De bobó vendo Sassá
(este é para poucos)
Foram e já foram épocas em diferentes gracejados
Nos gingados de danças leves, livres e levados... que tanto lavam:
Ampolas de cevadas – embolias de folias.
Aquele todo o sol, sim,
Aquele sol diferente,
Aquele sol como teto,
Tinha o chão ébrio de areia
Com a mais perfeita limpidez;
Abaixo viviam vidas sem vaias
E no ar o perfume que provém de sereias...
Vidas vividas em autopistas,
Sem placas, beiradas,
Sem pistas ou margens,
Que cercavam o sensato
Num ato de fantasia.
Companheira súbita da bobeira (bobó),
Vendo e vivendo a besteira (Sassá)...
Clara embriaguez!
Deram-se muitos ruídos – compilados assobios,
Sons de chamados em hinos – estonteante agudez.
Apareciam aos montes: bicicletas, carros, motos, pernas...
(“ratatá – vaquinha”)
Confrades amigos, todos um só umbigo,
Abrigos de trevas e luz.
E assim foi-se, assim foi o que prestou e presta:
Guerreiro abatido – sobravam-lhe mãos.
Guerreiro venceu – mais outra festa.
Sobram são memorias, abraços de bom-dia...
Sobra também a empatia que eternizou a afeição.
Foi-se um tempo mais claro,
Mais belo e farto – faca afiada,
Que na mais pura verdade:
É a saudade que ainda corta o coração.
André Anlub®
(21/9/14)
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