29 de fevereiro de 2020

Das Loucuras (Cantinho de paz)


Das Loucuras (Cantinho de paz)

Brevidades na poética dos seus olhos castanhos claros,
Ficamos em surdina esperando o cantarolar de qualquer pássaro.
Na varanda a rede balança com o peso de nossos corpos ardendo,
O calor contagioso que você emana por fora e por dentro.

Passo a passo o sorriso largo ainda mais se alarga,
Rios correm para o mar num coito de águas.
Trocamos palavras, esculpimos ideias e assim nos amamos,
O tudo que foi fez tudo que é, e no por vir... Sonhamos.

A poesia se compunha no sol que bate na colina,
Faz fácil rima com a natureza que é sempre bem-vinda.
Nem precisaria haver um sonho, mas como não sonhar?
Não há necessidade de haver música, mas sempre haverá.

Quando o amor é presente sempre deixa a deixa,
Transpondo grandes percalços e desfazendo fronteiras.
Faz até os mais céticos verem suas vidas corriqueiras
Através de uma bela moldura de nobre madeira.

André Anlub®
(30/3/19)

28 de fevereiro de 2020

Desjuízo final


Desjuízo final
(Círculo de fogo - faca e ferro no jogo)

A tarde cai e muitos colesteróis sobem
É nobre (talvez esnobe) de se dizer: tudo vai passar!
Sob a luz do tempo, num “time” perfeito, o enfermo se recupera
Numa longa espera até o novo penhasco para pular.

Palidez nas folhas, mas nada importa...
Há o abre e fecha de fechos e de portas
Pessoas em carros, em coros, em choros atravessam ruas
Carcaças, cachaças e almas ficam nuas
E a terra permanece capengamente a girar.

Renasce a felicidade que grita, e torta sobe pelos ralos
Inspiração que preenche as folhas; rolhas saem dos gargalos...
As garrafas se abrem (elixir) à boca de torneira
Vem tonteira, agonia, ventania feito zoeira.

Dias dos dias para jogarem-se os dados e tudo voltar ao anormal;
“Psicodelia” rasteira, confusão (ultra e extra) mental...
Nenhum sinal de nuvens; nenhuma sensação precoce
Só a espera do coice para um desjuízo final.

André Anlub

27 de fevereiro de 2020

Utópico tempo (2010)


#tbt 2014 Posse como membro vitalício na Academia de Artes Ciências e Letras de Iguaba (RJ)

Utópico tempo (2010)

Disseram-me para dar tempo ao tempo
E não errar em novos planos.
Assim eu fiz, e ele passou...
Sóis e luas, estações, os anos
Rugas, cabelos brancos.
Perdi alguns amigos
Ganhei alguns zunidos.
Não soltei pião
Nunca aprendi violão
Jamais namorei de mãos dadas
Tampouco tão puto chutei latas.
Perdi praias e cachoeiras
Ganhei cataratas.
Dar tempo ao tempo?
Eu o fiz...
E ainda não fui feliz.

André Anlub®

25 de fevereiro de 2020

POEMAS ESCOLHIDOS DE ANA CRISTINA CESAR





POEMAS ESCOLHIDOS DE ANA CRISTINA CESAR
via: Templo Cultural Delfos

casablanca
Te acalma, minha loucura!
Veste galochas nos teus cílios tontos e habitados!
Este som de serra de afiar as facas
não chegará nem perto do teu canteiro de taquicardias...
Estas molas a gemer no quarto ao lado
Roberto Carlos a gemer nas curvas da Bahia
O cheiro inebriante dos cabelos na fila em frente no cinema...
As chaminés espumam pros meus olhos
As hélices do adeus despertam pros meus olhos
Os tamancos e os sinos me acordam depressa na madrugada
                           [feita de binóculos de gávea

e chuveirinhos de bidê que escuto rígida nos lençóis de pano
- Ana Cristina Cesar, em "Poética". São Paulo: Companhia das Letras, 2013.


Dias não menos dias
Chora-se com a facilidade das nascentes
Nasce-se sem querer, de um jato, como uma dádiva
(às primeiras virações vi corações se entrefugindo todos
ninguém soubera antes o que havia de ser não bater
as pálpebras em monocorde

e a tarde
pendurada ro raminho de um
fogáceo arborescente
deixava-se ir
muda feita uma coisa ultima.
- Ana Cristina Cesar, em "Poética". São Paulo: Companhia das Letras, 2013.


enciclopédia
Hácate ou Hécata, em gr. Hekáté. Mit. gr.
Divindade lunar e marinha, de tríplice
forma (muitas vezes com três cabeças e
três corpos). Era uma deusa órfica,
parece que originária da Trácia. Enviava
aos homens os terrores noturnos, os fantasmas
e os espectros. Os romanos a veneravam

como deusa da magia infernal.
- Ana Cristina Cesar, em "Poética". São Paulo: Companhia das Letras, 2013.


Estou atrás
do despojamento mais inteiro
da simplicidade mais erma
da palavra mais recém-nascida
do inteiro mais despojado
do ermo mais simples
do nascimento a mais da palavra.
- Ana Cristina Cesar (28.5.69), em "Inéditos e dispersos". [organização Armando Freitas Filho]. São Paulo: Editora Ática/IMS, 1999.


Fagulha
Abri curiosa
o céu.

Ana Cristina Cesar
Assim, afastando de leve as cortinas.

Eu queria entrar,
coração ante coração,
inteiriça
ou pelo menos mover-me um pouco,
com aquela parcimônia que caracterizava
as agitações me chamando

Eu queria até mesmo
saber ver,
e num movimento redondo
como as ondas
que me circundavam, invisíveis,
abraçar com as retinas
cada pedacinho de matéria viva.

Eu queria
(só)
perceber o invislumbrável
no levíssimo que sobrevoava.

Eu queria
apanhar uma braçada
do infinito em luz que a mim se misturava.

Eu queria
captar o impercebido
nos momentos mínimos do espaço
nu e cheio

Eu queria
ao menos manter descerradas as cortinas
na impossibilidade de tangê-las

Eu não sabia
que virar pelo avesso
era uma experiência mortal.
- Ana Cristina Cesar, em "A teus pés". São Paulo: Brasiliense, 1982.


Flores do mais
Devagar escreva
uma primeira letra
escreva
nas imediações construídas
pelos furacões;
devagar meça
a primeira pássara
bisonha que
riscar
o pano de boca
aberto
sobre os vendavais;
devagar imponha
o pulso
que melhor
souber sangrar
sobre a faca
das marés;
devagar imprima
o primeiro olhar
sobre o galope molhado
dos animais; devagar
peça mais
e mais e
mais
- Ana Cristina Cesar, em "Inéditos e dispersos". [organização Armando Freitas Filho]. São Paulo: Editora Ática/IMS, 1999.


Instruções de bordo

Ana Cristina Cesar - menina
[Arquivo Ana C.. - Acervo IMS]
[para você, A. C., temerosa, rosa, azul-celeste]

Pirataria em pleno ar.
A faca nas costelas da aeromoça.
Flocos despencando pelos cantos dos
lábios e casquinhas que suguei atrás
da porta.
Ser a greta,
o garbo,
a eterna liu-chiang dos postais vermelhos.
Latejar os túneis lua azul celestial azul.
Degolar, atemorizar, apertar
o cinto o senso a mancha
roxa na coxa: calores lunares,
copas de champã, charutos úmidos de
licores chineses nas alturas.
Metálico torpor na barriga
da baleia.
Da cabine o profeta feio,
de bandeja.
Três misses sapatinho fino alto esmalte nau
dos insensatos supervoos
rasantes ao luar
despetaladamente
pelada
pedalar sem cócegas sem súcubos
incomparável poltrona reclinável.
- Ana Cristina Cesar, em "Poética". São Paulo: Companhia das Letras, 2013.


Noite carioca
Diálogo de surdos, não: amistoso no frio.
Atravanco na contramão. Suspiros no
contrafluxo. Te apresento a mulher mais discreta
do mundo: essa que não tem nenhum segredo.
-  Ana Cristina Cesar, em "A teus pés". São Paulo: Editora Ática/IMS, 1998.



Olho muito tempo o corpo de um poema
Olho muito tempo o corpo de um poema
até perder de vista o que não seja corpo
e sentir separado dentre os dentes
um filete de sangue
nas gengivas.
- Ana Cristina Cesar, "A Teus Pés (1982). em "Os cem melhores poemas brasileiros do Século". [seleção e organização Ítalo Moriconi]. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2001.


Poesia
jardins inabitados pensamentos
pretensas palavras em
pedaços
jardins ausenta-se
a lua figura de
uma falta contemplada
jardins extremos dessa ausência
de jardins anteriores que
recuam
ausência freqüentada sem mistério
céu que recua
sem pergunta
- Ana Cristina Cesar, em "A teus pés". São Paulo: Brasiliense, 1982.


Samba-canção
Tantos poemas que perdi.
Tantos que ouvi, de graça,

Ana Cristina Cesar (Maranhão, 1972)
pelo telefone – taí,
eu fiz tudo pra você gostar,
fui mulher vulgar,
meia-bruxa, meia-fera,
risinho modernista
arranhando na garganta,
malandra, bicha,
bem viada, vândala,
talvez maquiavélica,
e um dia emburrei-me,
vali-me de mesuras
(era comércio, avara,
embora um pouco burra,
porque inteligente me punha
logo rubra, ou ao contrário, cara
pálida que desconhece
o próprio cor-de-rosa,
e tantas fiz, talvez
querendo a glória, a outra
cena à luz de spots,
talvez apenas teu carinho,

mas tantas, tantas fiz...
- Ana Cristina Cesar, em "A teus pés". São Paulo: Brasiliense, 1982.



Soneto
Pergunto aqui se sou louca
Quem quer saberá dizer
Pergunto mais, se sou sã
E ainda mais, se sou eu

Que uso o viés pra amar
E finjo fingir que finjo
Adorar o fingimento
Fingindo que sou fingida

Pergunto aqui meus senhores
quem é a loura donzela
que se chama Ana Cristina

E que se diz ser alguém
É um fenômeno mor
Ou é um lapso sutil?
- Ana Cristina Cesar, em "A teus pés". São Paulo: Brasiliense, 1982.


Psicografia
Também eu saio á revelia
E procuro uma síntese nas demoras
Cato obsessões com fria têmpera e digo
Do coração: não soube e digo
Da palavra: não digo(não posso ainda acreditar
Na vida) e demito o verso como quem acena
E vivo como quem despede a raiva de Ter visto.
-  Ana Cristina Cesar, em "A teus pés". São Paulo: Editora Ática/IMS, 1998.


Quartetos
Desdenho os teus passos
Retórica triste:
Sorrio na alma
De ti nada existe

Eu morro e remorro
Na vida que passa
Eu ouço teus passos
Compasso infernal

Nasci para a vida
De morte vivi
mas tudo se acasa
silêncio. Morri
- Ana Cristina Cesar, em "Inéditos e dispersos". [organização Armando Freitas Filho]. São Paulo: Editora Ática/IMS, 1999.


Que deslize
Onde seus olhos estão
as lupas desistem.
O túnel corre, interminável
pouco negro sem quebra
de estações.
Os passageiros nada adivinham.
Deixam correr
Não ficam negros
Deslizam na borracha
carinho discreto
pelo cansaço
que apenas se recosta
contra a transparente

escuridão.
-  Ana Cristina Cesar, em "A teus pés". São Paulo: Editora Ática/IMS, 1998.


Tu queres sono: despe-te dos ruídos
Tu queres sono: despe-te dos ruídos, e
dos restos do dia, tira da tua boca
o punhal e o trânsito, sombras de
teus gritos, e roupas, choros, cordas e
também as faces que assomam sobre a
tua sonora forma de dar, e os outros corpos
que se deitam e se pisam, e as moscas
que sobrevoam o cadáver do teu pai, e a dor (não ouças)
que se prepara para carpir tua vigília, e os cantos que
esqueceram teus braços e tantos movimentos
que perdem teus silêncios, o os ventos altos
que não dormem, que te olham da janela
e em tua porta penetram como loucos
pois nada te abandona nem tu ao sono..
-  Ana Cristina Cesar, em "A teus pés". São Paulo: Editora Ática/IMS, 1998.


Ulysses
E ele e os outros me veem.
Quem escolheu este rosto para mim?
Empate outra vez.
Ele teme o pontiagudo
estilete da minha arte tanto quanto
eu temo o dele.
Segredos cansados de sua tirania.
Tiranos que desejam ser destronados.
Segredos, silenciosos, de pedra,
sentados nos palácios escuros
de nossos dois corações:
segredos cansados de sua tirania.
Tiranos que desejam ser destronados.
O mesmo quarto e a mesma hora
toca um tango
uma formiga na pele
da barriga,
rápida e ruiva,
uma sentinela: ilha de terrível sede.
Conchas humanas.
- Ana Cristina Cesar, em "A teus pés". São Paulo: Editora Ática/IMS, 1998.


Um beijo

Ana Cristina Cesar - [Arquivo Ana C..
- Acervo IMS]
que tivesse um blue.
Isto é
imitasse feliz a delicadeza, a sua,
assim como um tropeço
que mergulha surdamente
no reino expresso
do prazer.
Espio sem um ai
as evoluções do teu confronto
à minha sombra
desde a escolha
debruçada no menu;
um peixe grelhado
um namorado
uma água
sem gás
de decolagem:
leitor embevecido
talvez ensurdecido
"ao sucesso"
diria meu censor
"à escuta"
diria meu amor
- Ana Cristina Cesar, em "Poética". São Paulo: Companhia das Letras, 2013

Das Loucuras (é no choro da cebola que se corta o dedo)



Das Loucuras (é no choro da cebola que se corta o dedo)

A vida é muito curta para que entre uma rotina e outra
Fiquemos preocupados com hábitos rotineiros.
E assim disse o dono do bar: o amigo já foi cervejeiro!

Foi por intermédio alheio,
De pessoas moldadas pela inspiração,
Que a paixão criou forma, e veio...
Adornando o refúgio e estendendo sua mão.

Flores e árvores sempre foram plantadas durante a caminhada;
O olhar fixo no céu, a razão entrelaçada com seu passado.
Nada foi em vão!
Tudo, categoricamente, criou sua compressão nada vaga.

Ao som de Lee Morgan, morgado do peixe assado,
Deitado na rede, rodeados pelos quadros na parede,
Não se sente solitário, pois a vida sempre foi presente.

Houve castigo; existiu desespero...
Mas se conhecer, e saber seu apreço pelo preço a ser pago...
O faz forte e pintar a alma com mais esmero.

Tudo fez e faz carinho e estrago,
Mas há de se estar consciente
E, agora, por poemas embriagado.

Falam os Deuses onipresentes...
A cada qual uma atenção diferente,
Por vezes um ronco estrondoso no horizonte imaginário
O remete ao tempo do “peixe fora do aquário”.
Tempos de extrema liberdade externa,
Mas aprisionamentos secundários.

Nesse ano anuncia-se que a mente novamente é liberta,
E voa junto as aves migratórias, através dos bons e maus bocados.
Não há filosofia nem alquimia se a escrita for cega...
Mas às pressas, repete-se: isso será sempre só um recado.

André Anlub®
(25/2/20)

Das Loucuras (Prosciutto di Parma)


Das Loucuras (Prosciutto di Parma)

A narrativa é essa, tal qual o grito passado
E ao lado, na frente e atrás vê-se a sombra
Assombrando o seu espírito despreparado...
Nu – pelado –, de cima a baixo.

Chamaram os espíritos para o banquete farto,
No prato, presunto de Parma;
No palato, o paladar de amargo...
O requinte requentado e uma cueca de guardanapo.

A alma foi revistada,
À procura de um autorretrato...
Lhufas – além de trufas –,
Absolutamente nada acharam.

Já era tempo de correr o seu sangue nas veias,
Fugir do labirinto que foi criado e que você semeia
Pernas pra que te quero? Diga em voz alta...
A pressa é inimiga da perfeição, mas ninguém é perfeito.

Vive aprisionado em armadilhas de sabores e dessabores,
Dentro de um pretérito mais-que-perfeito
Decoraras e adornaras a casa dos horrores,
Bela, porém solitária, mas é do seu jeito.

E a chave do seu sorriso decalcado
Se encontra perdida na cidade perdida
Longe de pessoas pérfidas, pedintes pedantes
Dos pós e do antes, e que os Andes abrigam
O ódio de Édipo, o rádio de lítio, a rédea de Hades
Que agora arde – do fim ao princípio
Na identidade da Atlântida – cidade.

Mas, saindo da loucura, de volta ao texto...
Deu com a testa em si mesmo,
Enfim, caiu na real.
Abre parágrafos, aspas, etc. e tal...
É normal – mas mesmo assim nada disso é a esmo,
Vivendo um dia de cada vez,
Registrando fins e começos.

André Anlub®
(25/2/20)

23 de fevereiro de 2020

Das Loucuras (morrendo e nascendo um par de vezes)


Das Loucuras (morrendo e nascendo um par de vezes)

Fez da vida um livro aberto, com letras garrafais;
Os segredos estavam dispersos, em linguajar popular.
Ao alcance de todos tudo do bem e mal que há...
Um tapa de luva de pelica nos boçais.

Em garrafas de café ou jarras de chá,
A tristeza nunca fez moradia – e nem há!
Numa ação vagarosa e tardia – porém a tempo -,
A saudade à mente é transformada em alento.

Numa canção de momento; num ré bemol ou dó sustenido,
No rosto cai o pranto singelo com cheiro de lavanda.
Reclama da poluição e coloca plantas na varanda;
Estranha o silencio da noite e ouve som com fone de ouvido.

É um interlocutor de si mesmo recorrente,
Quebrando correntes, queimando falsas posturas.
Não há estresse na distração da mente
E aos montes saem as suas escrituras.

Sorri um sorriso verdadeiro que guarda em cumbucas de gelo;
Aquece o coração com o calor de um sol inventado.
Desvenda o futuro com os moldes de seu passado;
Chora por um amor que ainda não existe – por medo de não tê-lo.

Assim carrega os seus dias, com noites no meio;
Insônia, pesadelos; sonho bom, desvelos...
Vive na justificativa de se adequar ao seu povo.
Todo fim não justifica os meios – e assim aguenta o tranco –,
Chega ao fim da pintura com a tela em branco....
E começa tudo de novo.

André Anlub®
(23/2/20)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.