18 de setembro de 2021

Das Loucuras (na hora que o barco afunda, jacaré vira tronco)










Andrea Motis / Anat Cohen

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Das Loucuras (na hora que o barco afunda, jacaré vira tronco)


Parte I – a descoberta


Nuvens cinzas passaram a mil nesse celeste céu

E o sol afinal mostrou toda sua sexy nudez.

Contornos calorosos que incitam à criação

Fez as mãos darem mais um passo rumo ao pincel.


Fina camada de um lilás bem forte no residir de sua alma

Felina, selvagem, certeira;

Faz em mim lambança, lembrança, loucura.

Águas que molham a timidez dos desertos

E inventam de tudo para purificar o que já é pura. 


As mentiras estão lá,

Em letras embaçadas fora de contexto;

Mesmo sóbrio ninguém nunca será mais o mesmo

Nessa narrativa bem-vinda totalmente no eixo.


Toalhas voam e mãos balançam em desespero

É o enterro do ermo que já se encontra a sete palmos.

Saltos ornamentais para se viver apenas mais um dia

Quem diria, qualquer um pode contar um falso segredo.


Nuvens cinzas estacionaram sobre o ninho...

E num deus nos acuda, o diabo quer que o mundo obedeça.

Rápido, bem rápido, a força se esvai com a falência.

Tentando alcançar a cura que voa num vazio. 


Olhos tremulam numa convulsão astronômica

Abundância de liquido limpo que inunda as artérias

Um ensaio perfeito num antidepressivo harmônico 

Na intensidade absurda enterra-se o roteiro de tragédias


As informações estão ai,

Em letras garrafais dentro da garrafa;

Alucinando o inconsciente

Numa ciência cômoda e bem-vinda.


Nessa lida divina, 

Perfeita trilha,

Na conjuntura “ente safras”,

Definitivamente mergulhado no tempo;

Nessa altura da vida,

Respirando a contento...

Paro e piro,

Pois tudo conspira para que eu me safa.


Saio safo de um crime perfeito,

Num dia preciso e num sonho embriagado...

Dormindo num domingo qualquer,

Numa alameda largado.


André Anlub

14 de setembro de 2021

Das Loucuras (o meu bem por ai, nas esquinas e praias)


Das Loucuras (o meu bem por ai, nas esquinas e praias)


Os amores busco na intenção mais profunda

Em territórios perigosos, porém tentadores

Escapando dos horrores da catacumba

Abraçando a mais profunda filosofia das flores.


Jogo o acaso para o alto, confirmo a fluidez

Tenho a rigidez de um pé de eucalipto.

Ambientes adversos, alarido e mudez

Levando a crer que nunca fez tanto sentido.


O profeta sempre vem com boas novas

Nessa vida vigente, e na próxima sonhada.

Tudo há de se realizar – de um medo ou de outro

Do pavor do ser tranquilo – do que se aprova.

Churrasco rolando no cemitério, mendigo dando risada

Almas criando forma e corpo num Eu absorto.


Dialetos ao contrário, pá de cal...

Um radical conta a história de uma moça ausente

Que queria tudo novo, de novo, nessa vida presente

Todos os dias, agonias, enquanto esperava o arrebol...


O museu reformado e fechado, 

Por que não inaugura novamente?

Ninguém se atura, na sua frente o espelho, ao seu lado...

Agora só há de se contentar com o seu eu incoerente.


Bossa velha, old wave, novo velho,

Bosta rolando pelo escaravelho

Guiado pelas estrelas, pelos cometas que passaram rente...

E nessa altura da mente, nesse ouro e prol,

Tudo é essa coisa que se renova num novo sol.


O amor costura o tempo, unindo o belo e o sombrio,

Num breve acalanto, surge o meu sorriso de vampiro,

Expondo os dentes para toda essa gente que admiro.


A mudança chegou, trazendo móvel velho e nova cama

Tirando-me da lama e colocando-me de gosto no frio.

Assim – chegar chegando –; assado – amou e ama.


Tudo é estalo que se acaba na última linha do fio.


André Anlub®

12 de setembro de 2021

excelente domingo

 



Aqueço as ideias


Pensei que fossem taxar de domínio

Pois com o meu cheiro, marquei o terreno

Mostrei os caninos ao cruel inimigo

Dediquei-me na íntegra a ser feliz ao extremo.


Acho que via cores falsas, mas o real é agora

Daltonismo emotivo mesclado aos tons pérfidos

Seria um gato o que tirei da cartola?

Ano a ano me arrasto por esse quente deserto.


Na psicologia existe o ser ansioso

Mas deveras generoso para um merecedor

Exagero de crenças não evita que salde as contas

A distância é tênue entre o errado e o certo.


Os pés estão frios, a mente inteira

Dispenso a meia, aqueço as ideia.


André Anlub

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.