São cacos, sim. Cacos
que brilham ao chão
Turbilhão, tubarão
Caçadores de mim
A vaidade não me impele
Minha idade, um querubim
Em sonhos me revele
voar para além do fim
São sonhos, sim. Sonhos
que navegam pra fora da escuridão
Intenso e extenso, em puro lume
Vagalumes risonhos
Levo no meu cajado rebanhos
Permito-me à imaginação
semeio contos, romances e ilusão
e colho estrelas com brilhos tantos
Constelo um novo céu
que na retina se refaz
Volto então ao turbilhão
Aos anjos e luzes
No papel o fel da plenitude
Vasto na embriaguez ao léu
Abro mares intensos,
correm todos os eus, escarcéu
arranha-céu de folhas desnudas,
regadas de tinta e sal
Novamente os cacos e sonhos
cruzam minha incerta estrada
O perdão de fala abrupta
Sinceridade exposta nessa caminhada
Assento em calmaria a brasa
para aquecer o frio, a queda, toda jornada
Substituo frases, texto e poemas
por silêncio, mantra e um sorriso
Acompanhada de mim sigo
encerrando aqui o turbilhão de teoremas
André Anlub e Bia Cunha
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Agradecemos pela leitura.