Me acordem... Me diga que isso é um pesadelo... Quando a gente pensa que já viu toda a desgraça de um país que todo dia...
Publicado por Laura Jane Lopes Barbosa em Terça, 26 de janeiro de 2016
Politicagem 2010 (do livro “Poeteideser”)
(Música originalmente escrita em 2004)
Se liga que vou te contar agora
Como acontece essa triste história:
O lado mais pobre um trabalho árduo
E o outro lado representa a escória.
Uns morrem de fome numa fila,
Outros compram porcelana;
Uns se perdem da família,
Outros brigam por herança.
Viver com dividas não é vantagem
Você é quem paga essa politicagem.
É vereador, deputado, senador ou presidente.
E o povo está doente – está sem dente – está demente.
Politicagem os babacas e as bobagens.
Cara de pau, ipê, jacarandá...
Até onde essa zona vai parar.
Pra tudo ele tem resposta
Sempre uma proposta
Sem jeito, indecorosa.
Sobe em um palanque:
- um terno, uma gravata,
Com um sorriso
Preparando a mamata.
Estende as mãos
Estende os braços
Desfaz-se em pedaços
Tudo vai resolver.
O mundo ficar quadrado
O inferno, congelado
É só ele prometer.
Já sabem de quem eu falo?
Mas é melhor, eu me calo
Se não, vão me prender.
Vou indo sem rumo sem graça
Andando por toda praça
Até desaparecer.
Viver com dividas não é vantagem
Você é quem paga essa politicagem.
É vereador, deputado, senador ou presidente.
E o povo está doente – está sem dente – está demente.
Politicagem os babacas e as bobagens.
Cara de pau, ipê, jacarandá.
Até onde essa zona vai parar.
Num pais que reina a violência,
O governo uma indecência;
Discursos sem coerência
Sem jeito nem vontade de mudar.
Vai chegando à época
Aparece a solução
Para fome, os buracos, o transito...
É eleição!
- Aumento de salário,
- Acabar com as filas
- Escolas para as crianças...
É ilusão para as famílias.
Invadem os rádios, os postes e a tv,
Depois o sujo (o porco) é você.
Enganam o povo, falam mentira,
Estão loucos pra mudar lá pra Brasília.
Mas essa história não termina aqui,
Sem um emprego virando faquir.
Faça uma greve, vá para as ruas,
Saia da lama...
A escolha é sua.
E assim levamos a vida,
Abrindo e fechando a ferida,
Lutando pra isso acabar...
Durmo assustado também,
Rezando esperando alguém,
Pra tudo melhorar, amém.
André Anlub
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