Nós, caçadores
(André Anlub - 6/2/13)
Não exija demais do mundo,
Ele grita, cansa e se afasta.
Coloque suas botas de couro,
Aquele couro legítimo de cobra,
E percorra as estradas mais simples.
Grande parte dos nossos amigos
Não nos achou.
Mesmo os que se foram por vontade própria,
Acho que ainda são amigos,
Acho que ainda nos procuram.
Fomos caçadores em tempos idos;
Lembro-me:
- fomos a todos os encalços,
Algumas avenidas estavam sombrias
E entramos de peito aberto...
Nos perdemos, mas no final estávamos abraçados.
Nunca desisti de você e sei que nem você de mim;
Acho que agora entendo porque nos perdemos
Penso que seja por isso:
Um teste!
Certa vez no breu total
(pois não havia lua)
Só os uivos dos lobos
E outros seres que assustam.
Mal podíamos vê-los ou ouvi-los,
Mas estavam sempre a espreita
Falando mal da gente
Colocando um contra o outro,
Destilando a inverdade e o veneno,
Aproveitando nossa baixa resistência...
- Envenenando-nos.
Acho que foi por isso!
Agora corro atrás do antídoto
- Procuro aqui e ali.
Caso eu ache:
espero que seja suficiente pra nós dois!
Caso não seja beba você!
Pois para falar a verdade,
Nunca precisei.
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