Diamantes de sangue
Como um presente esperado
Nas mãos, aquecidas com luvas
Estendidas e espalmadas
Lisas e leves como plumas.
Alcançam um inferno estrelado
Abafam gemidos e gritos de dor
Que por fim, pensam que tocam o amor
Coroam um rei e seu reinado
Ouvindo o mais terrível louvor.
Um diamante vindo da África
De suor, de sal e sangue
São pedras, a saga de uma gangue
Que alimentam, com a fome, sua máfia.
O povo, com humildade e inanição
Comete, em si próprio, eutanásia
Perde o orgulho para a ambição
Não vê que de certas bocas saem falácias
E anda, por pura vontade, na contramão.
E assim, mais uma vez explorado
Sem arma, comida e força
Um continente, que o contente ficou atolado
Tem o tamanho, a dimensão, da sua forca!
André Anlub®
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