10 de junho de 2017
De bobó vendo Sassá
De bobó vendo Sassá (este é para poucos - 21/9/14)
Foram e já foram épocas em diferentes gracejados
Nos gingados de danças leves, livres e levados... que tanto lavam:
Ampolas de cevadas – embolias de folias.
Aquele todo o sol, sim,
Aquele sol diferente,
Aquele sol como teto,
Tinha o chão ébrio de areia
Com a mais perfeita limpidez;
Abaixo viviam vidas sem vaias
E no ar o perfume que provém de sereias...
Vidas vividas em autopistas,
Sem placas, beiradas,
Sem pistas ou margens,
Que cercavam o sensato
Num ato de fantasia.
Companheira súbita da bobeira (bobó),
Vendo e vivendo a besteira (Sassá)...
Clara embriaguez!
Deram-se muitos ruídos – compilados assobios,
Sons de chamados em hinos – estonteante agudez.
Apareciam aos montes: bicicletas, carros, motos, pernas...
(“ratatá – vaquinha”)
Confrades amigos, todos um só umbigo,
Abrigos de trevas e luz.
E assim foi-se, assim foi o que prestou e presta:
Guerreiro abatido – sobravam-lhe mãos.
Guerreiro venceu – mais outra festa.
Sobram são memorias, abraços de bom-dia...
Sobra também a empatia que eternizou a afeição.
Foi-se um tempo mais claro,
Mais belo e farto – faca afiada,
Que na mais pura verdade:
É a saudade que ainda corta o coração.
Ótimo sabadão!
- Gilmar não está pra peixe, ou o povo não está para o mar. Às vezes é bom fingir-se de vivo e não deixar a maré levar.
- Não consegue provar o que diz ter absoluta certeza! Então é incompetente!
- Mas não podemos colocar isso!
- Então põe que é “dificuldade probatória”.
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A Você
A você dedico meu tempo
Termino meu verso
Estampo meu cansaço no corpo e na alma
Desperdiço meu sangue que já é pouco
Choro muitas vezes por um sorriso
Outras por nada
Abaixo a cabeça
Me calo
Me inclino, reverencio
Aceito.
9 de junho de 2017
Imensurável poeta
Chegou o livro da Elos Literários, Tomo VI, que participo com muito prazer como coautor.
Imensurável poeta (Vininha/(03/12/13))
Vem o brilho em sonetos, sonoros versos
Excesso em talento, boteco e afeto.
Vem à letra na essência expondo a maravilha
Na trilha do fulgor, garota de Ipanema.
Surgem poemas libertinos, divertido menino
Há partituras com antigos - novos amigos.
Surgem emoções que fervem no imo
E no pacto da vida - do cego ao lince.
Imensurável Marcus Vinícius
Escrevia o rito e o reto em tortas linhas.
Poetinha, poeta, escritor de aço
Compositor, dramaturgo
Diplomata, jornalista.
Foi-se a chama, ficou o legado
Engrenado em livros de poesia viva.
Há o eco em noites que a leitura cura
Há doce loucura de um imortal amado.
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Conte-me mais sobre mim,
estou ansioso para saber;
sou uma pessoa curiosa,
mas com certeza você já sabe disso há anos.
8 de junho de 2017
De encontro à vida
Tem ódio do politicamente correto, mas fica irritado quando chamado de pseudorico ou catequizador “pela saco”.
De encontro à vida (25/1/15)
É, é missão; é, é improviso, concepção, papel e caneta na mão...
Deixem estar, deixem “star” – noite escura e quente de verão;
Vejo as nuvens brancas e cinzas, em degrade – jazem no céu,
Aqui jazo eu, caso continue o branco desse funesto papel.
Há um estalo, sobe pelo ralo o cheiro de uma fragrância estrangeira;
Há frequência, talvez de rádio, talvez aquela vizinha louca indo ao bordel;
Ela vive sozinha, aparando seu Bonsai – (vejo pela janela),
Vez ou outra ela acende uma vela e reza nua em pelo
– (vejo pelo basculante do banheiro).
Ensaio todos os dias uma conversa (estilo Sartre),
Pode até ser perversa, se for para me tirar do ostracismo,
Passar a conhecer mais a mim, dar-me bem mais importância;
Quero escalar a parede desse abismo que mergulhei e não tem arremate.
É, foi missão; é, foi de supetão; preenchi o papel em branco,
Enterrei o ranço sendo franco e fui de encontro à vida.
Lembra? vale ressaltar:
até se derramam as tintas;
até se misturam as cores;
até não se pintam amores – mas a tinta não pode acabar.
7 de junho de 2017
Os poetas...
"Os poetas e os romancistas são aliados preciosos, e o seu testemunho merece a mais alta consideração, porque eles conhecem, entre o céu e a terra, muitas coisas que a nossa sabedoria escolar nem sequer sonha ainda. São, no conhecimento da alma, nossos mestres, que somos homens vulgares, pois bebem de fontes que não se tornaram ainda acessíveis à ciência." - Sigmund Freud
Ótima noite
- Na minha época, cagaço era medo - extremo temor -, amarelar de se borrar nas calças. Hoje em dia cagaço virou estratégia, e para as calças cagadas joga-se uma toga por cima e ninguém vê.
- Não se venda ao Sistema; não aceite ser trem e voe.
- O universo em expansão e há cérebros tornando-se grãos de bico.
- Se conhecer é acender dois incensos ‘corta inveja’; um para afastar as invejinhas alheias, o outro...
- Totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas minhas loucuras.
O Amor e a poesia, a Poesia e o amor (2010)
O Amor e a poesia, a Poesia e o amor (2010)
Frio intenso como nos pólos,
O calor das mais altas temperaturas...
É de rachar todos os solos;
É de congelar qualquer clima.
Mais escuro que a pior cegueira,
Tem a claridade da explosão nuclear;
Saem das bocas - vomitam besteiras
Somem as palavras - perde-se a rima.
Olho no olho, dente por dente,
É coerente que os opostos se atraem.
Na beira do abismo, um passo à frente,
Mergulho fundo pois só o amor constrói.
(para amar)
É sabido que no amor e na guerra vale tudo,
Por que na poesia seria diferente?
Todos os três fazem parte do meu mundo...
Nunca fui sábio, tampouco prepotente.
(para rimar)
6 de junho de 2017
- Aquele final de um dia muito estressante em que você tira os sapatos e descobre que foram eles que tiraram você!
- Campanha: “escreva à tia – escreva às tantas – escreva à toa”.
- De repente aquela pessoa que te vê como concorrente se sente envergonhada, pois percebe seu desinteresse em entrar na corrida e ela esteve todo esse tempo ao seu lado, parada.
- O sujeito é tão egocêntrico, que passa o tempo todo querendo se fundir.
- O tal vento cruel e birrento soprou ao meu ouvido como uma fera grunhindo e nada adiantou, só a cera espalhou.
- Campanha: “escreva à tia – escreva às tantas – escreva à toa”.
- De repente aquela pessoa que te vê como concorrente se sente envergonhada, pois percebe seu desinteresse em entrar na corrida e ela esteve todo esse tempo ao seu lado, parada.
- O sujeito é tão egocêntrico, que passa o tempo todo querendo se fundir.
- O tal vento cruel e birrento soprou ao meu ouvido como uma fera grunhindo e nada adiantou, só a cera espalhou.
Baú de conjecturas
Baú de conjecturas (9/2/15)
Eis a questão: abrir aquele baú de memórias,
Algumas boas, outras nem tanto, outras nem lembro:
(dizem que há lembranças do que não aconteceu).
Deixar a mente recordar – dar vazão na falta de razão,
Embarcar no trem das insanidades e paixões;
Aquelas que foram feitas nas noites sem dormir,
Nas falas sem sentido, nos botecos e afins.
Lembrar-se de amizades esculpidas com pressa e formão cego;
De esculachos em rixas fartas; de escaladas em rochas altas...
Lembrar-se de ter esperado a nave com os Aliens me buscar.
Agora nós dois:
Passamos por dificuldades e terrorismos,
Andamos e nem sempre sorrimos.
Houve o momento de reflexão – a alma sentia dor;
Corpos enfastiaram, ideias se soltaram e, comumente, se desligavam;
Tudo não estava mais (ou nunca esteve) talvez, assim, pra nós: bem, bom.
Nos controlamos – põe-se freios, iluminações, mesmices,
Vagamos turbinados dentro do turbilhão (talvez seja aquele litro de uísque).
No céu, na época, pequenas estrelas prateadas e felizes,
Vibravam e cegavam nossas vistas – então notávamos o nosso amor.
Lembranças, lambanças, festas, sexos, escudos, elmos e esmos...
O sorriso de lado no ambiente azedo e o deboche no coldre do medo.
Laconicamente o lembrete: o jogo é incoerente – mesmo ganhando se perde.
Mas ninguém ganha! – nem mesmo quem acha que vence,
Pois para ganhar é preciso não jogar.
E ninguém quer ser um covarde jogado na lama,
Que fica e faz alarde, que já vai tarde, que já veio cedo.
Agora só eu:
Fechei o baú, mas tudo já estava na mente (onde sempre esteve),
O que havia era medo de encarar o fantasma e ter a certeza que ainda há amor.
5 de junho de 2017
Tarde saudosa!
Acordei com uma lágrima,
No sonho bem claro o rosto,
De pronto sorriso me olhava.
Amigo de praias e farras,
Que o vento levou sem aviso,
Deixando a doce lembrança,
Momentos que não amarelam
E regam o verde singelo
Desse jardim da saudade.
No sonho bem claro o rosto,
De pronto sorriso me olhava.
Amigo de praias e farras,
Que o vento levou sem aviso,
Deixando a doce lembrança,
Momentos que não amarelam
E regam o verde singelo
Desse jardim da saudade.
Ótimo dia!
Um pesadelo muito incomum, andando no terreno do capeta, não existia uma só letra, sem poesia, sem alento; tentava achar rimas corretas, palavras abertas voando sem vento e sem dono; um tormento para o poeta, Rei sem Rainha e trono. Os pensamentos não se encaixavam, quebra cabeça faltando peça, uma remessa de contra tempo, um turvo tempo sem muita pressa. Mas logo me vi de olhos abertos e muito espertos de inspiração, não quero mais sonhos incertos, quero viver plena imaginação. (2010)
Existe a pessoa que tem o ego tão grande ao ponto de perdê-lo de vista; não calcula mais o discernimento do ridículo e perde as noções de sua real importância ao todo e de como verdadeiramente as pessoas a veem no mundo. Com o detrimento desses princípios, a humildade se esvai, sobrando o embuste de um narciso devaneador e derruído, somado a louca e vil obsessão de que todos a enxerguem quando se olharem no espelho.
André Anlub
4 de junho de 2017
Canta ao céu
Canta ao céu
curte o sol
corta o sal
e cultiva o cortisol.
Diminuir a maioridade penal para 14 anos? Certo!
E que tal aumentar a idade mínima do voto para 21 anos?
Num dia quente de verão brota um amor quente que faz quentes a alma e o coração...
É, só assim "fico frio"!
Em seus tronos na zona de conforto
estão otimistas os deuses de todos.
Roupas alvas, flores brancas
e o sol desbotando as flâmulas.
Essa minha metafórica escuridão saiu do incoerente ostracismo,
viu a luz do dia e subiu até a nuvem mais supina, fez vigília,
até que do nada resolveu tornar-se arco-íris.
Gosto de ver-te pensando, assim, distraída.
Cresce minha alegria de uma bucólica expectativa
do teu regaço – braço – amaço – teu espaço em mim.
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Biografia quase completa
Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)
Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas
Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)
• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)
Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha
Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas
Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)
Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte
André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.
Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.
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Mesmo assim Agora mesmo a alegria passou por uma rua, Ela estava nua, estava fula, estava atormentada e vadia. Olhou em todas as portas, p...
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Sylvia Plath Via: Revista Prosa Verso e Arte Canção da manhã O amor faz você funcionar como redondo relógio de ouro. A parteira bateu ...
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- Que fatalidade: ao fechar seu zíper, Zappa perdeu seu Zippo; ficou com o fumo, mas sem consumo, sem fogo, sem fósforos; ficou famélico e...