Posted by Guilherme Ribeiro on Sábado, 3 de outubro de 2015
Aqui dentro
Há um amor que trabalha arduamente por tudo e todos, por dias e anos e até no sem fim. Existe o rugido de uma fera risonha, que toca e cura, enxerga e expurga a semente obscura. Há a melancolia de cartas queimadas, amores deixados em tempos partidos. Há fotos nos porta-retratos sempre alteradas, do preto e branco ao colorido sem brilho. O ontem no calendário, transtornado e aflito por fazerem dele um amanhã vazio. Há boatos de sorrisos, também falos umbigos de mentes mecânicas e corpos esguios; na uva, na ameixa, na seda, na beleza completa da mão que acaricia um rosto pelas manhãs; sem esquecer-se do elemento esticando as curvas em linhas retas de traços rompendo dimensões num ingênuo abraço. Tem limão e tem dente de alho, e o pagão reservou seu lugar para o paladar em sacrifício; agora sai em desafio, correndo no meio fio e folhas deixadas voando dos livros de Ana Cristina, de Sylvia Plath e companhia para outros olhos no cio. (Inspirado no escrito “lá fora” de Ana Cristina Cesar)
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