Coração partido
Foi-se, que agora a foice veio com destreza,
Separando o belo da realeza; talhando a beleza em duas partes.
Viu-se derramar um sangue azul, quase turquesa;
Ouviu-se o doce cantar da ave, quase em alarde.
Nacos, fragmentos, lamentos, nada parcos...
Espalhados ao chão como colcha de retalhos.
A luz adentrava acanhada, cabisbaixa e em silêncio,
E por um momento o girar do mundo estacionava.
Perdido, em derradeiro suspiro, o coração fez-se em eco,
Voltado à saudade, abraçando imagens de contentamento.
Foi-se tal tempo, mas há de vir/ver o novo e leal tempo...
Rescindindo o vil silêncio; reacendendo o vão cego.
Memórias que abrem uma janela e colam seus bocados,
Estancando o sangue na esperança do vindouro;
A prata tornando-se ouro, diante disso torna-se nada...
Achado, em novo encargo, vê-se reconstituído, fortificado.
André Anlub
(31/1/16)
Via: Grimoire
"Cara Amada camarada Kolontai
Em 26 de fevereiro de 1869 nasceu em São Petesburgo Nadezhda Krupskaia, revolucionária e pedagoga comunista.
Por sua participação nas greves de 1896 foi presa e deportada para a Sibéria, onde escreveu sua primeira brochura, "A mulher Operária", que desempenhou significativo papel na tarefa de incorporar as mulheres russas ao trabalho revolucionário.
Após o período de deportação, em 1901, participou na produção do primeiro jornal marxista ilegal de toda a Rússia, o Iskra (Centelha), que mais tarde virou não só um "propagandista e um agitador coletivo", como também um "organizador coletivo".
Em março de 1915, foi delegada à Conferência Internacional de Mulheres, realizada em Berna, por iniciativa de Clara Zétkin. Após a Revolução de 1917 fez parte do Colégio do Comissariado do Povo de Instrução Pública, onde lutou para dar fim ao analfabetismo.
Em 1927, no XV Congresso do Partido, foi eleita membro do Comitê Central e atuou como deputada no Presidium do Soviete Supremo da URSS.
Faleceu em 27 de fevereiro de 1939."
(via Heitor Cesar Oliveira)
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