11 de abril de 2020

Dueto da tarde (CXXI)





Dueto da tarde (CXXI)

Um desafio dos mais complexos para quem não quer perder tempo com coisas simples: 
Ficar parado, tão somente parado, simplesmente parado. É preciso mesmo uma simples mente, uma mente simples para ir além do somente “isso” ou “aquilo”. Movimento é o que ela conhece. Movimento é o que fará sempre, mesmo entendendo alguma coisa do não-movimento.
Em um dado momento o pensamento rompe a barreira do tempo, do som, do sol, do sempre... Assim sendo, rompe a barreira do trivial, dá-se então o fatal:
Vê que não adianta querer não querer. Vê que parar é outro movimento. Vê que silenciar é outro barulho. Os olhos então se fecham para enxergarem melhor e se abrem para o interno fazendo do criador um médico e da criação o enfermo.
Está dentro e imagina o fora. O fora imaginado dentro é apenas o dentro de novo, ainda e sempre.
O cerne em um minúsculo círculo é o mundo, e o universo é a arte; a arte em um A maiúsculo é um músculo que carrega o corpo do cerne.
É a saída mas não é a saída. É a resposta mas não é a resposta. E sorri como se fácil entender porque.
Um desafio dos mais simples para quem tem todo o tempo a perder com coisas complexas:
Achar a saída pelo que não é a saída. Achar a resposta pelo que não é a resposta.

Rogério Camargo e André Anlub
(11/4/15)

9 de abril de 2020

Das Loucuras (As Plêiades sempre estiveram lá)


Das Loucuras (As Plêiades sempre estiveram lá)
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Bebi dois litros de ambrosia – da fonte –, direto do Olimpo... 
Mas fiquei mais velho, me fiz de bobo, cínico,
Então passei as roupas e minha vida a limpo…
A mente continua suja, o raciocínio luzidio,
Então mostrei o dedo com sapiência, e fiz pedirem penico.
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Não por acaso vi minha imagem num espelho trincado,
Envolto em tempestades, mas no momento abraçado à calma.
O rosto está lavado, restam meu corpo inteiro e firme e enxaguada, a alma.
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Ontem eu estava com a fuça de espantalho no meio do tiroteio,
Vivia no convívio permanente com meus pensamentos.
Agora sigo moldando o tempo e iluminando as horas,
Fazendo as honras de parabenizar meu devaneio. 
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Falta luz no bairro, mas sobra contentamento
Numa noite escura de outono, olhos no céu de outrora.
Estrelas brilham trazendo esperança,
Felizes, envoltas no breu profundo;
Como uma aliança e uma trégua com dois mundos…
Convivência em harmonia, e explosões e calmarias.
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Sem isso ou aquilo, o mundo caminha fora da trilha,
Construindo onde não deve e destruindo o que deveria ser preservado... 
Deixa para trás o que apraz que permaneça na linha,
No absurdo da conivência do povo que está sendo sufocado.
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De repente um Deus resolve que deve jogar os dados,
Faz autocrítica e cria a solução que adianta o que estava atrasado.
Obcecados, os mortais se veem envoltos na bolha do seu tempo, 
Perderam o argumento, vendo o sim e o não do momento…
Agora é enxugar o leite derramado e torcer pelo bem cicatrizado.
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André Anlub
(9/4/20)

8 de abril de 2020

Yehuda Amichai



Via: Museu do Holocausto (Twitter)

Yehuda Amichai foi um dos mais importantes poetas israelenses de seu tempo. Nascido em Würzburg, na Alemanha, em uma família judia ortodoxa, chegou à Terra de Israel em 1935, fugindo do regime nazista.

Após lutar na Segunda Guerra Mundial pelo exército britânico e na Guerra da Independência em 1948, estudou literatura hebraica e textos bíblicos. Tornou-se professor, atividade que exerceu durante toda a sua vida. 

Amichai teve seus textos traduzidos para mais de 40 idiomas, mas foi só em 2018 que sua obra chegou ao Brasil. A Antologia "Terra e Paz" reúne 80 poemas do autor, traduzidos e organizados pelo professor Moacir Amâncio. Esta é a nossa indicação da semana.

Página org: Museu do Holocausto

6 de abril de 2020

Fábula dos Piratas Parte II










Fábula dos Piratas Parte II

Corsário sem rumo

No seu sorriso mais doce
Dá-me o sonhar acordado
Nau agridoce ancorada
No porto seguro de um réu.

O cerne mais íntimo partilhado
Como alado cavalo ao vento
Coice pra longe o tormento
Traz na crina o loiro do mel.

Mil flores a pulsar na razão
Vil dor e jamais compunção
Cem cores permeiam na libido 
Sem rumo nem rum no tonel.

Pirata na dádiva do amor
Com a bússola do autêntico anseio
Nem proa, nem popa, nem meio
Voando em direção ao seu céu.

André Anlub®



















5 de abril de 2020

#Coronavirus #Covid-19

"Um tigre em zoológico no EUA testou positivo pra Covid-19 e mais 6 tigres e leões estão com sintomas." 
Via: twitter 

Fonte: The New TYork Times

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.