Das Loucuras (morrendo e nascendo um par de vezes)
Fez da vida um livro aberto, com letras garrafais;
Os segredos estavam dispersos, em linguajar popular.
Ao alcance de todos tudo do bem e mal que há...
Um tapa de luva de pelica nos boçais.
Em garrafas de café ou jarras de chá,
A tristeza nunca fez moradia – e nem há!
Numa ação vagarosa e tardia – porém a tempo -,
A saudade à mente é transformada em alento.
Numa canção de momento; num ré bemol ou dó sustenido,
No rosto cai o pranto singelo com cheiro de lavanda.
Reclama da poluição e coloca plantas na varanda;
Estranha o silencio da noite e ouve som com fone de ouvido.
É um interlocutor de si mesmo recorrente,
Quebrando correntes, queimando falsas posturas.
Não há estresse na distração da mente
E aos montes saem as suas escrituras.
Sorri um sorriso verdadeiro que guarda em cumbucas de gelo;
Aquece o coração com o calor de um sol inventado.
Desvenda o futuro com os moldes de seu passado;
Chora por um amor que ainda não existe – por medo de não tê-lo.
Assim carrega os seus dias, com noites no meio;
Insônia, pesadelos; sonho bom, desvelos...
Vive na justificativa de se adequar ao seu povo.
Todo fim não justifica os meios – e assim aguenta o tranco –,
Chega ao fim da pintura com a tela em branco....
E começa tudo de novo.
André Anlub®
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