aquilo que o mar
já cantava para si mesmo.
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Olho nos olhos da tarde
e vejo lá o brilho da manhã
já cansando.
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Estava tudo lá.
Então foi lá que fiquei
quando não quis mais nada.
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Vivi de viver.
Nada mais era essencial.
Nada era a resposta
para a pergunta que eu não fazia.
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Antes de me despedir,
cheguei à beira do penhasco
e ele era uma nuvem rosada.
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As estórias da História.
Quando me vejo em mim,
é um retrato falante.
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Eu cultivo rosas e rimas.
Quando forem outra coisa,
ainda serão rosas e rimas.
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Uma janela aberta
para outra janela aberta
continuar abrindo-se.
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O que me vens falar
me falar já veio
sem que me viesses.
(Rogério Camargo)
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