Quando o além não apetece
É nossa inovação da alma
quando se dança na chuva mais gélida
sorrindo com uma boca sincera
perdoando e pedindo perdão.
Degusta-se livros em madrugadas
mesmo com o barulho interior.
E no silêncio que faz a lua na rua
medita-se sobre a divisão do pão.
Os tempos são outros
ainda há consciência
mas persistem doenças
pragas velhas e novas
dos corpos, das almas
que se enraízam na inocência.
As derrotas nos assombram
com a perda da transparência
lembrando do inquieto vai e vem
em tempos idos de outrem.
E agora, muitos “saem e não veem”
baseados em livros não lidos
que fazem de alguns quietos
os guetos e gritos
da dor dos oprimidos
ou de um mero joão ninguém.
As lágrimas são abundantes nos olhos
mas também em rios e mares
e se não tornarem ímpares, os pares
nunca veremos além.
André Anlub®
(08/04/13)
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