12 de junho de 2020
Armageddon II
Armageddon II
Caçadores de cobiças e amores perdidos
Senhores dos seus projetos de ações duvidosas
Jardineiro na ufania das flores de cera de ouvido
Decifram a nostalgia de ocorrências rigorosas.
Lenhadores brutamontes com os seus machados cegos
Filhos de escravas negras com índios
São brancos com seus olhos claros de guerra
Sem ego, mas com a ganância de buscar o infinito.
Se a chuva de meteoros chegar em má hora
E quatro cavaleiros lhe derem guarida
Com parcimônia de quem cultiva uma passiflora
Empunha a espada, dá meia volta e procura saída.
Vivendo em um singelo passado do agora
Azul que faz fronteira com um feio absurdo
Os vieses que ecoam aos ouvidos de muitos
Aquecem como o nome de Nossa Senhora.
André Anlub®
9 de junho de 2020
Bras de fer
Bras de fer
Chegou a hora: a imprensa televisada, falada e escrita
Avisava que a prensa teleguiada, fadada e escrota estava viva;
Bocas rocas se agitam; corpos belos dançam na luz do dia...
No parque os maratonistas atônitos com a rebeldia dos esquilos.
Dentro da filosofia poética regada com um café bem quente,
Acorda a imagem de todos, e quaisquer conjunturas são diferentes.
Visões de veredas verdes não são as mesmas dos azulejos azuis;
A vida por um triz, por um troço, por um treco jamais fará jus.
Nunca é tarde: a euforia toma a pele como uma protetora casca de ferro...
Doutora do tempo, detentora dos versos, inverte o avesso, faz berço do ego.
E outrora, quando a tempestade era eminente, vivia-se o “mate ou morra”;
Agora são outros tempos, coloca-se a faca nos dentes e a roupa para o enterro.
André Anlub
Sim, é poesia!
Sim, é poesia!
Faz crescer as flores,
nasce das flores crescidas.
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O corpo foi na onda e saiu do dilúvio,
Forte e firme em direção ao sossego;
O abraço (prévia do beijo)
fez-se ao relento
E o medo (descalço e bêbado)
caminha viúvo.
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Amor verdadeiro não foca em anel e nem todo Coco é Vandeweghe ou Chanel.
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As quedas nos obrigam a levantarmos a cabeça,
Reconstruirmos com paciência,
Cada passo, cada tijolo, cada pecado e inocência;
Erguendo-nos mais rígidos e harmônicos,
Com o cimento da convivência.
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correndo, o bicho pega
ficando, o bicho come
ignorando, é alienado
poetizando, o bicho é rango.
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Insanidade de horas perdidas no 'líquido sagrado de Baco': com uma mão vai afundando o barco, com a outra fornece o salva-vidas.
Assiste a reprise do seriado e entra os comerciais: fritadeira elétrica sem óleo, escova que alisa e faz cachos, site com preços de todos os quartos de Hotéis, creme que rejuvenesce dez anos em três minutos e a pílula que é vaso dilatador e não tem contra indicação. E depois desses minutos de informações inúteis, ao retornar à ação, descobre que se perdeu no enredo.
8 de junho de 2020
Magnificência da obra
Magnificência da obra
Um sujeito que só respeita o dinheiro!
- Falem mal da mãe e do pai dele,
Mas não peguem suas moedas no cinzeiro.
Ah! Essa vida provisória...
Mesmo no abismo num cisco,
na simplória história,
deixa-me lisonjeado e extasiado
pela dada oportunidade
– aventura – vitória.
Insano subir e descer de escadas,
abrir e fechar de portas,
corriqueiras correntezas
no desvairo das incertezas,
desaguam nas represas da esperança.
Mesmo que o tempo seja curto,
que o circuito entre em curto,
a vida é um admirável absurdo
na incansável eternidade da andança.
Deixe o mistério ser sua sombra,
verso amigo, pleno e sobra.
Ninguém nunca saberá tudo,
tampouco um pouco que seja,
sobre a magnificência da obra.
André Anlub
6 de junho de 2020
Das Loucuras (teclas quentes, novos escritos)
Das Loucuras (teclas quentes, novos escritos)
Nas folhagens ainda úmidas
Que revestiam aquela montanha
A visão de uma dor, filha única
Que o remetia novamente à prisão.
Tempos de holocaustos abafados pelo passado
Carga nas costas difícil de abandonar.
Passos atrasados por bobeiras emolduradas
Desconexo do seu tempo que não tarda em acabar.
Ventos frios escrevem textos
Olhos úmidos os colorem.
A fixação do medo sem pretextos
Ida e vinda de um lugar que não se escolhe.
A poesia no piano; a mente aberta, mas no talvez
A descrença no engano – a timidez.
Chuva de desculpas; vulcão de distrações...
Os pensamentos, um a um, vão sendo canções.
Ele se retira, nos supérfluos dos retiros
Abrindo novos e velhos caminhos
Com a disposição de um passarinho
Que busca um novo lugar para o seu ninho.
Mas, não poderia finalizar o dia sem seu devaneio
Um herói sonhador que curou seu cotovelo.
Voando por entre árvores imensas
Rios extensos, grama bem verde e ervas intensas...
Ri alto aos deuses; ri baixo de si mesmo
Castelos são construídos – nunca a esmo.
Vê-se na insensatez outra vez em sua sombra...
É o mundo.
Samba,
Sorrisos,
Amigos,
Aqui e ali – é isso que lhe sobra...
E já é muito!
André Anlub®
(6/6/20)
2 de junho de 2020
Das Loucuras (Inhotep)
31 de maio de 2020
Sorriso Inato
- Sorriso Inato
- Maga amarga e nada calma
- fica-se na sentinela
- esperando a mão que afaga
- que traga a luz de longas velas
- tão pálida e cálida alma.
- Frágil no chão da lamela
- que quebra ao fino toque
- mostrando o colorido enfoque
- quente ao centro da terra.
- Mas aprecio tal dor
- com longo sorriso inato
- se o feio é odor no olfato
- importante é não ter tal rancor.
- Sozinho e sempre pendente
- fraco coração valente
- insiste na batida constante
- regado com sangue e calor
- é o belo expoente do amor.
- André Anlub
29 de maio de 2020
À espera do sol
Ponderação seríssima:
É hora de estabelecer os limites, estabilizar os lamentos e mostrar quem você é;
É tempo de arrumar a casa, arruinar as corjas e casar as tampas com os potes de tupperware.
À espera do sol
(inspirado na música ‘Lado de lá’ da cantora Pitty)
Talvez a resposta seja tão somente amar
Como se ama sem sequer saber do fato;
Quando o tempo ecoa do ralo e migra do pouco ao farto;
O corriqueiro abandona a imediata desesperança inesperada.
E o que falar das variáveis? Apenas não variam mais;
A não ser de vez em quando.
Um bando de aves tão ágil, não levanta voo... por assim querer...
E festeja dançando insanamente em volta da fogueira estimada.
E vão saber, e vão querer, e vão e voam...
As pedras antes atiradas agora descansam no chão;
Tudo é ar rarefeito; tudo é iniciação...
Costumes, costuras, culturas em adaptação.
André Anlub
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Biografia quase completa

Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)
Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas
Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)
• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)
Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha
Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas
Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)
Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte
André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.
Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.
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Ontem tarde esqueci seu nome... Mas hoje cedo me lembrei de que isso não faz/fazia/fará a menor diferença. As melhores opções nem sempre s...
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https://www.facebook.com/photo/?fbid=8464289903657210&set=a.831681423584801 50 milhões de dólares pelos vídeos do Justin Bieber fazend...
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A propósito das declarações do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre a descriminalização do aborto no Brasil. ...