Terminou a conferência em Paris organizada
para que se tomasse alguma atitude em relação ao aquecimento global. Sinto
muito, mas não consigo entrar no clima de euforia que tomou conta de algumas
declarações. O Secretário Geral da ONU foi às lágrimas com a emoção do momento.
O Ministro francês encarregado de encarregar-se dos encargos também. Deve ser
gente que chora fácil. Ocorre que, mesmo admitindo o perigo, os cacicões
estabeleceram a meta de 1,5 graus no máximo de aumento na temperatura quando o
limite para catástrofes ocorrerem nos países insulares é 2 graus. Outra coisa: as providências devem começar a partir
de 2020 e deixou-se brecha para que comecem mesmo em 2030. Mais cinco anos (ou quinze) de
produção industrial frenética desenfreada vão fazer muita diferença: para pior.
Se as resoluções do Grande Encontro apontassem para medidas radicais imediatas já
seria de desconfiar. Porque uma coisa é querer. Outra é poder. E quando o Poder
não quer, podemos todos tirar o cavalo da chuva, porque ela vai ser ácida.
Rogério Camargo
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