofone e uma leitura, novo dia e nova jornada

Lá esta ela... Com seus contra tempos, mas com demasiada calma
Paciente em recuperação, reabilitação que pinga lentamente
Do conta-gotas da existência...
Feito um veneno que não provem de uma serpente
Foi fabricado pela própria vítima.

Com os elos da corrente, que aos poucos se quebram
Já é tarde, mas não tarde demais
Riquezas e uma antiga beleza
Que se perdeu na memória...

Com sua boca mais contundente
Boca que exprime e se alimenta
A rosa que calou e novamente fala.

Santos nomes foram pronunciados
Pelas igrejas, mesquitas e casas santas que passou
Tugúrios de madeiras podres, em que se apoiou e derramou o pranto
Que outrora usava para seus pecados.

Atualmente coleciona livros
Bíblia, alcorão, guita e outros livros santos
As estantes cheias, coração vazio
Sem respostas, cem perguntas
Segue sucumbido nesse calafrio!

André Anlub

31 de julho de 2012



O baile do prazer

Por um segundo se afaga o céu...

Chega de mansinho, sobe pela espinha
Parece que queima por dentro
Sedento, dou mais linha na pipa
A contento... Quero repetir a façanha.

O suor invade nossa cama
O calor emana dos corpos
O silencio agora é preceito
Tentamos acender novamente a chama.

Mãos bailam inquietas pelos relevos
Lábios molhados e soltos
Não há censura, não há barganha
Momento pleno, libertino e verdadeiro.

Por um segundo bulimos com o céu.

André Anlub

Arte do inacabado

Estão nos planos os santos de barro
Tem sarro por debaixo dos panos
Clamam alto para nós que somos insanos
Na cruz em chamas vai que um dia me amarro.

Vagueando por claras crenças
As prensas apertando o miolo
Escuridão de densas indiferenças
No preconceito não se reparte o bolo.

É obra-prima a arte do inacabado
Foi passado, é presente e futuro.

Se o azul é insígnia do infinito
Onde o mito tem morada e poltrona
Na telona vê absurdos dos filhos
Um cochilo para diminuir a insônia.

Nada fiz, pois encarei só o que pude
Livre arbítrio é um tiro no pé
Tratei de lixo quem me mostrou ser rude...
E pra um suposto embuste sou feito de fé.

É obra-prima a arte do inacabado
Foi passado, é presente e futuro.

André Anlub (30/07/12)

30 de julho de 2012

Segredos de amor

Almejo no teu olhar tua sinceridade
Na voz, sons de flautas doces, mistérios
Deixo pegadas salientes nas saliências de tuas curvas
No meu sentir, nos teus quereres, o elixir doce de nossa igualdade.

Mas se na tua fonte me tiraste o meu banhar
Não for mais minha panacéia
Ocultares o amar e desenterraste o desapego
Deixas-me em estrada deserta, sem placas, com medo.

Sinto que de certa forma estou em um purgatório
Onde se encontram carrascos de afagos e castigos
Teu doce segredo destoa, se mostra imponente e notório
Mas logo surges em beijos e um abranjo amigo.

Por fim torno-me teu amo
Tua bondade, sensibilidade e clareza
Afogas as mágoas e avarezas
Pedes para eu gritar em tons inaudíveis o quanto te amo!

André Anlub

29 de julho de 2012

Revivendo...

Nossos Litígios

Pelos nossos próprios litígios
Tentei organizar nossas vidas
Apagando insensatos vestígios
E acendendo e excedendo as saídas.

No doce ninho, que mesmo em sonho
Onde criamos rebanhos, rebentos
Em águas límpidas que fazem o banho
Depurando, em epítome, nossos momentos.

Amontoando em vocábulos incertos
Vejo e escrevo, em linhas tortas, n'alma
Optando por esse amor na justa calma
Nas brigas que expulsam demônios e espectros.

Mas na sensatez do amor verdadeiro
Vi-me lisonjeado por ser o primeiro
O real, fiel e o ardente.

Sou o qual lhe agarra a unhas e dentes
Sendo o mais perfeito, da paixão, mensageiro
Andando feito ébrio a passos doentes.

Mesmo se somassem todos os números e datas
Secassem todas as águas do planeta
Encharcando sua face que no ápice da tormenta
Sempre responde com lisura imediata.

O ardor do âmago do seu ser
Acabou escrevendo minhas linhas
Nesse bem querer de minhas rinhas
Só, e mesmo cego, posso lhe ver.

André Anlub


Me vi pela vida

Sai do ostracismo
Marasmo jamais
Abri a janela!
Larguei a bebida, peguei minha magrela... Sai para a vida.

Chamei de “tesão” a donzela!

Curtindo meu tempo, pois o mesmo é curto.
Um absurdo, com tudo no mundo e tudo voa ao vento

E o contentamento?

Larguei a tristeza, cuspi na grandeza com delicadeza
Senti a brisa no rosto, me vi pela vida.

Não sou mais esboço!

Mostrei o dedo pro desgosto... Com muito gosto
Cicatrizaram feridas.
Pude retornar feliz, com a incumbência resolvida
Viram-me pela vida, como eu sempre a quis.

André Anlub


Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.