Iluminuras (5/1/10)
Não há ranhuras na efígie
Talhada em madeira de lei
Segue no caminho dos povos
Edificam as divindades de agora
Com os idolatrados de outrora.
Na memória da existência
Seu rosto, o mais belo e mais alto
Olhos em sobressaltos
Olham-me com o penar de mãe.
Abro célere uma leitura antiga
Centenas de iluminuras ambíguas
Todas recordam seu corpo
Letras do seu meigo nome.
Epístolas que permutam
No paladar da sabedoria
Tão antiga como a ironia
De amar sem lhe conhecer.
André Anlub
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