Quem caça um poema?
Já nem sei por onde anda
No gole, na gola, na manga
Nem sei de onde veio
Do ventre, da saia, do seio.
Sei que em bares é citado
amado e temido.
Sei que fica exposto aos olhos
e dos olhos sorve o pranto.
Das mãos às vezes é santo.
Dizem que é dissabor e contentamento
No seu corpo tem amor
no coração, lamento
Dizem a má e a boa língua
Que é terra, mar e vento.
André Anlub®
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PAPEL EM BRANCO
Ela sempre com seu jeito me comove
Eu, aflito...
O coração explode na calma
Emoção do amor ao extremo
Repito e sinto...
Chicotadas nas nádegas da alma.
Universo de intensa reflexão
Penso nela dia a dia, pernoites
Falando sozinho, rolando no chão
Uma loucura que me rasga o corpo
Um vazio nessa grande obsessão.
Fixo olhar no telefone que é mudo
Variando com meu relógio, inimigo
Só queria seu suor, ser amigo
Despedaço minha razão de viver.
A nobreza que há tempos me deixou
Irrelevante é saúde e paz
Amor próprio não considero existente
A tristeza sou eu mesmo quem faz.
Às vezes não sei porque me engano
Essa pessoa não existe pra mim
Se me flagelo é só em pensamentos
Se me desgraço só na mente me arranho.
Vou lhe dizer porque isso ocorre
Quem me socorria já está no seu fim
Inspiração, quem foi que disse que não morre
Já está sucumbida e enterrada no jardim.
André Anlub
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