12 de janeiro de 2019

Para Sylvia


Para Sylvia

Abra a porta e deixe a felicidade entrar
Conte à ela toda sua vida e suas histórias
Fale de suas amarguras e vitórias
Convide-a para um chá, temos pão integral e frutas.

Que tal a deixarmos recitar um poema seu?
Fazer desse momento aquele que nunca se esqueça
Vamos Sylvia, então escolha você...
Assim, de repente, sumimos para além dessa redoma de vidro
Para longe de uma coação em sua cabeça.

Diga em voz alta, exponha o que lhe faz falta
Abram todos, todas as janelas
Se for repressão ou depressão...
Ainda não está fenecida.

Faça as pazes com a vida
Invente que escrever é sua mazela.

Coloque mais um prato na mesa
Mais lenha na lareira e ajeite a cama
A alegria quer ficar.

Sylvia, não se vá...
As letras já estão em prantos.

Todas as pessoas que foram seus sufrágios
Agora estão deitadas em posição fetal
Com olhos encharcados...

Olhando o além, com suas poesias em mãos
Vivenciando o quão a vida é fatal
Descobrindo que nem a morte é em vão.

Presente muitas vezes em meus sonhos
Com a alcunha de Victória
Sempre longa fábula de final feliz
Quimera de uma escritora que também é atriz.

Passeando em pensamento 
Sendo lida ao relento
Denotando em aforismos
O seu mundo em fartas folhas
Na cabeceira do surrealismo.

Segue mãe, imponente e linda
Colosso na exposição dos sentimentos
Por dentro estrutura abalável
Sensibilidade inimaginável.

Os rebentos amparados, longe das asas da mãe
O fim já anunciado pelos martírios de viver
Sua escolha foi infindável branca folha
Jamais entenderão o que seria seu bel-prazer.

Trinta anos são tão parcos
Para uma rainha na imortalidade
Temos que carregar os fracassos
Com a incumbência de pisá-los.

O dito “Efeito Sylvia Plath”...
Que muitos poetas carregam no cerne
Não está pertinente a perder
É somar o muito além do que há.

André Anlub


Meu compromisso



Meu compromisso

Me aqueço e esqueço que existiu o frio
Se dias ruins me fecham, tem ela para abrir as portas
Nos seus olhos entro em voo e me inebrio
São questões que só exponho porque muito importam.

Admirável é ver o verde e saber que há calafrios
Mas sei que só em sonhos isso acontece.
Se hoje muda e amanhã se cala, mesmo assim é elogio
Águas quentes, águas mornas, tudo apetece.

Constroem uma canção que afaga aos ouvidos
Abro a janela, peixe na panela e deixo entrar seu rosto.
Se estou em sono, o sonho há de ser você
Navio ancorado, estando acordado não terá desgosto.

Pego a caneta, tchau à melancolia e sigo sem rimar
Pra te conquistar não preciso ser meloso.
Poema certo em rima torta é barco desgovernado ao mar,
Pois na tormenta dou amor, ser seu amo é meu colosso.

Fecho o dia e abro o coração,
Assim, como se não fosse corriqueiro.
Quero inovar, quero algo novo
Trabalho nisso feliz, na palma da sua mão.

André Anlub®
(12/1/19)

Ótimo sábado aos amigos



guajajarasonia:

Para você, o Brasil foi descoberto ou invadido? 
Não é de hoje que os direitos dos povos indígenas do Brasil são ameaçados. Em 2014, a Uma Gota no Oceano alertou para esses retrocessos na campanha Tamuaté-aki. Enviamos ao Congresso um abaixo-assinado com 4,5 milhões de assinaturas.
Mas o desafio permanece! Os povos indígenas são os maiores guardiões das nossas fronteiras, florestas e rios. 
Convocamos você e seus amigos a se unirem a nós nesta corrente em defesa dos povos tradicionais do Brasil. 
Vem conosco, compartilhe!!
Saiba mais em www.umagotanooceano.org

11 de janeiro de 2019

Numa tarde quente de verão


Numa tarde quente de verão,
O Fim decidiu ter um novo começo:
Largou sua labuta, seu fardo,
Sua maleta cheia de agonias e acasos;
Largou suas metas, suas retas que mais pareciam curvas,
Suas negritudes e suas alvuras...

André Anlub®

10 de janeiro de 2019

Caíram-me os butiás do bolso


Caíram-me os butiás do bolso

E assim foi, belo céu azul sobre as almas
Idealizaram um tempo de liberdade das prisões
Sorri, o trem passou e o presente se renova
As águas estão mais claras e calmas.

No teatro a peça se inicia na cria e na oração
Poesia e representação, fé e o que comove.
Nas estradas os loucos com seus cabelos ao vento
Locomovem-se rumo ao comedimento.

Minha visão atenciosa e estupefata
Mirava as mulheres nas praias e suas dunas.
Admiração, veneração e generosidade,
Tornaram-se absolutamente absolutas.

O cão latindo em latim, num sonho,
Urinava na minha canela, deu banho.
As águias voavam fitando o por do sol
E num segundo tudo foi se configurando.

Numa atitude da virtude, nada rara
Fez a mensagem desse escrito bem clara.

André Anlub®
(10/01/19)

É como caminhar solitário na China


É como caminhar solitário na China

Comumente aparecem terremotos
Que abalam estruturas e enfraquecem terrenos.
Nas raízes das árvores, o lamento.
Nas artérias e veias, o sangue esquenta.

Há guerreiros e fantasmas internos
Munidos de lanças e espadas
Com a cabeça em redemoinhos
E sentimentos em explosão.

Há vidas passando em lembranças
Que surgem ao fechar dos olhos,
Nos quentes lençóis em frias noites
No fingir do embarcar nos sonhos.

As emoções são rústicos vigias
Que transitam pelas alamedas vazias,
Passando pelos tugúrios de pedras
Com suas luminosas lamparinas.

O lume dos candeeiros
Por dentro dos nevoeiros
Divide com o amor seu fulgor.

Sagrada inspiração 
E o real do imaginário
São sombras no caminhar solitário.

André Anlub®

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.