Da arte
(André Anlub - 20/3/12)
Primeiro marquei meu horizonte
Em um traço negro em declínio,
Deixo a inspiração fazer domínio
E depois me embriago na fonte.
Pintores são fantoches e fetiches,
Sobem em nuvens, caem em piches;
Respiram a mercê de sua cria,
Bucólicos profetas à revelia.
Tudo podem e nada é temível,
Nem mesmo perderem o dom,
Sabem o quão infinito é o tom.
Seus corações de loucos palpitam
E no cerne que eles habitam
Saem às cores do anseio invisível.
A arte é muito além do coerente, é avesso e infinito, é forma ou desforma; a arte não se envolve com quaisquer opiniões, existirá de qualquer forma.
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