Ninho de Mafagafos (24/6/13)
Derrama-se a letra em solo fértil,
Dourado, fez-se de inspiração a Fênix.
Desenha-se, como um corte, o vil desdenho,
E no horizonte cria seu renque.
Pensamento no engenho, sua engrenagem...
(vê-se o gado - vê-se aragem)
De tudo que cair como chuva,
(foi-se a uva - põe-se a luva)
No ninho de mafagafos
É feito o vinho de boa safra.
Inspiração de araque? 
- Nem se cogita.
Regurgita o que nada vale,
E de um longo caso de afeto
Com o amadurecimento,
A escrita alto pronuncia...
Eu diria:
Paixão eterna.
E o texto da vida?
Ah! Ele por si só já é ele mesmo.
Pra tudo não ter sido a esmo...
Vamos aprender línguas estranhas,
Nos queimarmos andando na brasa,
Pisar no inferno, inventar artifícios,
No final ser o médico de um anjo caído.
A vida só é cruel para os inermes, 
que fazem tempestades em copos d’água, 
vivendo nas podridões como vermes 
e fazendo respiração boca a boca em suas mágoas.


Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos pela leitura.