Das Loucuras (elemento 115)
Nem saberia por onde começar...
A tarde caia, um belo vermelho no cimo da montanha;
Em cima dele a emoção tamanha,
Esse tempo presente, louco e passageiro, o faz se entregar.
Naturalmente poeta,
Os olhos espertos não mentem – realmente;
Tudo conforme os conformes, é a meta...
Veste seu uniforme de astronauta resiliente.
Sobe em muros; grita alto
Tenta contato com algo lá longe, no espaço.
Flutua como menino de aço
Um Superman do asfalto.
Azul cobalto, sua cor;
A percepção do encalço...
Calça suas bolsas e sai sem pudor
Em busco de ser algo a mais em seus passos...
A estrada é em círculos – caixa dentro de caixa...
Os anéis são antigos; o rosário é refúgio.
Reza ao contrário, do fim ao início
E no ciclo, tudo enfim se encaixa.
Aprende a amar, e é a mais dolorosa das lições:
O cenário é criado pelo dono da peça.
Enquanto os deuses riem lá, com seus botões,
Ele segue dia após dia – se segura e se dispersa.
André Anlub®
(17/6/20)
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