Imaginação em aquarela
verve que grita
canta os pássaros
coração palpita
e a pureza que se acredita
olhando nos olhos dela.
Na saliva da vida
(André Anlub - 06/04/13)
Sem rumo, faz do instinto sua bússola
anda com a cara e a coragem
não mata um leão por dia
mas encara a besta macabra.
É dono dos prós e contras
um pé na frente e outro atrás
constrói seus moinhos de vento
ao som de um clássico do Jazz.
A cada lua minguante
pinta um cômodo da casa
e rega o jardim das camélias
que vibram, nas águas, dançantes.
O cachorro deitado num canto
e o canto dos pássaros belos
o pica-pau e o trinca-ferro
o bem-te-vi e um melro
dão mais vida ao montante.
O voo da tranquilidade
num céu azul de espaço
abraço da vida em liberdade
é o beijo na sede no riacho.
Não mais submerso em vil fachada
brinda os versos da mãe natureza
em aquarelas muito além das janelas
que atravessa seguindo as pegadas.
Agora, não são mais quimeras
novas paixões o esperam
sem sonho, sem pouco, sem mera
nas mil opções de chegadas.
Na pretensão da esperança, com ares de ressurreição, na alegria e na bonança, na arte que se expande em criação. Busca no cerne o que é certo: gosto, saliva, devoção. É relíquia, é procura, de joelhos, minha jura. Tira da face crua a amargura, põe o que lhe é de direito... Na estatua de um santo, na reza em um terreiro, no altar ou outeiro, vale a gota do pranto.
André Anlub®
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