
Insensatez
Sentindo na garganta a paixão queimar
Fel que traz a cura e dá sustância
Tsunami de alento em abundância
Sinto que sou escravo do próprio amar.
Por vezes um rei sem meu reinado
Por horas cão, sem osso e dono
Ama sem carecer ser tampouco amado
Doa a alma velando seu doce sono.
Mas na inocência de uma criança
Vi-me protegido do mel ao favo
Por fim cobrindo-me o corpo de esperança.
E o fardo que carrego sem rezinga
A insensatez do meu ato, sangue que pinga
Fazem poças, sujam as mãos que já não lavo.
André Anlub