Segundo o
jornal, quase nove mil artistas brasileiros estão na lista dos que tiveram
conta no HSBC suíço entre 2006 e 2007. Muito bem. Considerando que o HSBC não é
o único banco que oferece o serviço, considerando que a Suíça não é o único país
que adota essa conduta de proteção ao dinheiro ilícito e considerando que o
mundo não parou em 2007, duas perguntinhas:
A) Quantos “artistas”,
no total, não têm contas lá fora a fim de fugir ao pagamento de impostos nesse
exato momento?
B) Quantos
destes “artistas” não estão nas redes sociais, neste exato momento, chamando os
políticos de corruptos e exigindo a saída de Dilma?
As classes “A”
e “B” brasileiras são de uma arrogância patética. Talvez todas elas sejam,
mundo afora, é patrimônio universal sentir-se com direito a cobrar serviços e
paparicos “bem feitos” quando se tem dinheiro para pagar por eles. Ao passarem
algum tempo lá fora, onde “tudo funciona”, chegam aqui e descem a lenha na
bagunça nacional, esquecendo que somos mesmo Terceiro Mundo. A única diferença
entre nós é a de sermos metidos. O índio: um cocar vistoso na cabeça e a bunda
de fora. Trinta milhões de brasileiros vivem na Bélgica, os demais vivem na
Bolívia. E quando os nossos belgas voltam da verdadeira Bélgica, enxergam a
Bolívia em toda parte.
ROGÉRIO CAMARGO
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