é por ai...
A sombra às vezes persiste,
pula dias do ano
Imersão denso no escuro,
tal absurdo do orbe
Consome o cotidiano,
teia de aranha em negrume
Chuva de chorume, n
a aba do rabo do esnobe.
Firme igual prego na bosta,
aposta na bola da vez
Joga aleives aos ventos,
vertendo fogo nas ventas
Sem essa de estar sem tempo;
Com essa de não ter lucidez.
Agarra guloso a garrafa,
reza a cartilha
Troca o viver obtuso
pelo abstruso bronco
Num deleite birrento,
tenta boiar até a ilha
Pois quando o barco afunda
jacaré vira tronco.
Dormindo o domingo sagrado
O goleiro na capa da gaita
Sai safo de um frango imperfeito
É o defeito desse mundo breve.
Mas na vala de uma várzea, largado
Diz: “Tout n’est que rêve”.
Enfim, nesse próprio epítome
Onde índio quer só um apito
Palpitam sobre a vida míope
Medíocre misantropo erudito.
André Anlub
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