Não quero envelhecer tornando-me aquela máquina que funciona no automático e nunca sai do controle. A engrenagem devidamente lubrificada e há hora certa para cada função. Quero o gosto do sal na língua e no corpo, a brisa no rosto e muita areia nas solas dos pés. Quero ver nova gente, lugares belos, criar outros versos e acordar cada manhã com um curioso viés.
Quero envelhecer perto do mar
flertar com tuas rainhas
beijar sereias, sonhar.
De frente ao mar
sentir teu cheiro, mistério
maresia, mergulhar.
Quero comer os frutos
sentir tuas ondas
passar o tempo
décadas, minutos.
Quero ver o céu
sobre ele
e o sal
na pele.
Quero somente na vida
e até na morte
estar lá.
André Anlub®
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