11 de setembro de 2020

Os vivos corais do mar morto

 



Os vivos corais do mar morto


A ideia vai e vem à paisana, é assim:

olá, escreva-me, como vai?

Ouço certo do outro lado da muralha

e a imaginação não se esvai

como um surto atípico.

Não me corta feito navalha

nem me beija como o fim.


Reaparecer requer confiança

é aceitar o dom que foi dado de herança

sem nem mesmo querer receber.

Tudo fica mais intenso e brilhante

quando as barreiras caem.

Pode-se ver, ouvir e sentir o além

e quando vem a implacável esperança

ponho-me a escrever cada vez mais.


O azar eu nocauteio

certeiro soco no queixo.

A solução está no fundo do mar

prendo o fôlego e mergulho até lá

mesmo em plena maré cheia.


Pude ver belos corais

que fazem desenhos que completam

os traços nos corpos dos peixes.

O feixe da luz do sol incidente

faz contentes as arraias 

que se entregam.


Enfim, vou repetindo as dicas

que venho recebendo na vida.


Adaptar-se é fácil, complexa é a nostalgia

principalmente das farras em família

das ondas que vi o mar oferecer.

As paixões incompletas estressam

surgem, mas não se deixam ver

ficam cobertas com o manto da noite

e somem no mais sutil alvorecer.


André Anlub®


10 de setembro de 2020

excelente quinta




O trem, a vida, outrem


Vi os trens de Norfolk; mas foi num sonho.

Vi um céu igual o dos Simpsons, só que real.

(abre aspas)

Nunca duvidei de minhas capacidades,

Elas que ocasionalmente duvidavam de mim.

Hoje a “dúvida” é minha fiel engrenagem

Minha âncora, minha pólvora, meu estopim.

Hoje há nevasca só quando faço um desenho,

Mas meu empenho é sempre em traçar o amar.

O amanhã sempre em odes que eu mesmo resenho,

Estará lá, porém, também, para o insano em hesitar.

Quimeras de ocasião, canções que devemos aprender,

Seguindo as rodovias que trafegam os segredos,

Eu, você e as artérias e veias que levam nosso viver...

Nunca fomos de brinquedo.

(fecha aspas)

A vida ensina tudo a todos,

Mas a morte é egoísta, 

Não ensina nada a ninguém.

Nem ela, - nem eu, 

Sabemos o que um poeta quer dizer,

Mas a poesia sempre deixa algo no ar...

Ninguém sabe se é real.

Nem o poeta, nem a morte...

Só a vida sabe.


André Anlub®

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.