Das Loucuras (barulho e silêncio; lenço e bagulho)
Flora e fauna – há de reconstruir essas almas e corpos.
Identifica o caminho, faz as malas e parte sozinho...
Tempo bom, um sol lascando no céu azulzinho,
Maçarico tirando as camisas e ressuscitando os mortos.
Relógio quebrado – nem liga;
Celular sem bateria – nem liga.
Bebe mais um cantil de água – tá na hora;
Sorri e agradece aos deuses – da hora.
O poema engenhoso que foi da cabeça para o papel,
Alegra ainda mais o seu suntuoso rapel...
Deixa brilhante o local – a seus olhos – com a energia que emana.
Desceu ligeiro pelo meio da cachu;
Parou para ver a vista e avista um tatu...
(o tatu o lembrou de um poema que escrevera há uma semana).
O lobo mau abre diversas portas, mas não agrada;
O lobo bom fornece um molho de chaves.
O mal lhe mostra saídas para todos os seus entraves...
O bem o faz saber de cor a chave para toda a entrada.
Seus escudos em dia o transformam num camaleão;
Ressuscita um leão por dia – é só por o amor e a mão.
Vive a vicissitude, tem atitude; abiscoita o biscoito do coito...
Perde e ganha, crê na malícia e na astúcia de jogar o jogo.
André Anlub®
(20/10/2018)