Minha escrita II (2010)
De repouso entre um suspiro e outro
acamado entre o amar e ser amado
coração bate forte sendo fraco
pensamentos voam soltos, indo alto.
Minha escrita está submersa em azul anil
com sentimentos verdadeiros e inventados
vagueia entre o real e o senil
persegue o concreto e o abstrato.
Língua solta e comprida
profere idiomas mal falados
e alados levam poemas declamados
aos ouvidos que se deixam ser ungidos.
Uma dor quase sempre vira escrita
escrivaninhas, com papiros, suas penas, velhas tintas
o que não se limita, muitas vezes quer ser lido
e o que é lido no respeito não se imita.
Segue assim até nascer do branco pó
o rebento que do chão fica de pé
que se engasga com as empáfias, o alento
por um momento ri de todos ao redor.
André Anlub®
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