3 de agosto de 2018

Das Loucuras (quediaboeisso cumpadi?)


Das Loucuras (quediaboeisso cumpadi?)

Procura, nos obscuros bueiros da sua rua
Estarei por lá observando a relva, a chuva, o orvalho...
Vestido de armadura brilhante,
Bebendo a lagrima abundante,
Vendo o mundo do ângulo contrário. 

Me chame...
Quando o incêndio estiver sem controle,
Os rios inundares os arredores,
Quando ficar mais forte o cheiro de enxofre
E caírem do céu as labaredas de fogo.

Mas que diabo é isso?
Extingui o meu otimismo,
Exteriorizei e eternizei a façanha
De ser confidente do próprio inimigo.

Amanhã vou barganhar umas letras
Quiçá arrumar umas tretas
Se for para o bem das canetas
Diga ao povo que fico.

Tentei fazer uma pausa para o café
E voltar em breve para esse texto
Mas a inspiração acorrenta meu pé
E me põe rapidamente um cabresto. 

Vendido, vencido e escrevendo...
A via e a vida como ela foi e é;
Compadre, a escrita é minha maior amiga
Traz-me alento, iluminamento, fé.

André Anlub®
(3/8/18)

Nuvens novas


Nuvens novas

Despontaram pela montanha: sonho, esperança, rebanho.
Olhos se encharcaram novamente: na boca seca os poemas saem fanhos;
As mãos alcançam o que outrora esteve atrás,
Afagam, resguardam – todavia – o que agora está à frente. 

Em demasia os novos elos da corrente: nascimentos, novas falas;
Almas virgens – desvirginadas; semente do afã que à mente abala.

Atuação impecável, no futuro o tempo passado – o tempo presente;
Força corriqueira que desce em paralelo: corredeira;
Forca traiçoeira que sobe feito fumaça ao norte: morte.

Pela janela nuvens de chuva se viam e serviam de cenário,
O chá bem quente, a febre rente e ardente, 
O cheiro do campo descansa: quase um calvário.

No pensamento sucinto, incondicionais certezas invadem:
Há nuvens novas; há versos em pássaros; há fleuma na flor que nasce.

André Anlub
(31/1/16)


Curso aberto no Senac para homens! Divulguem!

*Curso só para homens – inscrições abertas – vagas ilimitadas.*
Devido à complexidade e dificuldade de assimilação dos temas, os cursos terão um máximo de *08 (oito)* participantes por sala. As inscrições estarão abertas durante a próxima semana.

SERÃO OS SEGUINTES TEMAS:

*TEMA 01* - Como se enche as fôrmas de gelo. (Passo a Passo, com apresentação de slides).

*TEMA 02* - O rolo de papel higiênico: será que nasce no porta-rolo? (Mesa redonda).

*TEMA 03* - É possível urinar levantando a tampa e sem respingar no vaso? (Práticas em grupo)

*TEMA 04* - Diferenças fundamentais entre o cesto de roupa suja e o chão. (Desenhos e gráficos esclarecedores).

*TEMA 05* - A louça do almoço: levita sozinha até a pia? (Exemplos em vídeo).

*TEMA 06* - Perde-se a identidade se não tiver na mão o controle remoto? (Debate com um psicólogo).

*TEMA 07* - Fazer a mala: incompetência nata ou incapacidade mental progressiva? (Iniciação lúdica).

*TEMA 08* - Como aprender a encontrar coisas, começando por procurar no lugar certo em vez de remexer a casa toda aos gritos? (Passo a passo, e exercícios de memorização).

*TEMA 09* - Oferecer flores à esposa não é prejudicial à saúde. (Gráficos e montagem audiovisual).

*TEMA 10* - Os verdadeiros homens também pedem orientações a estranhos quando se perdem. (Depoimentos verídicos de comprovados machos e conferência).

*TEMA 11* - O homem no lugar de co-piloto: é geneticamente possível não dar compulsivamente palpites durante as manobras de estacionamento! (Palestra e meditação em grupo).

*TEMA 12* - Aprendendo a viver: diferenças básicas entre mãe e esposa. (Aula virtual com prática presencial).

*TEMA 13* - Como ser acompanhantes em shoppings, sem protestar. (Exercícios de relaxamento e autocontrole)

*TEMA 14* - Como lutar contra a atrofia cerebral: recordar aniversários, outras datas importantes e telefonar quando se atrasa. (Dinâmica em grupo)

Divulguem este curso

2 de agosto de 2018

Dueto XCIX



Serei sucinta: Hoje é aniversário do nobre amigo de anos e parceiraço de livros e versos Rogério Camargo. Parabéns meu irmão, vamos juntos sempre nessa caminhada das letras... que venham muitos mais anos.

Dueto XCIX

Nada versátil e deveras feroz era o algoz de todos os vinte personagens de seu livro; matou todos.
Quem sobrou para contar a história lambuzou-se na glória de não fazer parte dela. Esparrela muito comum.
Houve o incidente com tal sujeito que ele não quis que morresse no acidente. Pronto, estava feito: foi um sonho.
Rigidez cadavérica até para sonhar. Mais ainda para transformar o sonho em literatura. Tortura autoimposta.
Em suas histórias morrem os bandidos, morrem os mocinhos; as cidades ficam completamente desertas e o narrador acaba frustrado falando sozinho.
Fala sozinho e não tem como fazer um diário. Nem como enviar cartas para si mesmo. Uma pena. Ele gostaria de enviar cartas para si mesmo.
Vê-se, e é, um bem-conceituado homicida sangrento, um carrasco literário que vende mortes às mentes sedentas.
Algumas morrem junto, na ausência de vida disso tudo. Outras, contudo, fazem de tudo para viver.
Certa vez pensou em escrever em primeira pessoa, se incluir no novo romance e consequentemente morrer no final.
Adiou o projeto, projetando-se para um futuro em que não precisaria da ficção para fixar-se na morte que já carregava.

Rogério Camargo e André Anlub

1 de agosto de 2018

Nossos olhos



Nossos olhos

Nossos olhos em trocas
Na prévia sem privo...

Vai os braços em direção aos contornos do corpo... toda a beleza;
Sobem, descem, revezam-se e se sentem sortudos...
E são!
Velhos tempos de conquistas, novos tempos de colheitas...
Sujas e limpas mãos!
Ontem mel de abelha, hoje doce de melado... e a colmeia ilesa.

A fruta no pé, 
Pé descalço no chão;
Céu azul como outro dia, 
Dia com a ‘cuca fria’, 
Chá quente,
Cheiro de pão.

Havia mais na procura, deixamos assim pois assim está perfeito;
Cheiros instigantes, drinks elaborados e a observação de casais à beira mar...
Enamorados.
Lua em breve ilustrará o cenário,
Deixará seu brilho nos amores,
Nas areias e no mar...
E, quiçá,
Aos nossos olhos
Incendeia. 

André Anlub


31 de julho de 2018

Slavoj Žižek

Žižek: O que Hegel nos ensina sobre como lidar com Trump?
A crítica de Hegel ao humor subjetivo é hoje mais atual do que nunca. O que podemos aprender com ela sobre Donald Trump e seus críticos liberais?
Publicado em 17/01/2018 


Por Slavoj Žižek.

O que podemos aprender com o Hegel sobre Donald Trump e seus críticos liberais? Bastante, por incrível que pareça. Em sua avaliação crítica da ironia romântica, Hegel firmemente a descarta como sendo um exercício de negatividade vazia, um ato da vã subjetividade que percebe a si mesma como estando elevada acima de todo conteúdo objetivo, tirando sarro de tudo, enredada nas “idas e vindas do humor, que apenas faz uso de cada conteúdo para fazer valer nele seu chiste subjetivo.” Aqui, “é o artista mesmo que penetra na matéria, assim sua atividade principal consiste em deixar decompor-se e dissolver-se em si mesmo tudo o que se quer fazer objetivo e conquistar uma forma firme da efetividade ou que parece tê-la no mundo exterior, e isso mediante o poder de ideias subjetivas, de pensamentos momentâneos, de modos de apreensão surpreendentes.”1


Hoje, podemos facilmente reconhecer nessas linhas um intelectual pós-moderno que obsessivamente “desconstrói” toda e qualquer valor ou instituição social. Mas afinal, ao que Hegel contrapõe essa vã ironia? Geralmente, a postura de Hegel é tida como conservadora: ao invés da ironia anárquica totalmente destruidora dos românticos, deve-se reconhecer o Bem e o verdadeiro embutidos nos costumes sociais, isto é, seu próprio núcleo racional… No entanto, a posição hegeliana é na verdade muito mais ambígua. Em primeiro lugar, sua censura básica ao humor subjetivo não é que ele relativiza e solapa todo e qualquer conteúdo objetivo, não levando nada a sério, e sim que essa postura irônica demolidora é na realidade simplesmente impotente. Ela de fato não ameaça nada; apenas fornece ao sujeito irônico a ilusão de uma liberdade e superioridade interiores. Quando os indivíduos se enredam numa teia impenetrável de relações sociais, a única maneira que sobra para afirmar sua subjetividade é no nicho das piadas que supostamente demonstram sua superioridade interior.

Hegel contrapunha à ironia subjetiva romântica uma ironia ontológica muito mais radical, que caracteriza o fulcro da dialética. A propósito da ironia socrática, ele assinala que, “assim como toda dialética, ela dá força ao que é – tomado em sua imediatez, mas apenas a fim de permitir que a dissolução inerente nela transcorra; e podemos denominar isso a ironia universal do mundo”.2 Percebendo a realidade como sendo em si mesma antagônica, uma abordagem dialética não busca ativamente sobrepujá-la; e sim apenas deixa com que ela seja aquilo que ela é (ou melhor, o que alega ser), levando ela mais a sério do que ela própria o faz, permitindo assim que ela própria leve a cabo sua destruição. A ironia é de certa forma objetiva então não é de se surpreender que em uma passagem breve (e infelizmente pouco desenvolvida), Hegel contrapõe ao “humor subjetivo” aquilo que ele denomina “humor objetivo”:

“[Quando] ao humor, por outro lado, interessa também o objeto e a configuração deste no seio de seu reflexo subjetivo, então alcançamos, desse modo, uma interiorização no objeto, um humor como que objetivo. […] A Forma que aqui é referida mostra-se primeiramente quando o comentário do objeto não é um mero nomear, não é uma inscrição ou título, que apenas diz o que em geral o objeto é, e sim se são acrescentados um sentimento profundo, um chiste oportuno, uma reflexão rica de sentido e um movimento pleno de espírito da fantasia, a qual vivifica e amplia a mínima coisa por meio da poesia da apreensão;”3

Aqui, estamos diante de um humor que, ao focalizar detalhes sintomais significantes, traz à tona as inconsistências/antagonismos inerentes à ordem existente. Então, não seria legítimo extrapolar dessas indicações a ideia de que a totalidade social em si é atravessada por antagonismos, permeada por de inversões cômicas? A liberdade torna-se terror, a honra torna-se adulação – não seriam essas inversões matéria da astúcia da razão? Podemos imaginar um caso mais aterrorizante de “humor objetivo” do que o do stalinismo, da inversão cômica das grandes esperanças emancipatórias em uma violência terrorista autodestrutiva? Nesse sentido, não é Stálin o grande zombeirão do século vinte? E, nos tempos de hoje, não poderíamos dizer que a liberdade individual de escolha é também uma piada cuja verdade é a desesperada situação de um trabalhador precário?

Em virtude do fato de que o maior produto cultural da era stalinista são piadas políticas, é tentador parafrasear mais uma vez Brecht: o que é a melhor piada anti-stalinista diante da piada que é a própria política stalinista em si? Ou, numa versão mais atual: o que são até mesmo as melhores piadas sobre Trump diante da piada que é a própria política dele? Imagine que, alguns anos atrás, um comediante encenasse para uma plateia as declarações, os tuítes e os feitos de Trump. Suas piadas certamente seriam vistas como não-realistas e exageradas. Isso porque Trump já é uma paródia de si mesmo, com o estranho efeito de que a realidade de próprios seus atos é mais escandalosamente engraçada do que muitas paródias.

A crítica de Hegel ao humor subjetivo é hoje mais atual do que nunca. Um dos mitos populares dos regimes comunistas tardios na Europa Oriental era que havia um departamento da polícia secreta cuja função consistia não em recolher e sim de efetivamente inventar e colocar em circulação piadas políticas contra o regime e seus representantes, pois tinham ciência da função positiva estabilizadora das piadas (afinal, as piadas políticas oferecem uma maneira fácil e tolerável de desabafar, aliviando as frustrações das pessoas).

E, num nível diferente, o mesmo vale para Trump. Basta lembrar quantas vezes a mídia liberal anunciou que Trump havia sido pego de calças curtas e tinha cometido suicídio político (tirar sarro dos pais de um herói de guerra morto, se gabar de poder “agarrar mulheres pela boceta” quando quiser etc.). Os comentaristas liberais arrogantes ficam pasmos ao perceber como seus contínuos ataques incisivos ao comportamento de Trump – suas irrupções racistas e sexistas vulgares, suas imprecisões factuais, as baboseiras que diz sobre economia, etc. – não chegam de forma alguma a o ferir e talvez ainda ampliam o seu apelo popular do presidente dos EUA. O ponto é que eles não compreenderam como opera de fato o processo de identificação. Via de regra, nós nos identificamos com as fraquezas do outro, não apenas e nem principalmente com seus pontos fortes. É por isso que quanto mais as limitações de Trump são ridicularizadas, tanto mais as pessoas comuns se identificam com ele, lendo os ataques desferidos contra o presidente como ataques condescendentes da elite liberal voltados a eles próprios. Enquanto que os apoiadores de Trump sentem-se constantemente humilhados pela atitude paternalista da elite liberal perante a eles, a mensagem subliminar que as vulgaridades de Trump transmitem às pessoas comuns é: “Eu sou um de vocês!”. Como bem resumiu Alenka Zupančič, “os muito pobres lutam pelos muito ricos, como ficou claro com a eleição de Trump. E a esquerda faz pouco mais do que repreender e insultá-los.”4 Ou pior, podemos acrescentar aqui, o que a esquerda faz é algo muito mais perverso: ela “compreende” paternalisticamente a confusão e a cegueira do povo… Essa arrogância liberal-esquerdista explode em sua manifestação mais pura no novo gênero de talk show humorístico de comentário político (vide os programas de Jon Stewart, John Oliver etc.) que em larga medida encenam a pura arrogância da elite intelectual liberal:

“Parodiar Trump na melhor das hipóteses fornece uma distração de sua verdadeira política; no pior dos casos, isso converte toda a política em uma piada. O processo não tem nada a ver com os atores, apresentadores e escritores ou suas escolhas. Trump construiu sua candidatura agindo como um bufão babaca – há décadas essa é a persona dele na cultura pop. É simplesmente impossível parodiar efetivamente um homem que já é uma autoparódia consciente de si mesmo, e que se tornou presidente dos Estados Unidos com base nesse comportamento.”5

Em meus livros, eu costumo citar uma piada contada bons e velhos tempos do socialismo realmente existente e muito popular entre os dissidentes. Na Rússia do século XV ocupada por Mongóis, um fazendeiro e sua esposa caminham por uma poeirenta estrada de terra. No meio do caminho, surge a cavalo um guerreiro mongol. Ele aproxima-se do casal, diz ao fazendeiro que irá estuprar sua esposa e acrescenta: “Mas como há muita poeira no chão, você vai segurar meus testículos enquanto eu a estupro, para que eles não se sujem!” Assim que o mongol parte depois de ter terminado o serviço o fazendeiro começa a dar gargalhadas de felicidade. Espantada, a esposa indaga: “Como você pode estar pulando de alegria sendo que eu acabo de ser brutalmente estuprada na sua frente?” O fazendeiro responde: “Mas eu peguei ele! Suas bolas estão cobertas de poeira!” Por mais politicamente incorreta que possa soar, a piada traz à tona uma triste verdade. Ela revela a situação dos dissidentes: eles pensavam estar administrando sérios golpes aos testículos da nomenclatura, enquanto ela continuava estuprando as pessoas… E não podemos dizer exatamente a mesma coisa a respeito de Jon Stewart & Cia. tirando sarro de Trump? Não poderíamos dizer que eles apenas sujam as bolas do presidente de poeira, ou, no melhor dos casos, as arranham?

* Artigo enviado pelo autor diretamente ao Blog da Boitempo. A tradução é de Artur Renzo.

Notas
1 G. F. W. Hegel. Cursos de estética. Vol. II. Trad. Marco Aurélio Werle e Oliver Tolle. Consultoria Victor Knoll. p. 336. São Paulo, Edusp: 2000.
2 G. F. W. Hegel, Lectures on the History of Philosophy, Part One: Greek Philosophy. First Period, Second Division. Citado pelo autor em: https://www.marxists.org/reference/archive/hegel/works/hp/hpsocrates.htm
3 G. F. W. Hegel, Cursos de estética. Vol. II. Trad. Marco Aurélio Werle e Oliver Tolle. Consultoria Victor Knoll. p. 323. São Paulo, Edusp: 2000.
4 Alenka Zupančič, “Back to the Future of Europe” (unpublished manuscript).
5 Stephen Marche, “The Left has a post-truth problem too. It’s called comedy.” [A esquerda também tem um problema de pós-verdade. Chama-se comédia.], Los Angeles Times, 6 jan. 2017.

Cito certa curta carta que sinto que corta


Retrô! Escalada na agulhinha (1989)
- vídeo no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=ZeLm0irQM0o&t=79s


Cito certa curta carta que sinto que corta (Fev/2009)

Nunca mais escrevas para mim
Angustia que me parte em bandas o coração
Moléstia, ignorância, azia
Colocou em uma carta tudo que seu corpo carrega em vão

Seria melhor se me esfaqueasse de verdade
Iria doer menos, por menos tempo
Mas continuaria sem razão

Em uma atitude vulgar descontrolada
Se diz dona de tudo, quase tudo ou nada
Coloca em um papel toda a raiva de um ser
Estende um tapete vermelho em direção a uma forca

Nunca me importei com sua realidade
Com suas inenarráveis situações
Suas soberbas, desigualdades
Com suas defesas de escorpião

Tente colocar no plural sua qualidade
Só compensa o amor se houver verdade
Devolvo a carta, comece tudo novamente
Mas agora escreva com a alma, o coração e com a mente

André Anlub 




30 de julho de 2018


Até coloquem palavras em minha boca... Mas que nasçam poesias. 
Faço da minha consciência a minha régua – balança – espelho.

Imponência

De uma forma deveras palpável
A grafia renasce no arcabouço 
Vindo de uma sensação mutável
Tornando-se finalizada ante o esboço.

As letras jamais envelhecidas
Amareladas com rigidez perene
Órfãs sem jamais terem nascidas
Lapidadas pela sutileza do cerne.

Apólogo nas mentes funcionais
Decreto soberbo dos irracionais
É boa imprecação em todas as formas.

Sem acatamento diante da alusão
Dona de si perante comunhão
Jamais dará ouvidos às normas.

André Anlub®

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.