Das Loucuras (cogito existencial e a preguiça de pensar sobre isso)
Ele era pirracento,
E na despedida disse:
Vai com dedo!...
E que nos seus caminhos Deus te elimine.
E assim vai costurando inimizades,
Na realidade de suas brincadeiras, segue firme.
Nada o inibe, a não ser a própria verdade...
A autenticidade das suas feridas num “autocrime”.
O frio gela os pés,
É o inverno que chega anabolizado.
É hora do almoço e a rainha saiu de fininho,
Foi ao reino vizinho comprar um guisado.
O rei, que nunca foi coroado,
Ficou sozinho, mas diz:
Antes só que mal acompanhado...
Não é nada, não é nada,
Sua refeição foi um peito de frango congelado
Com a macarronada da semana passada.
Pensa, logo existe...
Não é crime achar que essa frase não lhe cabe.
“Tenta” é prologo de “não desista”...
Agora sim, essa se encaixa, ele sabe!
Nas palavras de Kierkegaard, no livro O conceito da angústia:
“Existe calma e descanso; porém existe, ao mesmo tempo, outra coisa que, entretanto, não é perturbação nem luta, porque não existe nada contra o que lutar. O que existe então? Nada.”
Agora pôde seguir com mais calma a estrada,
Observando a mata e os pássaros, aos passos vagarosos.
Sentiu-se realizado, com a mente bem clara,
Enterrando problemas passados, encarando os novos.
André Anlub®
(25/5/19)
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