Conseguiu riquezas, ostentações,
Ultrapassou a barreira do som;
Foi na Lua, dormiu em Marte
E como se não bastasse
O mundo virou ouro com o toque de suas mãos...
Mas de volta ao real – natural – importante,
Como se por um instante
Acabou-se a loucura;
Deu-se conta que está sozinho,
É estranho no ninho,
Na ilusão da fortuna.
No vocábulo certo
Num estalo a perfídia, o coração vai frigindo,
Encéfalo em ignição, ideias mortas no momento;
Logo vem a melodia serenando o acessível ouvido,
E os ócios vem em vão e em vão vão prostrados no vento.
O estalo agora se faz apostando nova contramão,
De antemão cria ilusão de um amor sem destino;
No antídoto da bomba caseira, é besteira a presunção,
Faz-se a retaguarda, desfaz-se a mágoa no sincero tino.
Num grito de piedade vem à aclamação do amor correto,
Vai o torto, vem o reto da amante com absoluta lealdade,
Tudo se faz na idade, se faz no tempo, no certo descoberto.
O grito emudece, o sol se acende e foi-se o astro miserável...
A força para o fardo e a farda aposentada pela verdade;
Não há disparidade e todo o vocábulo se entoa admirável.
André Anlub®
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