POESIAS DE POETAMIGOS
Vestígios
A sombra segue a marcha das estações
sem notar se é outono ou inverno.
Acompanha-me, servindo-me companhia,
numa insensatez absoluta e verdadeira,
que inspira toda a realidade...
É a existência que em si inicia e se expira.
Remate e principio de uma extensa espera,
ora jardim, ora brejo, às vezes deserto.
São vestígios das divergências
de todos os sentimentos disfarçados e universais
São meus dedos roçando-lhe a boca
de palavras frívolas e sofrimento.
É o extenso olhar que nenhuma pessoa
compreende e, que mesmo assim,
não se entrega...
Marinete Fátima Silva
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Laços
Sejamos o silêncio,
palavras que ressuscitam
escorrendo pelo tempo sua efemeridade
Sobre a ausência e a solidão
nossas almas se entrelaçam
e partem tal nômades
em busca das verdades únicas e eternas
Carregam a nostalgia da perfeição
os sonhos ganham asas e luares,
somos a noite antes do principio e do fim
Meu olhar ajoelha-se ante tua luz
a voz emudece sob teu canto
somente o amor cresceu;
qualquer sentimento curva-se
diante da beleza majestosa desse encanto.
Conceição Bentes
Publicado no Recanto das Letras em 01/08/10
Código do Texto: T2411518
UM RESUMO
Como um feixe de luz na alma
Prisma de paz e harmonia no coração
Decorei com palavras minha vida
Sobretudo sobre a verdade e a emoção
Sem palavras, com argumentos
Com intenções, sem pretensões
Sem cenas, com acontecimentos
Com e sem acomodações
Vou levando iluminado e iluminando
Voando, nadando ou andando
O importante é chegar
Em algum plano e lugar
Com calma e paciência
Inteligência sem demência
Muita inspiração e imaginação
Escrevo nas linhas os poemas
Os sentimentos, histórias e momentos
O âmago da minha emoção
André Anlub [Poeteideser]
31 de julho de 2010
29 de julho de 2010
O Ser 2000 (Íntegra)
Nasceu mais uma bomba relógio
O rebento prodígio atual feito de negação
Pólvora circula nas veias desse ser biológico
Pronta entrega de emoção
Expondo tudo e todo sentimento
A todo momento, a todo lamento
O torno apertando seu cérebro
Célebre pessoa de mãos dadas com seu sofrimento
Escorre por todos os seus dedos
Essa animação que outrora desanimada
Do nada mais uma semente germina
Mas que acaba por dar em nada
Acabou o sonho e com ele vem o pesadelo
Ecoam no céu gritos de infelicidade
A normalidade é mera conjectura
O caos é pura formalidade
hoje é um dia comum
Defecam em um povo pobre uma bomba
Um Deus qualquer para causar discórdia
Um outro para o próximo afronta
Estou aqui e pronto
Estupefato com o fato
É assim a bola poluída
Me largaram nessa ralo
Nasci para fazer volume
Excesso de contingente
Ta lotado de estrume no mundo
Pensando e fingindo ser gente
E a camada de ozônio?
E a massiva perda do hormônio?
Tudo enferrujado e imundo
Onde se compra os neurônios?
Um botão para acabar com isso
Urânio solto no ar
Um sorriso, um compromisso
Flatulência da bomba H
Acabar de vez com essa bola
Jogar fora todo esse lixo
Matrimônio do errado com a escória
Terra de gente virando bicho
André Anlub
25 de julho de 2010
DIA 25/7 DIA DO ESCRITOR
O 25 de julho foi definido como dia nacional do escritor por decreto governamental, em 1960, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado naquele ano pela União Brasileira de Escritores, por iniciativa de seu presidente, João Peregrino Júnior, e de seu vice-presidente, Jorge Amado.
MINHA ESCRITA (Íntegra)
Peguei a caneta
Minha lança verdadeira
Comecei a rabiscar
Coisas sérias, besteiras
Algo triste, algo alegre
Frases simples, outras não.
Dia a dia me persegue
Sublinhando a solidão
De tanto escrever verdades
De tanto nelas acreditar
O papel é paisagem
A tinta um pássaro a voar
Junto as letras, formam idéias
Junto idéias, meu viver
Os meus passos, centopéia
Me levaram a escrever
Uma paixão inofensiva
Difundida no querer
Muitas vezes explosiva
Jeito alegre de sofrer
Sofrimento prazeroso
Pessoal e corriqueiro
Muitas vezes saboroso
Doce, brigadeiro
Nas vogais, nas consoantes
Nos acentos, nos acertos
Bem melhor do que era antes
Apagou o meu sofrimento
Minha imaginação me ama
Ela me dá as mãos e me acode
E minha melhor amiga e me ajuda
Minha esperança e cura
Não imagino viver sem ela
Não suportaria sua ausência
Minha paisagem do infinito na janela
Cores e letras das criações do conjunto na cadência
De tempo ao tempo
Tá rápido, tá lento
Talento nato, trapo
Tento
Escuro, curo com ar puro
Procuro em um puro ar que cura
Arquitetura
Eternamente clara
Compara ou sem
Eterna e rara
Raramente
Escrevo meu trampo
Saem palavras, sentinelas
Exponho firme as idéias
E na mente semeando os campos
Belas sementes
Feios enganos
Insanos
De repouso entre um suspiro e outro
Acamado entre o amar e ser amado
Coração bate forte sendo fraco
Pensamentos voam soltos, indo alto
Minha escrita está submersa em azul anil
Com sentimentos verdadeiros e inventados
Vagueia entre o real e o senil
Persegue o concreto e o abstrato
Língua solta e comprida
Profere idiomas mal falados
E alados levam poemas declamados
Aos ouvidos que se deixam ser ungidos
Uma dor quase sempre vira escrita
Escrivaninhas, com papiros, suas penas, velhas tintas
O que não se limita, muitas vezes quer ser lido
E o que é lido no respeito não se imita.
Segue assim até nascer do branco pó
O rebento que do chão fica de pé
Que se engasga com as empáfias, o alento
Por um momento ri de todos ao redor.
André Anlub
O 25 de julho foi definido como dia nacional do escritor por decreto governamental, em 1960, após o sucesso do I Festival do Escritor Brasileiro, organizado naquele ano pela União Brasileira de Escritores, por iniciativa de seu presidente, João Peregrino Júnior, e de seu vice-presidente, Jorge Amado.
MINHA ESCRITA (Íntegra)
Peguei a caneta
Minha lança verdadeira
Comecei a rabiscar
Coisas sérias, besteiras
Algo triste, algo alegre
Frases simples, outras não.
Dia a dia me persegue
Sublinhando a solidão
De tanto escrever verdades
De tanto nelas acreditar
O papel é paisagem
A tinta um pássaro a voar
Junto as letras, formam idéias
Junto idéias, meu viver
Os meus passos, centopéia
Me levaram a escrever
Uma paixão inofensiva
Difundida no querer
Muitas vezes explosiva
Jeito alegre de sofrer
Sofrimento prazeroso
Pessoal e corriqueiro
Muitas vezes saboroso
Doce, brigadeiro
Nas vogais, nas consoantes
Nos acentos, nos acertos
Bem melhor do que era antes
Apagou o meu sofrimento
Minha imaginação me ama
Ela me dá as mãos e me acode
E minha melhor amiga e me ajuda
Minha esperança e cura
Não imagino viver sem ela
Não suportaria sua ausência
Minha paisagem do infinito na janela
Cores e letras das criações do conjunto na cadência
De tempo ao tempo
Tá rápido, tá lento
Talento nato, trapo
Tento
Escuro, curo com ar puro
Procuro em um puro ar que cura
Arquitetura
Eternamente clara
Compara ou sem
Eterna e rara
Raramente
Escrevo meu trampo
Saem palavras, sentinelas
Exponho firme as idéias
E na mente semeando os campos
Belas sementes
Feios enganos
Insanos
De repouso entre um suspiro e outro
Acamado entre o amar e ser amado
Coração bate forte sendo fraco
Pensamentos voam soltos, indo alto
Minha escrita está submersa em azul anil
Com sentimentos verdadeiros e inventados
Vagueia entre o real e o senil
Persegue o concreto e o abstrato
Língua solta e comprida
Profere idiomas mal falados
E alados levam poemas declamados
Aos ouvidos que se deixam ser ungidos
Uma dor quase sempre vira escrita
Escrivaninhas, com papiros, suas penas, velhas tintas
O que não se limita, muitas vezes quer ser lido
E o que é lido no respeito não se imita.
Segue assim até nascer do branco pó
O rebento que do chão fica de pé
Que se engasga com as empáfias, o alento
Por um momento ri de todos ao redor.
André Anlub
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Biografia quase completa
Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)
Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas
Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)
• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)
Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha
Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas
Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)
Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte
André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.
Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.
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Mesmo assim Agora mesmo a alegria passou por uma rua, Ela estava nua, estava fula, estava atormentada e vadia. Olhou em todas as portas, p...
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Sylvia Plath Via: Revista Prosa Verso e Arte Canção da manhã O amor faz você funcionar como redondo relógio de ouro. A parteira bateu ...
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