Das Loucuras (Inhotep)
Não faz pouco pois ele é um louco;
Um corvo que vive incluso na informalidade de um jogo
Em puro ouroboros, catando tesouros,
Em armadilhas há mais de quatro décadas...
Sua vida é um subir e descer caminhos fantasiosos
Faz seu ninho na beirada da sacada da emoção
Doce ilusão de poder desenhar seu futuro,
Num louco e profano absurdo de inspiração.
Um karma ser fantasma e carrasco de sua biografia;
Duas falhas: sonhar a esmo; não sair em busca de si
Os pecados camuflados e misturados com os atos afáveis
Os erros antigos são retocados a mão nessa revanche.
Já, vagarosamente refaz o começo
No traço que crio; na cria que obedeço.
A luz que sai por detrás das nuvens
Traz o abraço dos Deuses.
Vindo com o som do trovão mais absurdo
O corpo um pouco enferrujado, mas a alma incólume;
Recebe a benção da nova fase rumo ao futuro
Afrouxando as porcas de um sistema porco e duro
Que faz não sermos nós mesmo enquanto nos engole.
Mas somos absolutos e no fim derrubamos os muros,
Pintando de preto o clarão que cega, e de branco o lado mais obscuro.
Vem o som, a luz, o renegado...
Vai o intruso e entre suas pernas o seu rabo.
Sorrisos plantam árvores em montanhas distantes
Ao som de trompetes e as celestiais trombetas.
Novo elo; nova era. Foi jogada a pá de cal no mal que já era...
Ao vivermos dentro desse papel surreal e absorto que se inventa.
André Anlub®
(22/2/20)
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