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“Dialongamente” Falando
Podem chamar de ironia
Realidade ou fantasia.
Podem até me discriminar
Calar minha boca, mandar parar
Mas minha voz tem força
E digo que meu grito, poder
Não me enforcam nessa forca
Como?
Vocês não irão saber...
Podem começar um sermão
Pode ser que eu não durma
Sou mais forte que aparento
Sou mais leve que uma pluma.
Por vocês eu só lamento
Meu pranto irei sorver
Digo que não me adianto
Como?
Vocês não irão saber...
Podem me vendar os olhos
Costurar, apertado, meus lábios
Se disserem que são sábios
Podem jogar seus cérebros aos porcos.
Podem dizer que sou debochado
Direi que tenho armadura
Torturar-me-ão
Farão queimaduras.
Não sentirei o queimado!
Como?
Então irão saber...
Só digo que sou amado
E amando sigo a viver!
André Anlub