Poetas emprestam sua alma
Pecadores com demasiada inocência
Muitas vezes se doam na íntegra
Faz do rotineiro suas infinitas linhas
Linhas de conveniências.
Nos rascunhos da vida uma mímica
Expostos ao mar de conceitos
Nau de papel frágil à mercê
Em corações desatentos ao leito.
São feridos e açoitados
Nem sempre coitados
Faz parte da arte.
Toca, e com o toque discreto de poeta se faz uma sinfonia
Ironia dos sentimentos
De desconcertantes lamentos são sinas das razões
Poetas sabem se estender...
E nessa extensão sentem o doce e o salgado da inspiração.
Poetas respiram
Petas respeitam
São pais e são filhos
Conspiração do impulsivo.
André Anlub
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