5 de março de 2019

Coruja divina


Está cheio de Krill se achando lagosta!

Feixe de luz na alma
prisma de paz e harmonia no coração
decorei com palavras a vida
sobretudo verdade e emoção.
Sem palavras, com argumentos
com intenções, sem pretensões
sem cenas, com acontecimentos
com e sem adequações.

Entrei pela vida...
Curtindo meu tempo,
Pois ele é curto!
Um absurdo...
Com tudo no mundo
E tudo voa ao vento.

Larguei a tristeza,
Cuspi na grandeza - com delicadeza,
Mostrei o dedo pro desgosto,
Com muito gosto.

Senti a brisa no rosto
Senti a alface no dente...
Soltei o tridente; soltei o encosto...

O último que apague a luz
E tranque a saída...
Saí pela vida.

André Anlub®

Coruja divina

Está aí o andarilho solene
que faz de outros momentos
as paixões e excitações
deixando o vil preconceito
que persevera em ser perene.

Num dia de sol ardente que valha
a muralha que por baixo é gigante
não protege seu corpo franzino
num palco de versos ululantes
de bons bordões qual malária.

Afiando a ponta da língua
anabolizada ao som de sereias
poemas escritos em areias
e músicas e rosas e tintas.

Vê-se a razão que não mingua
fala-se em matrimônios – mistérios
infindos sem afins nem começos
assim dá-se o nome de vida.

E lá se foi solene andarilho
buscando a grandeza que ensina
fazendo da vivencia uma causa
na cauda da coruja divina.

André Anlub®

(3/3/14)

Em memória:


4 de março de 2019

Fruto franco



Eu poderia amar-te mais do que tudo no mundo,
mas isto seria uma enorme redundância.

Fruto franco

Estreia uma nova forma de amar
na verdade, não tão nova assim.
Vivendo um dia de cada vez
sendo verdadeiro e oportuno.
Renovando, a cada sol nascer
Inovando, a cada breu noturno.

Na tez, uma coloração, degrade do arrebol
ilumina por vez o ser sincero, dedicado.

Alma é força e lume
sentimento ao cume
fez da idade, moça.

Com o tempo torna-se rotina
surge, na surdina, o sentimento maior.
Ao som de grandes esperanças (high hopes)
pesando na balança
mudança, procura e sina.

André Anlub®


3 de março de 2019

poética, dialética aritmética e dislexia



Manhã de 12 de setembro de 2013
(com poética, dialética aritmética e dislexia)

É a tal: por favor, aguardem contato, anunciaram a chegada na hora; cheira forte e choca os olhos, queima a pele e dá até barato. A caça do homem no largo lago (um peixe e a saudade no prato) é a lágrima que chega mansinha no sorriso da boca na esquina. Fez louca a agonia do peito e a merecida alegria no tato. Fez da arte gato e sapato, do seu jeito só nesse feito. Alguém pergunta o que sugerem pra hoje: o cardápio está em letras gregas. Vejo estátuas sem todo o braço, ouço o voo de moscas varejeiras. Vem bom humor e o pavor de perdê-lo, o problema é mais que emblemático; vem matemático e fica cabreiro; vem o cosseno, o seno e o quadrado. E no porta-retratos a verdade, a neurose que
não faz sentido; indo à toa, à tona e a esmo, não é o mesmo que felicidade.

André Anlub 

Obs: as imagens do site são meramente ilustrativas; as imagens postadas, na maioria das vezes, nada tem a ver com o texto.



1 de março de 2019

“bucolicozidade”


Despedida parte V
“bucolicozidade”

Sol parou de lascar seu beijo quente no asfalto,
Fim de tarde em mais um dia;
Ônibus passa, crianças voltam a brincar de bola,
Roupas voam nos varais
E levam o cheiro do café e pão frescos;
Pessoas passam com suas sacolas
E o bucólico torna-se culminante.

Viajo no espaço por um instante,
Meu corpo suado – estafado – planeado 
Quase que quase atravessa o país;
O cheiro da minha casa penetra o nariz...
Fina flor que invento para a comodidade.

As pernas hoje pediram longa rua,
Queriam andar e ver novos caminhos.
Sons se repetem, as horas ecoam sozinhas,

O tempo estaciona e me açoita nas nádegas.

Meus olhos buscam novos rostos,
Tristes ou alegres, mas novos: olhos e rostos.
Amanhã tomarei coragem e o café bem quente,
Irei à luta, sair novamente, quero rua.

A perpendicularidade do raciocínio
Chega a desafiar a gravidade.
Nem sei a gravidade desse desafio,
Prefiro distrair minhas ideias, escrever.

Amanhã é outro dia, é nova sexta-feira...
O tempo vai ter que mexer e me mexer.

Despedida VI 

Foi dada uma pausa no ponteiro dos segundos,
É aquela noção de congelamento;
Senti-me voando num céu de brigadeiro
Vendo as formigas da cidade grande.

O alerta foi dado ao público,
Nisso, nessa, nossa, “bola”. 
O amor pode estar parco
E não é desesperança...
É realidade. 

Então façamos assim: 
Mais afeto/abancar coragem,
Engraxar engrenagens,
Largar a flecha e o arco
Pegar os rumos,
Pegar os remos e flores
Abarcar e embarcar
Nos amores...
E, “de quebra”,
No majestoso barco.

Tiraram a pausa do ponteiro,
Acabaram com o imbróglio,
Vou por meus pés na estrada.

A vida é curta quando é corte;
A vida é longa quando é logo.

André Anlub®




28 de fevereiro de 2019

Dueto LXXIX


Não vim ao mundo para durar; quem dura é pilha de marca e conselho de avó; vim ao mundo para fazer o que gosto, ser feliz e ter qualidade de vida à minha maneira. Vivo sem me preocupar com o tempo de estadia.

Tristes tempos de dependência política em que, dado um fato importante, uma ideologia espera a opinião da antagonista para assim continuar sempre sendo do contra.

Dueto LXXIX

Cavalo selvagem procurando o vento da liberdade na liberdade do vento.
Campos verdes em ares puros tendem à sensação inócua de nada ocorrendo.
Nada ocorre mas tudo corre: as patas do ansioso devoram o chão de pedras, o chão de lama, qualquer chão.
No agito da passagem a calmaria afoga-se, o fogo envolve a cena da vida e enfoca-se no céu o pleno escarcéu.
As narinas nervosas perscruta: há sempre um mais além que pode ser o definitivo. Correr a ele, pois.
E o galopar antes e depois, ontem e hoje: há sempre a necessitada marchada, com a parada, descanso, sono e sonho.
A dança das crinas no ritmo irregular e nos beijos do vento cortante chega a seu corpo como uma carícia áspera.
Num relance saí da várzea um laço errante de moléstia e desatino, que se lança em alvoroço ao alvo no pescoço do equino.
Coisas do destino. Num desatino, ele quer ainda galopar, ginete dono de si mesmo, bebendo espaços com a força dos músculos jovens.
Mas o laço laça-lhe a pretensão, amarra-lhe a ousadia e ele sucumbe ao desleixo do homem mundano em desengano, tentando domar o mundo quando não doma nem a si mesmo.

Rogério Camargo e André Anlub
(28/2/15)


26 de fevereiro de 2019

Excelente final de tarde aos amigos



Branca paz, vermelho sangue e azul turquesa
Sobre a mesa fria... Uma marmita e um finado
Uma carta em uma trincheira e o soldado
Traição, vida e morte – (in) realezas.

Pousando na realidade dos princípios, meios e fins, sem a presunção do perene; com a benção do meu cerne; voo novamente feliz e quando quero, dentro de absurdos devaneios, fora de obtusos horizontes, na serenidade que me confere. Não, não sou filósofo, nem profeta, minha linha não é nada reta; às vezes sou prólogo e prolixo, com muitas marcas e metas, enfrento, flerto e afago as cacholas abertas. Sou anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas minhas loucuras.

André Anlub

24 de fevereiro de 2019

Excelente semana aos amigos

"Segundo uma lenda do século XIX, a Verdade e a Mentira se encontram um dia. A Mentira diz à Verdade:” Hoje é um dia maravilhoso “! A Verdade olha para os céus e suspira, pois o dia era realmente lindo. Eles Passaram muito tempo juntos, chegando finalmente ao lado de um poço. A mentira diz à verdade: “A água esta muito boa, vamos tomar um banho juntos!” A verdade, mais uma vez desconfiado, testa a água e descobre que é realmente está muito gostosa. Eles se despiram e começaram a tomar banho. De repente, a Mentira sai da água, veste as roupas da Verdade e foge.
A Verdade, furiosa, sai do poço e corre para encontrar a Mentira e pegar suas roupas de volta.
O mundo, vendo a verdade nua, desvia o olhar, com desprezo e raiva.
A pobre Verdade volta ao poço e desaparece para sempre, escondendo-se nela, sua vergonha. Desde então, a Mentira viaja ao redor do mundo, vestida como a Verdade, satisfazendo as necessidades da sociedade, porque, em todo caso, o Mundo não nutre nenhum desejo de encontrar a Verdade nua ”. 


A mundialmente famosa pintura 
“A Verdade saindo do poço” Jean-Léon Gérôme, 1896. 

Via Andréa Horta

Apoteose poética/divisor de águas.


Apoteose poética/divisor de águas.

Na sombra dos medos nasceu o pé de luz (meu pé de cabra arrombador de Eus). E o pé cresceu – se ergueu, ficou forte – criou porte, deu frutos, assim... Amadureceu a chave do mundo – a chave de tudo e futuro eternizado: chavão. Janelas se abrem; se abrem cortinas e vem o beijo do sol e vem penetrando o clarão. Mistérios nas nuvens, e obtusos e abstrusos e absortos. Abriram-se dentro de um aberto brilho no imaginativo castelo os portões. As notícias melhoraram com o céu lavado, o infinito ficou mais perto; ouço aquela menina me chamar para um drink no escuro, ou no inferno, “a la Tarantino”. Visões de queijos, vinhos – paladares de bocas e intestinos, tudo faz sentido de alguma forma. Há um gigante ou há um anão entre o rei e o umbigo, decididamente isso é de fato uma norma. Já ouvi a menina exibindo cantando que nada a deprimia... E depois sumia. Talvez fosse para outra galáxia ou talvez tocasse violino para inspirar um milhão de alguém. Lá vem um inverno rigoroso... Vou colocar um casaco, deitar, ler e tirar um cochilo. Na luz da coragem o pé de luz cresce (além de contador de história, da necessidade de mentir, objetivos, escritos e glórias). Até coloquem palavras em minha boca... Mas que nasçam poesias. Não, não é meramente escrever poesias... É desenhar sentimentos. 

André Anlub


Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.