3 de maio de 2018

Das Loucuras (não acho o feio da miada; o gato que arranha é arrimo!)


Das Loucuras (não acho o feio da miada; o gato que arranha é arrimo!)

Esse será quase diferente,
Assim como todos os outros;
Nada é igual o tempo todo,
Há parecidos, gêmeos, imitadores.

Vejo a luz e o som entrarem pela janela,
Sacolejam-me e tocam-me como fogo...
Convidando-me à longa passarela
Que reflete o meu flerte em amores.

Olhos que se abrem e cruzam em desafios,
Bocas que se roçam em desafogo.
O assanho do suor na nuca em arrepios,
Fazendo da poesia um sujo jogo.

Não te cobro só te cubro e dou calor...
A proteção de um escudo invisível.
Sou menino, sou crescido, sou sensível...
Sou a parte de um todo, espinho e flor.

Esse já está bem diferente,
Como a gente de repente faz projeção.
As coisas se repetem no inconsciente,
E fingem que se forjam em compaixão.

André Anlub
(03/05/18)

Folhas, águas, linhas



Folhas, águas, linhas

E vão as folhas secas no curso do rio,
Vão mil destinos entortando nas pedras.
Suas belas pernas no fluxo de um cio,
Cobiçam alento e afeto defronte à guerra;

Correm sozinhas, andam famintas...
Estacionam distintas em terrenos baldios;
Deixam sementes de adolescentes linhas...
Brisa menina caçoa das varas que envergam.

No centro da terra o fulgor do suor se resseca,
O encanto sapeca resiste em sobreviver;
Se o viver que persiste é a poesia mais fértil,
Sai firme e forte da inércia e imerge no alvorecer.

Outra menina linda, outra menina minha...
Garota garoa tornando-se chuva forte e bem-vinda;
Como a perceptível delicadeza de uma folha de orquídea...
Também mexe em minha alma, coração e vida.

As águas levam as folhas e induzem às vidas...
Cantigas longas e antigas do clico do tal renascer;
O que fazer com palavras dançantes e musas nuas divinas?
- Só bailar nas vitrines do mundo – moribundo,
Em sóis quentes, luas gordas – franzinas, 
De folhas, águas e linhas... é tudo que se deve fazer.

André Anlub®
(5/11/14)

Excelente quinta aos amigos


Ao ver e ouvir um sabiá, ponderei:
Qual outro tamanho encanto 
Faz minha boca calar-se
Acarinhando meus olhos
Cantando aos ouvidos
Tão doce e frágil
Tão inesperado
Que voa pelos quatro ventos
E pousa sem alarde
Conquistando os corações?
Além do pássaro, o amor.

Combatente amado

Esse sorriso é o meu maior retorno
Não preciso de abraço ou palavras de consolo
Basta ser sincera...
Querer-me ao seu lado.

Vou até onde posso pôr minha vida em jogo
Almejando vitória, valendo a guerra
Empáfias se entregam ao combatente amado
E desarmado, o amor está na fila de entrega. 

André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.