Assim começa a história:
Tatuou todo o seu corpo - sem treta -,
E para não fazer desfeita,
Deixei que tatuasse toda a minha memória.
Das Loucuras (contabilização dos zeros)
Na placa de vende-se
O sofisma disfarçado de habeas corpus;
São tantos nós querendo deixar o mundo dos espertos.
E ele indiscreto,
Hiante com seu olhar cínico de soslaio...
Abre o balaio-de-gatos,
Expõe seu fato – antes feto – e calça o sapato.
Dentro do ensaio arreou o cavalo,
Arriou sua calça num papo furado com mortos...
Aos porcos joga as pérolas falsas;
Aos “parças” joga a pílula branca.
Vai-se no mundo sem rumo,
Como uma folha levada com o vento;
Compra jornal numa banca
E coloca na sua mente uma âncora.
No inferno a essência,
Por excelência, reconstrói Roma e queima Nero;
Dentro de um sorriso amarelo,
Fornece extintores extintos...
Frágil casca de ovo
Que por assombro expõe um pinto faminto:
Busca comida, lazer, o que fazer,
Limpar a pia, lavar a louça, poesia;
Busca dinheiro, o maneiro, o marinheiro,
Amigo, abrigo, o altivo, o mero.
Na placa de vende-se, o enigma:
Tudo é tudo, menos zero.
André Anlub
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