16 de maio de 2019

Excelente noite de quinta a todos


somewhere i have never travelled,gladly beyond
any experience,your eyes have their silence:
in your most frail gesture are things which enclose me,
or which i cannot touch because they are too near
your slightest look easily will unclose me
though i have closed myself as fingers,
you open always petal by petal myself as Spring opens
(touching skilfully,mysteriously)her first rose
or if your wish be to close me,i and
my life will shut very beautifully,suddenly,
as when the heart of this flower imagines
the snow carefully everywhere descending;
nothing which we are to perceive in this world equals
the power of your intense fragility:whose texture
compels me with the colour of its countries,
rendering death and forever with each breathing
(i do not know what it is about you that closes
and opens;only something in me understands
the voice of your eyes is deeper than all roses)
nobody,not even the rain,has such small hands

- e.e.cummings



Das Loucuras (babuíno na balbúrdia)


Outubro de 1979 - Bebendo um refri na cantina da Academia Carlson Gracie de Jiu-Jitsu (Copacabana)

Das Loucuras (babuíno na balbúrdia)

Rock balbúrdia na boa
Lembrou-me Rocky Balboa
Cinema do bairro lotado
Enlatado encalhado noutra esquina.

Vamos que vamos às águas claras e calmas,
Elevando à alma os imaculados pensamentos.
Os pés preparados para terrenos íngremes e difíceis,
Monges aos montes espalhando fomentos.

Não é fogo de palha, é fogo extremo...
A tarde que cai no buraco do esquecimento.
Meias verdades, verdades inteiras...
Um exército de paz com canhões e trincheiras.

Voltamos ao lutador de boxe na ativa...
Aqui jaz a inércia; aqui vem a experiência.
Samba pra cá, traz o drink e a desobediência...
Hoje é festa com poesia, som e expectativa.

Ou enfrentamos o marasmo ou ele nos engole...
No gole, no trago – não galego, eu não trago angústia.
Há de se ter alegria para distribuir ao vento,
Deixando ao relento tudo que não é rebeldia.

Absolutamente, sem precedentes vamos às ruas...
Levando ideias, lavando aldeias, louvando índios.
Quero ver o mundo inteiro com a pele nua...
Debaixo de uma Lua que engoliu todos os princípios.

André Anlub®
(16/5/19)



Das idolatrias



Será que a paz que busca pessoas que a prezam... Anda sumida?
Será que as rezas que são os matrimônios de descansos e paz...
Quebraram, fundiram ou nunca existiram?
Nada disso...
Não percamos a fé!

Das idolatrias

Brotaram no desabrochar dos lindos campos
Suas essências... Deixadas como folhas em vendavais
Voando, vagando, sem destino por entre pensamentos e alentos
Como mãos que tocam almas, fazem de harpas sons siderais.

Do seu grito que alcança o espaço
Ensurdecendo, de forma assustosa, supostos deuses e planetas.
Como se fosse aço derretido
Incide uma lágrima densa, que se encandeia e torna-se magma.

A magnitude do seu olhar...
Capaz de fazer dois mundos se apaixonarem
Das luas... pequenos vaga-lumes
De mim... o que quiser.

Meu ar, meu chão.

A imponência de sua respiração é sublime sopro...
Ah, dessa nem devo falar...
Mais bela e importante de todas...
A criação.

André Anlub



15 de maio de 2019

Das Loucuras (estruturar, reestruturar, bagunçar a quebrada)



Das Loucuras (estruturar, reestruturar, bagunçar a quebrada)

Olhos soltos, gordos, castanhos, desenhados a lápis...
Sonhados, admirados e relembrados à exaustão. 
Os dois se abraçaram um dia – como irmãos...
Amadurecer é estar a par que as esperas não são achaques. 

Eles preferem o clima de frio seco à umidade,
Escutam àquele jazz sem comparação – talvez não;
Valem o preço de suas inexigibilidades,
Não dão valor algum para a in(ad)equação. 

Estruturar, tropeçar, cair, sentir a ressaca guerra;
Reestruturar, bagunçar novamente a quebrada...
Ir de encontro à pedra... Viver (é o que se espera)...
Não precisar escrever ou dizer mais nada.

Olhos fechado em transe após a “transa” arteira;
Corpos suados focalizados num banho de cachoeira.
O vinho obscurece o caos – coisa sem nexo;
A lua imaginária ilumina a cama – casal em sexo.

Dentro dessa janela não há choro nem vela ou breve momento;
Não há escasso espaço, pouco amaço, achismo ou açoite...
Vale o fragmento de vento que acaricia ele/ela nessa noite;
Estão felizes na queima da paixão que estava perdida no tempo.

André Anlub
(14/10/17)



Das Loucuras (tal tempo)

O rio fica mais frio ao passar pela sua casa
A doçura do tempo que se quebra com ele
As coisas que vem e vão e se miram no espelho
São os deuses forjando politica na praça

Fizeram o exame sem vexame
Pois foram mordidos pelo enxame de abelhas...
As orelhas inchadas, as enxadas chafurdavam na areia, 
E todos olharam com afinco todos os próprios erros
Esculpiram ali, reformaram aqui, o sangue corria na veia...
Agora deixaram só as cabras reclamando aos bezerros.

A mensagem exagerada foi dada
Os dados jogados aos jogadores de dados...
Os pés novamente na estrada
E os peixes sorriram quando tudo foi alagado.

A buzina na cachola chacoalhava suavemente a bandeira e o suingue
Danças e festas, rebeliões, pés frenéticos ao embalo sísmico...
E na China tudo estava num automático pensamento crítico,
Num liga e desliga de socos na guerra dos Boxers no seu ringue.

A mensagem dessa vez foi recebida
Ecoada na toada dos tempos cheios e tempos vazios.
A caneta na mão tremia com o frio,
E na estante a garrafa chorava vazia.

André Anlub®
(15/5/19)


Das Loucuras (Pascoal, os Montes: Hermeto e Meirelles, entre outros)


Das Loucuras (Pascoal, os Montes: Hermeto e Meirelles, entre outros)

Os ouvidos atentos,
O barulho acaricia e carece de concentração.
Deitado no sofá só falta também a paisagem...
O momento é de meditação;
Os olhos se fecham e decola-se rumo à viagem.

Com Hermeto eu me meto, e o consagro;
Com o Meirelles, dos dois “l”, também.
Os batuques primíssimos que são levados,
Lavo minhas mãos junto com a alma,
Levo minha vida desde então.

A variação de postura de identidade,
Do Eu monstro para o Eu normal,
Ultrapassa o etc. e tal, vai à fonte,
Pois bebe tanta água que passarinho não atreve,
Desintegrou o reflexo abstêmio,
Blasfêmia com a cena que se oferece.

Um transgressor de si mesmo;
Quase um boxer no ringue do espelho.
Nocaute no encalço da alma que voa leve,
E não se atreve e fingir não conhecê-lo.

A percussão de sua vida já foi mais frenética,
Rock zeppeliano, um viver espanéfico,
Quase usava um pano de prato de cueca.

O suingue atual é de jazz,
Mas com forte batera...
Corre lá e cá,
Corrimão ao planear sua galera nua boa,
Imaginativa serpente de asas,
Sem peçonha, sem pessoa.

André Anlub®
(25/9/28)


14 de maio de 2019

Das Loucuras (rundll32.exe)



Das Loucuras (rundll32.exe) 

Eta, o som da música estava porreta,
Havia uma harmonia no instrumental.
Aquela percussão ritmada no compasso dos astros,
Aquele contrabaixo que era o bicho, um arraso...
Genial, lâmpada mágica, gênio do bem e do mal.

A iluminação estava o “cão”,
Tudo encontrava-se sempre em ação.
Qualquer coisa ruim, pra baixo,
Batia partida às avessas.

A energia estava tão forte
Que se dilatava do centro da terra ao céu.
E ao Léo, e ao Lido, aos vices e vícios...
E também às vespas e versas.

Tragam a coroa para o Rei;
Mas esperem o efeito da moqueca apimentada passar.
Sairá de um trono rumo ao outro – “é de lei”...
Há de um mundo de incenso queimar.

Não é bom em dar conselhos,
Mas os recebe bem;
Pensa no tempo que se perde
No querer aparentar que tudo entendeu.

Há prazer no vagar vago, vagão de trem em vistosa viagem; 
Há prosar no pesado, vê-se leveza no bem querer...
Vende-se a vertigem virgem no copo que não bebeu.

Eta, a luz da lua bateu na mente num infinito romantismo...
E no mar o sorriso largo fez espelho.
Pegou força, desfez desencontros;
Assumiu o sumiço dos seus fantasmas...
Principalmente a fobia de não aceitar seu otimismo.

Quer dança, festividades, saúde, amores e ponto.
Pronto... Parágrafos inúteis surgirão quase sem fim...
Penhora de linhas perdidas no tempo...
Mas o que fazer? 
O poeta quis assim.

André Anlub®
(Petrópolis/RJ – 2/9/18)


Das Loucuras (Ela, Elaine e a adrenalina de Adriane)


Das Loucuras (Ela, Elaine e a adrenalina de Adriane)

Bocas se mexem juntos com suas mechas do cabelo...
Crespo, comprido, vermelho.
Meticulosamente as mãos são dadas – sem pretexto;
Mas suadas, sem querer
Pressentem o subsequente texto.

Há um terceiro amor entre elas,
O colorido pode se tornar ainda mais aquarela.
A anuência é que há de se fazer janela no lugar de grade...
Sorrisos à parte, os lábios se beijam sem queixas,
E estala então o aval da reciprocidade.

Elaine é mulher guerreira, tem a alcunha de Lorein...
No reino é povo, rainha, rei – cem mil mulheres em uma.
Ficariam o ano enumerando seus predicados – mas em suma:
Forte, decidida, olhos vivos, mãos e pernas “de matar”.

Também fiel, fêmea de alma linda, excelente filha e mãe exemplar.

Adriane é um pouco insegura, traz a alcunha de Andja
Mulher felina, sagaz, com fé, heroína que transborda paz.
De dia é camaleão de cores; a noite se camufla na escuridão...
Roga sonhos, rega amores, rasga o céu que lhe apraz.

Ainda é andarilha e relutante, com um pé à frente e o outro atrás.

E Ela? 
Ela é um segredo que com o tempo varia...
Pássaro que chega com a minhoca no ninho.
Um dia caminha comendo pitanga,
Pode ser flor, pode ser espinho...
Às vezes voa sob os olhos de Maria.

É nuvem branca que ninguém alcança,
Sabor doce nas línguas mais azedas;
Pega a separação e demuda em aliança,
Água que escorre descendo alamedas.

Vive em tempos novos e flerta com os antigos...
É Stevie Nicks, Sosa, Joplin, Joni Mitchell;
É Roberta Sá, Pitty, Elza, Alice Phoebe.

Mulher de porte e de sorte – todas numa só...
Contornos, carícias, fetiches – haja nó.
Constrói o próprio norte – tem poder para isso...
Vivem juntas, bocas conjuntas – alguém com isso?

O amor em explosão atômica, aliança sem cobrança,
Derrubando preconceitos, espalhando esperança,
Ela pode ser Ella, Nina, também Esperanza,
Diane Krall, Julie Byrne, Alice Coltrane...
Pode ser trem, pode ser zen, Billie Holiday.

André Anlub®
(08/11/2018)

Biografia quase completa






Escritor, locador, vendedor de livros, protético dentário pela SPDERJ, consultor e marketing na Editora Becalete e entusiasta pelas Artes com uma tela no acervo permanente do Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC/BA)

Autor de sete livros solo em papel, um em e-book e coautor em mais de 130 Antologias poéticas

Livros:
• Poeteideser de 2009 (edição do autor)
• O e-book Imaginação Poética 2010 (Beco dos Poetas)
• A trilogia poética Fulano da Silva, Sicrano Barbosa e Beltrano dos Santos de 2014
• Puro Osso – duzentos escritos de paixão (março de 2015)
• Gaveta de Cima – versos seletos, patrocinado pela Editora Darda (Setembro de 2017)
• Absolvido pela Loucura; Absorvido pela Arte
(Janeiro de 2019)

• O livro de duetos: A Luz e o Diamante (Junho 2015)
• O livro em trio: ABC Tríade Poética (Novembro de 2015)

Amigos das Letras:
• Membro vitalício da Academia de Artes, Ciências e Letras de Iguaba (RJ) cadeira N° 95
• Membro vitalício da Academia Virtual de Letras, Artes e Cultura da Embaixada da Poesia (RJ)
• Membro vitalício e cofundador da Academia Internacional da União Cultural (RJ) cadeira N° 63
• Membro correspondente da ALB seccionais Bahia, São Paulo (Araraquara), da Academia de Letras de Goiás (ALG) e do Núcleo de Letras e Artes de Lisboa (PT)
• Membro da Academia Internacional De Artes, Letras e Ciências – ALPAS 21 - Patrono: Condorcet Aranha

Trupe Poética:
• Academia Virtual de Escritores Clandestinos
• Elo Escritor da Elos Literários
• Movimento Nacional Elos Literários
• Poste Poesia
• Bar do Escritor
• Pé de Poesia
• Rio Capital da Poesia
• Beco dos Poetas
• Poemas à Flor da Pele
• Tribuna Escrita
• Jornal Delfos/CE
• Colaborador no Portal Cronópios 2015
• Projeto Meu Poemas do Beco dos Poetas

Antologias Virtuais Permanentes:
• Portal CEN (Cá Estamos Nós - Brasil/Portugal)
• Logos do Portal Fénix (Brasil/Portugal)
• Revista eisFluências (Brasil/Portugal)
• Jornal Correio da Palavra (ALPAS 21)

Concursos, Projetos e Afins:
• Menção Honrosa do 2° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Brava Gente Brasileira”.
• Menção Honrosa do 4° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Amor do Tamanho do Brasil”.
• Menção Honrosa do 5° Concurso Literário Pague Menos, de nível nacional. Ficou entre os 100 primeiros e está no livro “Quem acredita cresce”.
• Menção Honrosa no I Prêmio Literário Mar de Letras, com poetas de Moçambique, Portugal e Brasil, ficou entre os 46 primeiros e está no livro “Controversos” - E. Sapere
• classificado no Concurso Novos Poetas com poema selecionado para o livro Poetize 2014 (Concurso Nacional Novos Poetas)
• 3° Lugar no Concurso Literário “Confrades do Verso”.
• indicado e outorgado com o título de "Participação Especial" na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas/Salvador (BA).
• indicado e outorgado com o título de "Talento Poético 2015" com duas obras selecionadas para a Antologia As Melhores Poesias em Língua Portuguesa (SP).
• indicado e outorgado com o título de Talento Poético 2016 e 2017 pela Editora Becalete
• indicado e outorgado com o título de "Destaque Especial 2015” na Antologia O Melhor de Poesias Encantadas VIII
• Revisor, jurado e coautor dos tomos IX e X do projeto Poesias Encantadas
• Teve poemas selecionados e participou da Coletânea de Poesias "Confissões".
• Dois poemas selecionados e participou da Antologia Pablo Neruda e convidados (Lançada em ago./14 no Chile, na 23a Bienal (SP) e em out/14 no Museu do Oriente em Lisboa) - pela Literarte

André Anlub por Ele mesmo: Eu moro em mim, mas costumo fugir de casa; totalmente anárquico nas minhas lucidezes e pragmático nas loucuras, tento quebrar o gelo e gaseificar o fogo; não me vendo ao Sistema, não aceito ser trem e voo; tenho a parcimônia de quem cultiva passiflora e a doce monotonia de quem transpira melatonina; minha candura cascuda e otimista persistiu e venceu uma possível misantropia metediça e movediça; otimista sem utopia, pessimista sem depressão. Me considero um entusiasta pela vida, um quase “poète maudit” e um quase “bon vivant”.

Influências – atual: Neruda, Manoel de Barros, Sylvia Plath, Dostoiévski, China Miéville, Emily Dickinson, Žižek, Ana Cruz Cesar, Drummond
Hobbies: artes plásticas, gastronomia, fotografia, cavalos, escrita, leitura, música e boxe.
Influências – raiz: Secos e Molhados, Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Mutantes, Jorge Amado, Neil Gaiman, gibis, Luiz Melodia entre outros.
Tem paixão pelo Rock, MPB e Samba, Blues e Jazz, café e a escrita. Acredita e carrega algumas verdades corriqueiras como amor, caráter, filosofia, poesia, música e fé.