Das Loucuras Verdades carecas, mentiras cabeludas
Nas perfeições da natureza,
A minha mente monta o acampamento;
Aprecio cada pássaro,
Bicho, som, folha, rio,
Rio, cor, cheiros
E tons dessa beleza.
O futuro não importa,
O passado entorta
E o presente é torta de limão.
Nada não é.
Até que então surja a razão de apenas ser...
Inovação.
Quero colocar mais cores:
Expor o amor guardado no peito;
É egoísmo deixá-lo trancado
E não compartilhá-lo nessa perfeição.
Mas gargalho em voz alta
Ao perceber que o amor me falta...
Não vejo jeito,
Revolto-me e volto a um tempo de um Eu imperfeito.
Agora amo quem e quando quero;
Espero somente o que vier nua...
Saboto-me e ponho-me à mesa;
Sapeco a sobremesa: nua carne sua.
Minha refeição é fria e nessa linha ao vivo eu vivo
E sobrevivo sem pressa.
Pulo e mergulho na gruta:
Sem grilo,
Com grelo,
Com gula.
Pulo de galho em galho,
Sou Tarzan atazanado.
Pessoas são quebra-galhos,
Reencarno o escárnio,
Reaproximo-me do exílio
E encaixo os frangalhos.
Nesse mesmo instante eu desperto,
Foram sonhos que pariram pesadelos,
O amor me circunda como sangue;
A paixão vai dos pés aos cabelos.
André Anlub
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