Das Loucuras (o meu bem por ai, nas esquinas e praias)
Os amores busco na intenção mais profunda
Em territórios perigosos, porém tentadores
Escapando dos horrores da catacumba
Abraçando a mais profunda filosofia das flores.
Jogo o acaso para o alto, confirmo a fluidez
Tenho a rigidez de um pé de eucalipto.
Ambientes adversos, alarido e mudez
Levando a crer que nunca fez tanto sentido.
O profeta sempre vem com boas novas
Nessa vida vigente, e na próxima sonhada.
Tudo há de se realizar – de um medo ou de outro
Do pavor do ser tranquilo – do que se aprova.
Churrasco rolando no cemitério, mendigo dando risada
Almas criando forma e corpo num Eu absorto.
Dialetos ao contrário, pá de cal...
Um radical conta a história de uma moça ausente
Que queria tudo novo, de novo, nessa vida presente
Todos os dias, agonias, enquanto esperava o arrebol...
O museu reformado e fechado,
Por que não inaugura novamente?
Ninguém se atura, na sua frente o espelho, ao seu lado...
Agora só há de se contentar com o seu eu incoerente.
Bossa velha, old wave, novo velho,
Bosta rolando pelo escaravelho
Guiado pelas estrelas, pelos cometas que passaram rente...
E nessa altura da mente, nesse ouro e prol,
Tudo é essa coisa que se renova num novo sol.
O amor costura o tempo, unindo o belo e o sombrio,
Num breve acalanto, surge o meu sorriso de vampiro,
Expondo os dentes para toda essa gente que admiro.
A mudança chegou, trazendo móvel velho e nova cama
Tirando-me da lama e colocando-me de gosto no frio.
Assim – chegar chegando –; assado – amou e ama.
Tudo é estalo que se acaba na última linha do fio.
André Anlub®
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